domingo, 19 de junho de 2011

Terramérica - 1986


1 - Araupê
Paulinho Rodrigues
2 - Vagalume
Edu
3 -  Juego de llamos
Popular - DR
4 - Kikiô
Geraldo Espíndola
5 - Teral
Ednardo
6 - Momento
Edu
7 - Llorando se fuê
Popular - DR
8 - Poncho color viento
Popular - DR
9 - Folha Verde
Irene Portela - Ricardo Gouveia 
10 - Riqueza natural
Cirineu Kuhn - Edu

Músicos
Ademar Farinha - violão, viola caipira, quenas, zampoñas e arranjos
Chicão - voz, charango e violão
Nelson Lucas - voz, flauta transversal e congas
Silvio Luna - voz, violão
Pedro Luna - bombo legüero e percussão
Integrantes de outras gravações:
Claudia Lemos e Jara 

Participação Especial
Zé Gomes - Leonel Gonçalves

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Grupo brasileiro formado em 1985, tem raízes fincadas no Brasil e na América Latina, que se misturam para formar uma síntese da musicalidade sul-americana. Esse primeiro disco é naturalmente imaturo. Mas o repertório dá ideia do que o grupo buscava desde o início: trabalhar com a música da América Latina em pé de igualdade com a produção brasileira. Assim, encontramos o som de berimbau na faixa "Momento", figurando com arranjo típico da musicalidade andina, além de ouvir reinterpretações de "Terral"  e "Kikiô", destaque como a popular "Llorando se fuê".

Não por acaso, o Grupo Terramérica fez seus discos pela Devil Discos, selo e loja tradicional da Galeria do Rock, reduto de colecionadores por muitos anos. O fato é que Chicão, dono da loja e do selo, em meio a tanta quinquilharia roqueira, sempre esteve produzindo e (re)lançando música popular brasileira.

O Homem Traça diz: ROAM!


Momento

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Flying Banana - 1977

Postagem Original: 27/12/07
 



1 - Bye, bye

2 -
Sujera-êra
Ron Ron - Passoca
3 -
Velho Olavo
Antônio Celso Duarte

4 -
Alô Léo
Bê - Passoca

5 -
Achados e perdidos
Carlos Alberto de Souza - Passoca

6 -
N'aldeia
Passoca
7 -
Mantenha distância (Chevrolet)
Climério de Souza Ferreira - Antônio Celso Duarte

8 -
Vulumi
Passoca

9 -
Curió
Marco Antônio Vilalba

10 -
Pirapora
Antônio Celso Duarte

11 -
Flying Banana
Marco Antônio Vilalba - Carlos Alberto de Souza

Músicos

Passoca - Carlão - Bê - Rodolfo Grani Jr. - Dudu Portes - Marcinho Werneck

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Trio de formado por Bê (voz), Passoca (voz e violão) e Carlão (viola e violão de 12 cordas) na cidade de São Paulo, em meados da década de 1970. O grupo seguiu a linha inaugurada por Zé Rodrix, Sá e Guarabyra, que se convencionou chamar de rock rural, tendo um sotaque paulista marcado pelas misturas com modas de viola e temas tradicionais como a festa de Bom Jesus de Pirapora, que aparece na faixa "Pirapora". O grupo era acompanhado, em participações especiais e na gravação do LP, por Rodolfo Grani Jr. no baixo, Dudu Portes, na percussão e M. Werneck, na flauta. O Flying Banana lançou seu LP homônimo pela Philips em 1977 e encerrou logo depois suas atividades.

O Homem Traça diz: ROAM!

Pirapora

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Papa Poluição - 1976 e 1977

Postagem original: 10/02/08
 


Compacto 1976
01 - Rola côco
02 - Guerra fria
03 - Em nome do Rock
04 - Brechando nas gretas


Músicos
Paulinho Costa - voz e guitarra
Luís Penna - guitarra e voz
Beto Carrera - guitarra e voz
Tiago Araripe - violão percussão e voz
Bill Soares - baixo e voz
Xico Carlos - bateria



Compacto 1977
05 - Inferno da criação
06 - Tua ausência


Músicos
Fausto Aguiar - guitarras (participação especial).
Paulinho Costa - voz e guitarra (arranjo de "Inferno da Criação")
Luís Penna - guitarra e voz
Beto Carrera - guitarra e voz
Tiago Araripe - violão percussão e voz
Bill Soares - baixo e voz
Xico Carlos - bateria

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Grupo Papa Poluição, formado na cidade de São Paulo em 1975, tinha um som de rock brasileiríssimo, composto por experimentações, misturando a cultura nordestina, com a poesia concretista de Décio Pignatari e as guitarras. A maioria dos seus integrantes era de nordestinos. Tiago, Bill e Chico eram do Ceará, Paulino e Luís, da Bahia, e o restante do grupo, da capital paulista. O paulista Cid Campos também atuou no grupo como baixista. Na sua breve carreira, que durou até 1980, o Papa Poluição lançou apenas dois compactos: um duplo pela Chantecler em 1976 e outro compacto simples pela Top Tape em 1977.

Essa postagem é uma contribuição do extinto blog Serbão e do próprio Tiago Araripe. Aqui vocês podem conferir as seis canções que compõem o repertório dos dois compactos. Podia ter mais "O Macaco Avoa", gravada pelo Penna e Paulinho pra trilha sonora do "Sargento Getúlio", mas vamos por partes.


O Homem Traça diz: ROAM!



Tua ausência

domingo, 24 de abril de 2011

Bendengó - 1973 - Gereba

Postagem Original: 27/01/08




01 - Chorada
Patinhas - Gereba
02 - Desaguou
Patinnhas - Gereba
03 - Princesa sertaneja
Patinhas - Gereba
04 - Bendegó
Patinhas - Gereba
05 - Abrolhos
Patinhas - Gereba
06 - O gole
Patinhas - Gereba
07 - Algazarra de padre
Patinhas - Gereba
08 - Bala de ouro
Patinhas - Gereba
09 - Rio doloso
Patinhas - Gereba
10 - Bonde
Patinhas - Gereba
11 - Zesse feche zesse
Patinhas - Gereba
12 - Caratacá
Gereba

Bendengó
Gereba - viola elétrica, violão, vocal
Capenga - baixo , vocal
Zeca - violão
Raimundinho - vocal, violão
Djalma Corrêa - percussão

Participações especiais 
Edinho - percussão (2,7,8,10)
José Roberto - sintetizador (3,6,10,11)
Bruce Henry - baixo (8)
Franklin - flauta (1)

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Bendegó ou Bendengó (grafia que só aparece no primeiro disco) foi um grupo baiano que misturava ritmos regionais nordestinos a roupagens modernas para a época, inserindo uma sonoridade experimental. Surgiu nos anos 70 e o LP "Gereba" é sua primeira gravação. Trabalharam com o compositor Walter Smétak, no show "Brincadeira", com Gilberto Gil e Rogério Duprat na época do Tropicalismo e participaram da gravação do disco Jóia, de Caetano Veloso em 1975.

Vermelho e Hely (que integrara o grupo no segundo disco) saíram para integrar o 14Bis em 1978. Desde então, o Bendengó ficou reduzido a Gereba e Capenga, que mantiveram o nome do grupo em gravações e shows até 1986.

O nome do grupo significa, em tupi, "caído do céu" e é uma referência ao meteoro homônimo que foi encontrado em 1784, próximo a cidade de Monte Santo, no sertão da Bahia, pelo menino Bernadino da Motta Botelho, quando tomava conta de algumas cabeças de gado. Até hoje não se sabe a data em que o meteoro caiu. Mas, em se tratando do grupo Bendegó, sabemos muito bem!

O Homem Traça diz: ROAM!

Caratacá

quarta-feira, 2 de março de 2011

Cantigas d'Amigo - 1984 - La Batalla

Postagem original: 22/12/07



01 - En Lixboa sobre lo mar
João Zorro
02 - Ductia


Anônimo, sec. XIII, mms BM Harley 978
03 - Ay eu coitada
Dom Sancho I (c. 1199)
04 - Vaiamos, irmana
Fernand' Esquyo
05 - Ai flores, ai flores do verdo pino
D. Dinis (1280 - 1325)
06 - Cantiga 322 - Versão Instrumental
Afonso X, O Sábio (1225 - 1284) 
07 - Ondas do mar de Vigo
Martim Codax (séc. XIII)
08 - Mandad'ei comigo
Martim Codax (séc. XIII)
09 - Trotto
Anônimo séc. XIV, LBM Add 29987
10 - Cantiga 100: Santa Maria, strela do dia
Alfonso, O Sabio (1225 - 1284), Escurial MS: Cantigas de Santa Maria
11 - 5a. Estampida real
Anônimo , séc. XIV, mms BN Fr 844

Músicos


La Batalla: Isabel Biu, voz, meio canho, percussão; Pedro Caldeira Cabral, guitarra latina, meio canho, flauta doce, lira, fídula, dulçaína, gaita de foles medieval; José Pedro Caiado, charamela, flautas doces, pífaro de osso, flauta pastoril, guitarra mourisca; Nuno Torka, alaúde, címbalos; José Peixoto, alaúde, pandeiro com soalhas; João Nuno Represas, naqqãra, pandeiro com soalhas, darabuka, dadô.; Colaboração: Alejandro Erlich-Oliva, guitarra mourisca (faixa 2).


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"O grupo La Batalla nasceu de uma proposta do Museu/Mosteiro Santa Maria da Vitória da Batalha, no sentido da criação de um núcleo de trabalho tendo por objetivoa execução de música medieval em espaços propíciosà sua prática (como sejam igrejas, capelas, claustros, castelos, etc) com vista à sua animação funcional. O grupo é formado por músicos com experiências em diversas áreas musicais, o que favorece uma abordagem musical fiel ao espírito do repertório a que se tem dedicado. La Batalla utiliza réplicas de instrumentos originais ou instrumentos baseados na iconografia medieval, tais como: alaúde, guitarra latina, lira, meio canho, flauta doce, dulçaína, charamela, gaita de foles, bem como percussões diversas." Texto do encarte.

Em meu estudos de literatura feitos nos bancos do ensino médio da escola pública sempre ouvi falar desse tipo de cantiga como um fóssil da cultura, cujo exemplo literário raramente estava acompanhado do sonoro.

Estas cantigas foram escritas por homens "nobres" expondo o sentimento amoroso de um eu-lírico feminino, as cantigas de amigo revelam uma moça do povo com saudades do amado ausente. Não há idealização para o termo "amado", pois que é fato a intimidade
amorosa entre a moça e o cavaleiro da corte que está em viagem pelo mar, em guerras ou em aventuras buscando jovens menos vigiadas que as da corte. (Compositores como Chico Buarque teriam bebido dessa fonte?)

Na época "amigo" era sinônimo de amante, namorado, de onde deriva nosso termo contemporâneo "amigados", que define casais sem o referendo legal ou religioso.

É interessante notar que o grupo português La Batalla tem em seu repertório canções medievais, cantadas em um português arcaico, altamente influenciadas pela música "moura", esta também tem traços identificáveis em vários estilos da cultura popular brasileira.

Pois é, sem grande conhecimento do estilo, dou minhas roidinhas por aqui também...

O Homem Traça diz: ROAM!





Ay eu coitada