Días y Flores é o primeiro álbum oficial de Silvio Rodríguez. O disco foi lançado no mesmo mano na Espanha, mas, devido à ditadura franquista, o nome do LP foi trocado para "Te Doy una Canción", as canções "Santiago de Chile" e "Días y Flores" foram censuradas e substituídas por "Madre" y "Te Doy una Canción". É um LP primoroso, foi lançado em vários países, com capas distintas.
"O Jongo no Sudeste é uma forma de expressão afro-brasileira que integra percussão de tambores, dança coletiva e práticas de magia. É praticado nos quintais das periferias urbanas e em algumas comunidades rurais do sudeste brasileiro. Foi inscrito no Livro das Formas de Expressão em 2005. Nessa região, é praticado nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Ao longo do processo de Registro, comunidades manifestaram o desejo de participar da discussão: jongo de Campos, tambor da Fazenda Machadinha em Quissamã e jongo de Porciúncula (RJ), jongo de São José dos Campos (SP), jongo de Carangola (MG) e de Presidente Kennedy (ES).
Os atuais jongueiros são, geralmente, descendentes de jongueiros. Vivem em bairros pobres das cidades, onde são trabalhadores - ativos ou aposentados - e estudantes. Ali se radicaram seus avós e bisavós no período pós-abolicionista, em zonas intermédias entre campo e cidade. Alguns deles, nascidos na primeira metade do século 20, fizeram um percurso migratório entre o local de origem, geralmente uma vila ou área rural, e a cidade onde moram agora.
Guardam lembranças vívidas das rodas que viam quando crianças, dos cantos que ouviam e das histórias que seus pais e avós contavam sobre o jongo. Acontece nas festas de santos católicos e divindades afro-brasileiras, nas festas juninas, nas festas do Divino, no dia 13 de maio (Dia da Abolição da Escravatura). É uma forma de louvação aos antepassados, consolidação de tradições e afirmação de identidades, com suas raízes nos saberes, ritos e crenças dos povos africanos, principalmente os de língua bantu. São sugestivos dessas origens o profundo respeito aos ancestrais, a valorização dos enigmas cantados e o elemento coreográfico da umbigada.
No Brasil, o jongo consolidou-se entre os escravos que trabalhavam nas lavouras de café e cana-de-açúcar, no sudeste brasileiro, principalmente no vale do Rio Paraíba. Trata-se de uma forma de comunicação desenvolvida no contexto da escravidão e que serviu também como estratégia de sobrevivência e de circulação de informações codificadas sobre fatos acontecidos entre os antigos escravos por meio de pontos que os capatazes e senhores não conseguiam compreender. O Jongo sempre esteve, assim, em uma dimensão marginal onde os negros falam de si, de sua comunidade, através da crônica e da linguagem cifrada. É também conhecido pelos nomes de tambu, batuque, tambor e caxambu, dependendo da comunidade que o pratica." (Fonte)
Anecide Toledo - Wesley Gabriel de Moura Queiroz - Roberto Matheus Leite Campos - Paola Stefanie da Silva Toledo - Wilson A. Alves (Tô)
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Nesse CD temos a maestria dos batuqueiros de Tietê, Piracicaba e Capivari, executando as suas modas, além de depoimentos reveladores sobre a história do Batuque de Umbigada, essa manifestação da Cultura Popular Tradicional típica de São Paulo. Infelizmente não há informações sobre as autorias das modas no encarte, coloquei as que eu já tinha por aqui, fico devendo.
17-Vovó, pra que tu Qué o Didá?/Vovó não Qué Casca de Coco no Terreiro
Totonho
18-O Sol lá Vem/O Poeta Come Amendoim
DP - Adap. A Barca
19-Mestre Carlos/Nanã Giê
Coco anotado por Mário de Andrade
20-Adeus, meu Lindo Amor
DP - Adap. A Barca
Músicos
André Magalhães - Ari Colares - Chico Saraiva - Juçara Marçal - Lincoln Antonio - Marcelo Pretto - Renata Amaral - Sandra Ximenez - Thomas Rohrer
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O Grupo A Barca nasceu em 1998, reunindo músicos amigos em torno da pesquisa da cultura popular tradicional. Desde então, dedica-se à pesquisa, à realização de registros e espetáculos. Aqui há muito do que produziram nesses anos todos: http://www.barca.com.br/
Em 2000 gravaram esse CD, inaugurando o seu percurso de recriações, mesclando arranjos muito bem harmonizados com as produções populares, pautados pelos mestres, inicialmente guiados pelos percursos de Mário de Andrade.
Alessandra Leão - Isaar França - Maria Helena Sampaio - Telma César - Renata Mattar - Karina Buhr
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A Comadre Fulozinha é uma banda Pernambucana, do Recife, criada em 1997. O nome se origina na lenda de Comadre Fulozinha, personagem infantil que protege a mata dos agressores e caçadores, infligindo-lhes açoites com os seus cabelos e enrolando-lhes a língua, agrada-se com oferendas de tabaco, mingau e mel.
Esse é o primeiro CD do grupo, feminino, e traz recriações com base na obra da cultura popular tradicional do Nordeste, em compositores como Tom Zé e Chico Science, além de composições das componentes do Comadre Florzinha. A percussão e as vozes embalam cocos, baiões e cirandas, com misturas diversas, em que os arranjos harmonizam as contribuições de instrumentos como bombo, zabumba, congas, djembê, ilú, saxofone, cavaquinho, violão e rabeca.
Desse grupo, posteriormente, surgem trabalhos autorais muito significativos de Alessandra Leão, Isaar França e Karina Buhr.