domingo, 12 de fevereiro de 2012

Nelson Ângelo e Joyce - 1972

Postagem original: 17/12/2007


1 - Um gosto de fruta
Nelson Ângelo - Joyce
2 - Hotel universo
Nelson Ângelo - Ronaldo Bastos
3 - Sete Cachorros
Joyce - Nelson Ângelo
4 - Linda
Joyce - Nelson Ângelo
5 - Comunhão
Joyce - Nelson Ângelo
6 - Ponte nova
Joyce - Nelson Ângelo
7 - The man from the avenue
Joyce - Nelson Ângelo
8 - Tiro cruzado
Márcio Borges - Nelson Ângelo
9 - Pessoas
Joyce - Nelson Ângelo
10 - Meus vinte anos
Joyce - Ronaldo Bastos
11 - Mantra
Joyce - Nelson Ângelo
12 - Vivo ou morto
José Carlos Pádua - Danilo Caymmi
13 - Tudo começa de novo
Joyce - Nelson Ângelo

Músicos
Beto Guedes, Danilo Caymmi, Hélcio Milito, Joyce, Lô Borges, Malu, Nelson Ângelo, Novelli, Robertinho, Rubinho, Tenório Jr., Toninho Horta, Wagner Tiso.

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Ok, nos 35 anos transcorridos do lançamento do disco Clube da Esquina, comemorou-se com o lançamento de uma caixa reunindo os números um e dois (2007). Mas e os outros? Quero ver a efervescência, a farra que era cada disco dessa turma nessa época. A "caixa" não se encerra nesse relançamento, falta coisa ali. Portanto aqui vai uma humilde dica pra completar a caixa, com um disco não comemorado, mas fundamental pra entender o período.

Esse disco aqui, que traz o povo do Clube, foi gravado quando Joyce e Nelson Ângelo eram casados. O casal já vinha fazendo experimentações com uma espécie de rock progressivo num grupo chamado "A Tribo". Aqui o espírito é o mesmo, experimentar, mas a música brasileira.

Diz Márcio Borges, em seu livro "Os sonhos não envelhecem", que a letra de "Tiro cruzado" foi composta em menos de dez minutos. Curioso detalhe para uma canção que recebeu inúmeras versões, sendo gravada pelo mundo a fora!

O Homem Traça diz: ROAM!
 


Tiro cruzado

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Bumba, meu queixada - 1979 - Teatro União e Olho Vivo

Postagem original: 24/02/2008

01 - Viva meu boi
José M. Giroldo - César Vieira

02 - Pout-pourri do bumba

José M. Giroldo - César Vieira
03 - Frevo do Caboclo do Arco

José M. Giroldo - César Vieira

04 - Testamento do boi

José M. Giroldo - César Vieira

05 - Bumba, meu queixada

José M. Giroldo - César Vieira
06 - Hino do Teatro União e Olho Vivo

José M. Giroldo - César Vieira

07 - Parque Arco-Íris
José M. Giroldo - César Vieira

08 - Ói, Mané

José M. Giroldo - César Vieira

09 - Império de Belomonte

V. Bortoluci Jr. - César Vieira

10 - Çai çai açaiê

C. Castilho - César Vieira

11 - Em busca de uma nova flor (Gaivotas)

M. Porcel - I. Garcia (Vs.: Gilberto Karam)

Participação especial
Adauto Santos - Viola
Marcus Vinícius - Caixa de ferro
Coro de Meninos do Ginásio Equipe
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O disco postado é um registro das experiências do Grupo União e Olho Vivo, que completará no próximo dia 27 de fevereiro quarenta e dois anos de existência e é um dos mais antigos e ativos na execução de uma arte identificada com os trabalhadores. Suas encenações, no Brasil e mundo a fora, têm sempre como estrutura a arte popular brasileira: o carnaval, o bumba-meu-boi, o circo, o futebol, a literatura de cordel.
Nascido a partir do movimento estudantil no final dos anos sessenta com estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP), tendo montado "O Evangelho Segundo Zebedeu", musical de César Vieira dirigido por Silnei Siqueira, em 1970 funde-se com o Grupo Casarão para a montagem em 1973 de "Rei Momo", espetáculo concebido para ser um desfile de escola de samba. É nessa época que se assume o nome União e Olho Vivo.

Suas criações são coletivas e, desde sempre, trazem a preocupação com questões políticas e sociais, amparando-se na história das lutas do povo trabalhador no Brasil contra seus opressores. Independente em suas produções, o Teatro União e Olho Vivo tem como princípio a incursão nas periferias da grande São Paulo, levando seus espetáculos à massa de trabalhadores que estão impedidos de consumir esse bem cultural, o grupo transcende a produção teatral convencional, que se restringe ao circuito das salas comerciais.

A maior parte do repertório desse LP, editado pela Discos Marcus Pereira, reproduz a trilha sonora do espetáculo "Bumba, meu queixada", levado aos palcos, praças, campos de futebol de várzea, ou seja, ao público em 1978. O texto foi organizado por César Vieira, baseada no folguedo boi-bumbá. A trama parte do histórico movimento grevista realizado em 1958 na Fábrica de Cimento de Perus, bairro de São Paulo, para tratar dos instrumentos de defesa dos direitos cunhados pelos trabalhadores, como a organização sindical e a própria greve.
Para saber mais: aqui!

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Bumba, meu queixada

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Festival MPB Shell Vol. 2 - 1981 - VA



1 - Planeta água 
Guilherme Arantes
Interpretado por: Guilherme Arantes
2 - Afufe o fole 
Jean Garfunkel - Fran Papaterra
Interpretado por: Jean Garfunkel
3 - Purpurina
Jerônimo Jardim
Interpretado por: Lucia Lins
4 - Estrelas
Oswaldo Montenegro
Interpretado por: José Alexandre 
5 - Cobras e Lagartos 
Néstor de Hollanda Cavalcanti - Hamilton Vaz Pereira
Interpretado por: Coral da Cultura Inglesa
6 - Estrela reticente 
Zeca Bahia - Fernando Coelho Teixeira
Interpretado por: Jessé
7 - John
Xixa Motta - Nelson Motta
Interpretado por: Olivia Byington
8 - Tango à brasileira 
César Brunetti - Fábio de Luccia
Interpretado por: César Brunetti
9 - Pensei que fosse fácil
Zé Rodrix - Miguel Paiva
Interpretado por: Rosana 
10 - Canção descalça
Mário Adnet - Juca Filho
Interpretado por: Boca Livre 
11 - Serra do luar
Walter Franco
Interpretado por: Walter Franco 
12 - Grade aberta
Sérgio Sá - Irene Acioli
Interpretado por: Sérgio Sá 
13 - Lua nova
João de Aquino - Ruy Quaresma - Oswaldo Miranda
Interpretado por: Sarah

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Aqui chamamos atenção para o tino comercial da Som Livre: mesmo com Purpurina vencendo o Festival de 81, na posição de primeira faixa do "Lado A" fica a segunda colocada do Festival, eleita pelo público do Maracanhãzinho.

Nesse disco destacamos Serra do Luar do Walter Franco, que "usou a cabeça" para descartar o experimentalismo dos dois primeiros discos, modificou sua participação em festivais, apresentando uma canção palatável (regravada por Leila Pinheiro em 1991).

O Homem Traça diz: ROAM!



Serra do luar


Festival MPB Shell Vol. 1 - 1981 - VA


01 - Perdidos na selva
Júlio Cesar Barroso
Interpretado por: Gang 90 y As Absurdettes
2 - Amizade Sincera
Renato Teixeira
Interpretado por: Dominguinhos e Renato Teixeira
3 - Mordomia
Ari do Cavaco - Gracinha
Interpretado por: Almir Guineto
4 - Estrela do mar
Francis Hime - Olivia Hime
Interpretado por: Olivia Hime
5 - Navega coração
Kleiton Ramil - Kledir Ramil
Interpretado por: Kleiton & Kledir
6 - Adeus à dor
Sergio Natureza
Interpretado por: Tunai
7 - No nosso é refresco
Accioly Neto
Interpretado por: Accioly Neto
8 - O balão
Nando Carneiro - Geraldo Carneiro
Interpretado por: Beth Goulart
9 - Avenida Brasil
Marina Lima - Antônio Cícero
Interpretado por: Marina Lima
10 - Atalho
Mongol
Interpretado por: Mongol
11 - Tempo presente
Fernando Filizola
Interpretado por: Quinteto Violado
12 - Londrina
Arrigo Barnabé
Interpretado por: Tetê Espíndola

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Esse festival é um dos vários realizados pela TV Globo no início dos anos 1980. Suas eliminatórias gravadas nos estúdios foram marcadas por uma frivolidade burocratizada, já que a platéia era composta apenas por convidados. Já a final no Maracanãzinho a estrutura armada não segurou a galera e foi aquela frustração quando se anunciou a canção Purpurina, interpretada por Lucinha Lins, como a vencedora. Teve até vai, pois o público torcia por Planeta água do Guilherme Arantes. Estava claro que era um jogo de cartas marcadas. As 25 músicas finalistas, os melhores intérpretes e arranjos foram registrados em dois LP's e diversos compactos.

Nos dois LP's tem muita coisa insossa, afinal, se Purpurina ganhou e a sua intérprete foi a "melhor", há de se considerar as limitações do juri e da época.

Mas, apesar dos pesares, temos pérolas como Londrina do Arrigo Barnabé, interpretado pela Tetê ainda autêntica (muito diferente da produzida Escrito nas Estrelas que defendeu no Festival dos Festivais em 1985). Lembro de me divertir muito com o Quinteto Violado, Accioly Neto e Almir Guineto "metendo a boca no trombone" mesmo com os olhos ditatoriais atentos (a bomba dos terroristas militares no 1o. de maio de 81 no RioCentro ainda estava ecoando). Aliás, acho que a canção No nosso é refresco devia voltar a ser "hit" imediatamente!

De modo geral o festival serviu para dar evidência nacional a vários que eram desconhecidos e/ou iniciavam as suas carreiras, tais como Marina, Kleiton&Kledir, Olívia Byington, Boca Livre, Guilherme Arantes.

O Homem Traça diz: ROAM!
 

 
No nosso é refresco

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Som Imaginário - 1970



01 – Morse
Wagner Tiso - Zé Rodrix - Tavito
02 – Super God
Zé Rodrix
03 – Tema Dos Deuses
Milton Nascimento
04 – Make Believe Waltz
Zé Rodrix - Mike renzi
05 – Pantera
Frederyko - Fernando Brant
06 – Sábado
Frederyko
07 – Nepal
 Frederyko
08 – Feira Moderna
Beto Guedes - Fernando Brant
09 – Hey, Man
Zé Rodrix - Tavito
10 – Poison
Marco Antônio - Zé Rodrix

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Segundo a página Rolling Stone, o Som Imaginário foi "formado na década de 70 originariamente para acompanhar Milton Nascimento, ...responsável por uma sonoridade inclassificável dentro da chamada linha evolutiva da música popular brasileira. Em três discos, um soando totalmente distinto do outro, delineou-se um estilo único e jamais repetido posteriormente. A formação inicial contava com Wagner Tiso (piano e órgão), Tavito (violão), Luiz Alves (baixo), Robertinho Silva (bateria), Frederyko (guitarra) e Zé Rodrix (órgão, percussão voz e flautas). Em diversas épocas de seu curto espaço de existência (de 1970 a 1975), outros músicos passaram pela banda: Laudir de Oliveira e Naná Vasconcelos (percussão), Nivaldo Ornelas (saxofone e flauta), Toninho Horta (guitarra), Novelli (baixo), Paulinho Braga (bateria) e Jamil Joanes (baixo)." A revista ainda adianta que em 2012 teremos algumas apresentações desses maravilhosos músicos, reagrupados para aparições mais que especiais.

Destaco Nepal, pois é uma canção irreverente que diverte e nos dá vontade de agir coletivamente para transformar a realidade em algo muito diferente da barbárie que nos aflige, afinal...

"No Nepal o ar é cristalino
e a verdade vem dentro dos ventos
e o carinho rende juros fortes
e o povo vive só de renda
Te convido companheira amada
a fugir para o Nepal comigo"

O Homem Traça diz: ROAM!


Nepal