domingo, 17 de outubro de 2010

intensidade & suavidade - 2010




1 - Pedra da Lua
Toninho Horta (por Paulo Moura)
2 - Ao redor da fogueira
Egberto Gismonti
3 - A pillow of winds
Pink Floyd
4 - Desperta!
Alessandra Leão
5 - Go dancing: go dancing
Ptarmigan
6 - Alguma coisa a ver como silêncio
Ulisses Rocha
7 - Dia sim, dia não
Luiz Tatit
8 - Serenata
Heraldo do Monte
9 - My girl
Smokey Robinson - Ronald White(por Pato Fu)
10 - Balada para Nádia
Vitor Assis Brasil
11 - Aprendizaje 
Sui Generis
12 - Libertango
Astor Piazzola
13 - Dream World
The End
14 - Lo que vendra
Astor Piazzola (por Duo Rodrigo Almeida & Daniel Duarte)
15 - Coro da primavera
José Afonso
16 - Love remembered
Focus
17 - Gnossienne No 1
Satie (por Jacques Loussier Trio)
18 - O Velho e o Moço
Los Hermanos

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Uma noite dessas estive especulando sobre qual a melhor palavra para sintetizar uma relação amorosa. Certamente eu não estava só entre as garrafas e copos de cerveja, assim  chegamos a duas palavras: intensidade e suavidade. O fato é que o desafio ficou mais difícil ao me colocar o objetivo de sonorizar essa conversa. Aqui compartilho uma tentativa, uma simulação da intermitência entre as palavras do título. As  minhas escolhas de temas instrumentais e de canções aqui apresentados são tão definitivas quanto qualquer relação.

O Homem Traça diz: ROAM!


Pedra da Lua

Meu Tempo - Zezé Freitas - 2004



1 - Pelas alamedas
Mutinho - João Palmeiro
2 - Um convite
Nenê - Eduardo Neves
3 - Maracutaia
Nenê - Eduardo Neves
4 - Congo Mineiro
Nenê - Eduardo Neves
5 - Cara de índio: Nenê
6 - Ladainha
Nenê
7 - Pirambeira
Natan Marques - Thaís Andrade
8 - Caminho de terra
Nenê
9 - Balada para Guevara
Nenê
10 - Carinhoso amor
Nenê
11 - Partida
Nenê
12 - Zezé
Nenê

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Zezé Freitas é uma cantora emocionante. Paulistana, com sua voz de um timbre grave e características camerísticas, passeia pela música brasileira e o jazz,  reunindo precisão e poesia em suas interpretações. Sob os cuidados do músico Filó Machado, gravou seus dois primeiros discos,"Momentos", dedicado à obra de grandes compositores e "Zezé Freitas interpreta Zica Bergami", resultado de um trabalho de pesquisa sobre a obra musical dessa compositora e artista plástica.

Meu tempo” é o seu terceiro CD, trabalho em que a intérprete executa diversos estilos brasileiros como samba, bossa nova, maracatu, congo e baião, imprimindo um novo conceito harmônico, melódico e rítmico. A maioria das canções é de autoria de Nenê, que é responsável também pelos arranjos e a competente parceria ao piano. O que, na opinião dessa modesta traça, deveria ser motivo para rebatizar o disco para "O tempo de Nenê para Zezé". Nenê é um reconhecido baterista e arranjador, seu trabalho está intimamente ligado ao que de melhor foi e é realizado na história da música brasileira, tem em seu currículo a passagem por grupos como o Quarteto Novo e o Pau Brasil, marcos na música instumental, além de ter integrado formações em criações de Milton Nascimento, Elis, Egberto Gismonti, Hermeto, entre outros.

Quer mais? Veja aqui!

O Homem Traça diz: ROAM!



Congo Mineiro

sábado, 9 de outubro de 2010

20 palavras ao redor do Sol - 1979 - Cátia de França



1 - O bonde
Cátia de França
2 - Quem vai quem vem
Cátia de França
3 - Vinte palavras ao redor do Sol
Cátia de França
4 - Djaniras
Israel Semente - Cátia de França - Xangai
5 - Kukukaya - Jogo da asa da bruxa
Cátia de França
6 - Itabaiana
Cátia de França
7 - Porto de Cabedelo
Cátia de França
8 - Ensacado
Sérgio Natureza - Cátia de França
9 - Coito das araras
Cátia de França
10 - Os galos
Cátia de França
11 - Sustenta a pisada
Cátia de França
12 - Eu vou pegar o metrô
Lourival Lemes - Cátia de França

Músicos 
Cátia de França - Zé Ramalho - Chico Julien - Carlos Julien - Borel - Zé Leal - Zé Gomes - Paulo Machado - Waldemar Falcão - Ricardo Mattos - Elber Bedaque - Lulu Santos - Aisik Geller - José Alves - Arlindo Penteado - Iberê Gomes - Sivuca - Paulo Cezar Barros - Chacal - Amelinha - Dominguinhos - Guadalupe - Monica Schmidt - Bezerra da Silva

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A paraibana Cátia de Fança, nascida em 13 de fevereiro de 1947, faz parte da geração de artistas nordestinos que, na década de 1970, vieram para o sul do país e conquistaram público e crítica, como Zé Ramalho, Vital Farias, e Elba Ramalho. Nesta época, além de muitos shows, Cática fez também teatro e cinema, com destaque para "Lampião no Inferno", de Luiz Marinho, em que é autora da trilha sonora. Artista engajada, participou ativamente em campanhas políticas pela democratização do país. canta nossas raízes e influências, privilegiando o ritmo. Ela mesma se define ao afirmar: "Sou isso: balanço, África, Nordeste, crianças, misticismo, religiosidade, denúncia, alegria, saída de emergência, amor, paixão, riso, irreverência, amizade, luz, saúde, energia, poder."

Ao longo de sua carreira, Cátia ganhou vários prêmios em festivais, foi gravada por artistas como Amelinha, Elba Ramalho, Xangai e gilberto Gil. Participou como instrumentista em discos de Sivuca, Amelhinha e Zé Ramalho.

Cátia tem quatro discos gravados, "20 palavras..." é o seu primeiro. Produzido por Zé Ramalho, as letras passeiam pelo universo poético de João Cabral de Melo Neto, com arranjos instrumentais belos e vigorosos. Para os que conhecem  "Kukukaia" e "Coito das araras" apenas pela interpretação de outros, é uma delícia redescobrir essas canções ao ouvi-las na voz de quem as criou. 

Essa traça que vos escreve adora entoar as canções desse disco em seu humilde violãozinho, rodeado por amigos e pelo calor da fogueira é sempre bom. É uma pena que Cátia não venha  mais por aqui. Há uns dez anos tive o prazer de ouvi-la numa rara apresentação em Sampa.

O Homem Traça diz: ROAM!



Coito das araras

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Canto por travesura - 1973 - Victor Jara


01 - Brindis 
02 - La palmatoria
03 - Vengan a mi casamiento
04 - Iba yo para una fiesta
05 - La edad de la mujer
06 - La cafetera
07 - La diuca
08 - La fonda
09 - Por un pito ruin
10 - La beata
11 - Adivinanzas 
12 - El chincolito
13 - La remolienda, pieza uno [1965]
14 - La remolienda, pieza dos [1965]
15 - La remolienda, pieza tres [1965]
16 - La remolienda, pieza cuatro [1965]
17 - La remolienda, pieza cinco [1965]
18 - Pepe Mendigo (Cuento de Navidad) [de "Los Mimos de Noisvander". [1965]

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Em tempo, antes que finde setembro, uma lembrança da  nossa história, dos nosso irmãos chilenos que sonham e lutam por liberdade.

Este LP foi finalizado para ser lançado em setembro de 1973, mas o golpe de estado, obviamente, cancelou o projeto com o assassinato de Jara. Somente em 2001 foi lançado no Chile. Antes disso apenas um número reduzido de cópias dessa edição circulou em fitas cassetes. Também é possível que estas cassetes tenham a sua origem das edições de LP's feitas em outros países.

Em suas anotação  para apresentar o LP original, Victor Jara diz que esse foi provavelmente mais "Chile" do seu trabalho. O LP original incluía os temas 01 a 12, entre os quais 10  foram proibidos em 1966 por protestos de alguns círculos católicos. A edição de 2001, acrescentou os itens 13 ao 18, os primeiros cinco instrumentais.

Aproveito a ocasião para trazer um curta do Ken Loach, sobre o 11 de setembro do Chile, tive o prazer de reassistir recentemente com crianças de 13 anos. É interessante como esses jovens futuros trabalhadores ligaram o ocorrido no Chile ao movimento golpista no Brasil.

O Homem Traça diz: ROAM!


La beata


domingo, 19 de setembro de 2010

Espelho das Águas - 1994 - Duofel




01 - Samba do Indiano Doido
Fernando Melo - Luiz Bueno
02 - Roda gigante
Fernando Melo - Luiz Bueno
03 - Mirante
Fernando Melo - Luiz Bueno
5 - "AMITAV"
Badal Roy
6 - Porto Feliz
Fernando Melo - Luiz Bueno
7 - Espelho das Águas
Fernando Melo - Luiz Bueno
8 - Prá lá de Bangladesh
Fernando Melo - Luiz Bueno
9 - Teen
Fernando Melo - Luiz Bueno
*"ATUN"
Badal Roy com a plateia

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Esse show de 1994 é um som impressionante! A fusão entre as tablas e os violões dá uma coisa de  tambor melódico e violão percussivo. São inversões que crescem e se convertem em espiral contagiosa. Ouvi dizer que esse disco terá versão internacional e um DVD com o show gravado no Teatro Municipal de São Paulo. Quando eu encontrar nas prateleiras da vida, roerei com prazer.

O Homem Traça diz: ROAM!

     

Espelho das águas