Postagem original; 05/06/2010
01 – A Raiz (Os Mestres em Cerimônia)
02 – A Cor que Falta na Bandeira Brasileira
03 – Amilianos
04 – Antigamente Quilombos, Hoje Periferia
05 – Mano Chega Aí
06 – Sapo na Banca
07 – Hip Hop Rua
08 – M.K. nas MK
09 – Se Eu te Contar
10 – Sapo DUB
11 – Tô Ligeiro
12 – O Dom da Rima
13 – Origens (Feat. Assassins)
14 – Rima Atômica
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O Z´África Brasil existe desde 1995. A região de Campo Limpo (Zona Sul paulistana) e Taboão da Serra é o berço e o habitat do grupo. Gaspar e Fernandinho Beatbox são o núcleo inicial, dois anos depois, Pitchô e Funk Buia se juntaram ao grupo.
Em 1999, o grupo lançou, na Itália, a coletânea "Z’África Brasil - Conceitos de Rua", com a participação de vários grupos e artistas de rap italianos. DJ Tano chega depois da gravação e lançamento do “Antigamente quilombos hoje periferia”, primeiro CD solo do Z´África. O álbum tem participações especiais de Rockin' Squat, Tairo é Assassin e concorreu aos Prêmios Hutúz e Revelação do Ano de 2002.
Foi lá mesmo em Campo Limpo que, nas tardes de Sábado de Hip Hop no Engenho, Teatral vi, ouvi e pirei como som dos caras. DJ Tano era oficineiro e ensinava a rapaziada a arte dos dedos ligeiros nas "bolachas pretas".
Àquela época, o rap era a expressão crítica quase hegemônica naquela parte da periferia, o pseudo funk carioca ainda estava distante. Era bem comum encontrar garotos "rachando" na rima, construindo frases mirabolantes cheias de palavras novas e desafiadoras. Tenho a impressão de que o "funk carioca" predomina hoje e a exacerbação da sexualidade foi imposta para ofuscar a crítica social.
Embora haja uma certa condescendência sobre o uso de drogas - na minha opinião, uma arma do sistema para a destruição da juventude, sobretuto a trabalhadora -, o som do Z'África tenta sair da atmosfera gangster que predominava na geração anterior. A fusão com outros estilos musicais de raiz afrodescendente é o que garante a força e a originalidade do trabalho.
O Homem Traça diz: ROAM!
Mano Chega Aí