segunda-feira, 14 de julho de 2008

Mapa das horas - 2004 - Denise Emmer




1 - O rei das esporas douradas
D. Emmer
2 - Estátuas gigantes
D. Emmer
3 - Minha rua é Bagdá
D. Emmer
4 - Canções do segredo
D. Emmer
5 - Canto lunar
D. Emmer
6 - Força do mundo
D. Emmer
7 - Pedalando sobre as casas
D. Emmer
8 - Outros ventos
D. Emmer
9 - Pedra no rio
D. Emmer
10 - Partindo-se
D. Emmer/poema - João Roiz Dle Branco (séc. XVI) Portugal
11- Cantiga da Ribeirinha
D. Emmer/poema - anônimo (séc. XV) Portugal
12 - Pois tanto gosto levais
D. Emmer/poema - Diogo Brandão (séc. XVI) Portugal

Músicos
Alain Pierre - Lenora Mendes - Alexandre Caldi - Denise Emmer - Elza Marins - Luciano Rocha

"Filha dos escritores Dias Gomes e Janete Clair. Irmã dos músicos Alfredo Dias Gomes e Guilherme Dias Gomes. Estudou piano durante oito anos com Werther Politano. Iniciou suas primeiras composições aos 10 anos de idade. Ainda no colégio, começou a pesquisar e a compor em português arcaico, sendo dessa época suas canções “Galvan el gran cavalero” e “Aquestas mañanas frias”. Em 1980, graduou-se em Física, pela Faculdade de Humanidades Pedro II (FAHUPE), no Rio de Janeiro. Fez pós-graduação latu sensu em Filosofia no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ (IFICS). Cursou o Conservatório Brasileiro de Música (Violoncelo), onde foi aluna de Paulo Santoro. É autodidata no violão e na flauta doce." Fonte

Denise Emmer, durante os anos 70 participou de diversas trilhas sonoras de novelas da Globo, seu primeiro compacto com a música “Alouette” vendeu 300 mil cópias, com o qual ganhou um disco de ouro . Gravou seu primeiro LP “Pelos caminhos da América”, com participação do Grupo Água (Chile), em 1980.

Tomei contato com a música de Denise através de uma gravação do Tarancón para "Canto Lunar", em 1988. Nesse CD postado aqui nota-se a influência da música latina e da música antiga. Destaco a canção "Partindo-se", composta sobre um poema português que trata da saudade, um mote bem antigo.

O Homem Traça diz: ROAM!



Partindo-se

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Sérgio Dias - 1980


1 - Não quero ver você dançar
Sérgio Dias - Caetano Veloso
2 - Aí pirada!
Sérgio Dias - Nelson Motta
3 - Ventos cardíacos
Sérgio Dias
4 - Brazilian New Wave
Sérgio Dias
5 - O Grão
Sérgio Dias - Caetano Veloso
6 - Arigatô-Harakiri
Sérgio Dias - Paulo Coelho
7 - Corações de carnaval
Sérgio Dias - Nelson Motta
8 - Eunice
Sérgio Dias
9 - Cromática
Sérgio Dias
10 - To Sérgio
L. Shankar

Músicos
Sérgio Dias - Jamil Jones - Paulinho Braga - Márcio Montarroyos - Fernando Gama - Ignácio Fernandes - Luciano Alves - Marcos Silva - Robertinho Silva - Lincon Olivetti - Copinha - Franklin - Jorginho - Picolé - Liminha - Paulinho Braga - Ariovaldo Contesini - Antenor - Marçal - Roberto - Edmundo Pires - Jorge Silva - - Nelson (Nenem) - Wilson - Jorge Luiz - Elizeu - Geraldo Sabino

Participações Especiais:
L. Shankar - Caetano Veloso - Gal Costa - Jane Duboc - Márcio Montarroyos

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Esse é o primeiro disco solo do Serginho Dias, guitarrista eterno de Os Mutantes. Nascido em 1950, começou seu aprendizado de violão aos 11 anos e, aos 13 já dava aulas e participava de desafios entre guitarristas jovens da época.

A história com Os Mutantes é um capítulo determinante em sua carreira, haja vista sua retomada da banda recentemente.

Nesse disco, a versatilidade é a marca maior, muito swing com sambas, reggae e jazz, além de pitadas progressivas. Cada faixa é uma surpresa. Destaco "Ventos cardíacos", canção que me fez chegar ao disco, ouvida inicialmente em programas da antiga rádio Brasil 2000 com seu pirado locutor JR. Eita cheiro de anos oitenta!

O Homem Traça diz: ROAM!



Ventos cardíacos

domingo, 20 de abril de 2008

Canudos - 1997 - Gereba



01 - Centenário de Canudos
Gereba
02 - Ladainha de Canudos
Gereba - João Bá
03 - Estrelas da favela
Gereba
04 - Duas pedras
Gereba - João Bá
05 - Gamboa
Gereba
06 - Manto Azul
Gereba
07 - Sinos
Gereba
08 - Lamento por Canudos
Gereba - Nêumanne Pinto
09 - Paciência Tereza
Gereba - Patinhas
10 - Sossego da Vila
Gereba
11 - Muié santa de Canudos
Gereba - Patinhas
12 - As curvas do Vaza Barris
Gereba
13 - A oração e o combate
Gereba - Pe. Enóque
14 - O gole
Gereba - Patinhas
15 - A história fará sua homenagem
Gereba - Ivanildo Vilanova

Músicos
Gereba - Bombarda - Ruy Deutsch - Fernando Morais - Nailor Proveta - Adriana Maresca - André Micheletti - Adriano Busko - Toninho Carrasqueira - Jota Gê - Mário Manga - Ana Eliza Colomar - José Ananias - Oswaldinho do Acordeon - Marcos da Silva

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Acabei de assistir a um documentário sobre Canudos e fiquei impressionado com os paralelos possíveis de se estabelecer com os massacres executados pelo Estado burguês nas periferias desse nosso Brasil. É a barbarie! Os morros do Rio que que o digam!

Aí vai o texto do encarte:

"Há 100 anos, Canudos foi destruída. De forma dramática, chegava ao fim um episódio que mexeu com as mais profundas emoções da alma sertaneja, e sem dúvida, uma das mais belas e desconhecidas passagens da aventura humana.

Na célebre comunidade fundada em 1893 por Antônio Conselheiro, o sofrido povo sertanejo buscou construir uma nova experiência de vida, sem polícia e sem impostos, onde não havia patrão nem empregado e com o uso coletivo da terra, materializando assim o desejo ardente de construir com as próprias mãos, o sentido maior de realização na existência humana, que é o de viver não no enfrentamento e sim na comunhão com a vida, na plenitude da liberdade e da justiça social.

Em quatro anos Canudos tornou-se a 2a. maior cidade da Bahia, com mais de 25 mil habitantes (Salvador, na época tinha 200 mil), e esse extraordinário crescimento desagradava as elites fundiárias, a igreja e o Governo, que promoveram uma autêntica guerra civil, envolvendo os canudenses e mais de 12 mil soldados do exército brasileiro oriundos de 17 estados. (O contingente total do exército da época era de 26 mil soldados - Nota do Traça)

Após um ano inteiro de violentos combates, finalizados em outubro de 1897, a cidade estava arrasada e 25 mil conselheiristas mortos, mas não houve rendição, Canudos lutou até o fim das últimas forças. Terminava desta forma, o grande sonho de uma comunidade igualitária no sertão baiano. Esses extraordinários acontecimentos se inscreveram definitivamente como um dos capítulos mais importantes da história do Brasil, que 100 anos depois, ainda emociona centenas de milhares de pessoas em todo o mundo" Antônio Olavo - Fotógrafo (Dirigiu o documentário "Paixão e guerra no sertão de Canudos)

Quando assisti o filme "Guerra de Canudos" de Sérgio Rezende, em 1997, não gostei do filme (o pejo global pesou) e, embora goste muito de Edu Lobo, sua trilha não chega aos pés da sensibilidade registrada no disco de Gereba.

O Homem Traça diz: ROAM!

A oração e o combate

domingo, 13 de abril de 2008

Cacuriá de Dona Teté - 1998



01 - Choro de Lera
02 - Jabuti - Jacaré
03 - Bananeira - Ladeira
04 - Divino
05 - Cabeça de Bagre
06 - Mariquinha
07 - Valsa
08 - Gavião
09 - Rolinha - Quirina - Rosa Menina
10 - A Cana
11 - Saia - Formiga
12 - Mulata Bonita
13 - Chapéu de Lenha - Agarradinho

Voz: Dona Teté
Caixas: Dona Teté - Beto Miranda - Cesar Peixiho - Totó
Banjo, violá de 6 cordas, violão de 7 cordas: Gordo Elinaldo
Flauta: Serra Almeida
Baixo: Waldeci e Junior
Clarinetes: Francisco Pinheiro
Teclados: Henrique Duailibe
Agogô e Afoxé: Paulinho Sabujá
Côro: Rosa - Soraya - Ayeram - Cecé - Zuza - Carlos - Nelson
Arranjos e Direção Musical: Gordo Elinaldo
Direção Geral e Produção: Nelson Brito

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Quando se pensa em cacuriá logo se associa a imagem de Dona Teté. A dança de roda foi criada pelo maranhense Aureliano Almeida, mais conhecido por Seu Lauro, em 1973. Teve origem no carimbó de caixeiras, brincadeira realizada no fim da Festa do Divino Espírito Santo, que ocorre sempre cinqüenta dias após a Páscoa. Dona Teté, àquela época, fazia parte do grupo de Seu Lauro como uma das tocadoras de caixa. A ramificação do Cacuriá cresceu bastante e houveram inovações, quando foram acrescentados alguns outros elementos na dança. Alguns elementos foram adicionados também ao ritmo, como o violão, a flauta e o banjo.

"O Cacuriá é uma dança de roda brincada nas ruas e praças de São Luís e tem origem na festa do Divino Espírito Santo. Após a derrubada do mastro, as caixeiras se reúnem para "vadiar", é o "lava-pratos", a que dão o nome de "carimbó de caixeira", "Baile de Caixa", "Bambaê de Caixa", eta, dependendo da região onde acontece.

Seu Lauro, artista popular que também botava Bumba Meu Boi e Tambor de Crioula, criou a partir da musicalidade do movimento e dos versos desta festa a Dança do Cacuriá.

Dona Teté iniciou seu trabalho com o LABORARTE em 1980, quando foi convidada a ensinar o toque da caixa do Divino para o espetáculo teatral "Passos", a partir daí passou a integrar o elenco permanente do grupo. Artista popular de grande versatilidade, Dona Teté toca caixa, canta ladainha, dança tambor de crioula, tira reza em procissão emocionando o público, seja numa cena dramática no palco ou numa brincadeira de muita vibração e alegria na rua." (Texto do encarte).

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Gavião

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Bonito que canta - 2002 - Petrona Martinez


01 - La vida vale la pena (chalupa)
Petrona Martinez
02 - El Hueso (puya)
Petrona Martinez
03 -Tierra Santa (bullerengue)
Petrona Martinez
04 - Arremachalo (chalupa campesina)
Petrona Martinez
05 - Rama de tamarindo (son de negro)
Petrona Martinez et Marceliano Orozco, à la mémoire de Luis Enrique Martinez
06 - Un niño que llora en los montes de Maria (bullerengue sentao)
Petrona Martinez
07 - Sendero Indio (afroindigena)
Rafael Ramos - Javier Ramirez
08 - Mi mama abreme la puerta (bullerengue sentao)
Petrona Martinez
09 - El Parrandon (chalupa)
Petrona Martinez
10 - Conchita (fandango)
Petrona Martinez
11 - La Currumba (chalupa)
Petrona Martinez
12 - A recogé-correra la bolita (canto de arrullo)
Petrona Martinez

Músicos
Petrona Martinez - Canto
Alvaro Llerena Martinez - alegre, guacharaca, totumas, coro, canto em "Rama de tamarindo"
Edwin Munoz - tambora
Guillermo Valencia - llamador
Javier Ramirez - gaita, cana, guache, coro
Luis Castro - maracas, totumas, coro
Joselina Llerena Martinez - totumas, coro, canto em "Arremachalo"

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Petrona Martinez é originária de San Cayetano, próxima da cidade histórica de Cartagena de las Índias, na costa colombiana do pacífico. É herdeira de uma tradição de pelos menos quatro gerações de músicos que cantam o “bullerengue”, ritmo afro acompanhado de danças, cantado pelas mulheres grávidas solteiras ou concubinas que eram impedidas de participar das festas e celebrações religiosas de São João e São Pedro. “Bullerengue” é o único canto exclusivamente feminino na Colômbia.

Petrona nasceu em 1939, canta desde menina em festas populares, começou sua carreira no mercado fonográfico no final dos anos 80, já fez show's pela Europa, EUA e já esteve no Brasil. Seu estilo musical, calcado nas tradições herdadas da África e misturadas à cultura colombiana é semelhante aos batuques brasileiros como o tambor de crioula do Maranhão e o batuque de umbigada de São Paulo.


O Homem Traça diz: ROAM!


La vida vale la pena