Rão Kyao - Luís Pedro Fonseca - Carlos Araújo - Rui Júnior - António Chainho - Luís Pedro Fonseca - Aníbal Lima - Siegfried Sugg - José Maria Nóbrega - Dr. Quim M'Jojo - Guilherme Inês - Formiga
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João Maria Centeno Gorjão Jorge, nome original de Rão Kyao, nasceu em Lisboa, Portugal, em 1947. Iniciou a carreira como flautista e saxofonista aos 19 anos influenciado pelo Jazz. No final dos anos 1970 estudou a música oriental, sobretudo a indiana e norte da áfrica. Em 1977 participou como saxofonista do LP Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos, do grupo de folk/prog Banda do Casaco editado em 1977. Oásis é uma tentativa de ligar a tradição portuguesa às experiências com a música indiana.
Hector Costita - Roberto Marialva Bomilcar - Edson José Alves - Gabriel Jorge Bahlis - Dirceu Medeiros - Osvaldinho da Cuica - Mauro Herreiros - Horácio Gabriel Athabe - Juan Falu - Pocho Caseres - Paula Martins
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Nesse LP todas as composições e arranjos são de Hector Costita. Nascido em 1934, em Buenos Aires, descendente de italianos, iniciou os seus estudos de clarinete aos 13 nos, aos 18 migrou para o saxofone. Na segunda metade dos anos 1950, Costita passou a atuar em grupos de jazz no Brasil. Sua história está intimamente ligada à música brasileira, tendo atuado no Sexteto Bossa in Rio, Zimbo Trio e tocado para artistas como Elis Regina, Wilson Simonal, Adoniran Barbosa, entre outros. Esse LP é uma pérola da música instrumental brasileira!
Quando peguei esse LP na prateleira, pensei: será que se trata de mais uma versão enfadonha de "medalhões da MPB"? Não, com Roberto Sion e Nelson Ayres, não pode ser mais do mesmo! E esse traça que vos escreve estava certo. Os arranjos são maravilhosos, belíssimas as escolhas. A dupla já se encontrara em trabalhos que contribuíram enormemente para a música instrumental brasileira, no LP Mandala e no Pau Brasil, e não deixam a desejar nesse álbum. Ouçam e tirem as suas conclusões!
Sérgio Campelo - Aglia Costa - João Carlos Araújo - Antônio Madureira
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Segundo Ariano Suassuna o repertório e execução do Quarteto Romançal é um passo adiante dos esboços didáticos implementados pelo Movimento Armorial. No texto que compõe o encarte Suassuna afirma: "o objetivo por nós procurado era a criação de uma música erudita baseada nas raízes populares da nossa Cultura. é nesse caminho que o ROMANÇAL continua e aprofunda. Um caminho que se torna mais possível na medida em que o próprio Antônio José Madureira surge agora com um domínio muito maior no campo da criação musical."
De fato, após mais de 20 anos das experiências realizadas com o Quinteto Armorial, esse álbum, registrado no estúdio Oslo-Noruega, demonstra a maturidade das composições de Madureira.
Joãozinho Gomes é um poeta, compositor paraense. É autor de mais de mil composições ao lado de parceiros consagrados como Chico César, Luli, Lucina , Cláudio Nucci, Jean Garfunkel, Jane Duboc, Eudes Fraga, Nilson Chaves, Walter Freitas, Dante Ozzetti, entre outros. Foi gravado por intérpretes como Leci Brandão, Vânia Bastos, Leila Pinheiro, Flávio Venturine, Renato Brás, Geraldo Azevedo, Jane Duboc. Esse LP começou a ser gravado em 1987 e só foi lançado em 1991. Contem canções primorosas, pautadas pela tradição amazônica e a experimentação com gosto de amor e mato.
Aizik Meilach Geller - Alceu de Almeida Reis - Alfredo Vidal - Arlindo Figueiredo Penteado - Café - Carlos Eduardo Hack - Cláudio Nucci - Eduardo Souto Neto - Giancarlo Pareschi - Hindemburgo Vitoriano Borges Pereira - Jorge Kundert Ranevsky (Iura) - José Alves da Silva - José Dias de Lana - Luizão Maia - Paschoal Perrota - Paulinho Braga - Walter Hack - César Camargo mariano - Cidinho - Kiko Pereira - Natan Marques - Rique Pantoja - Gilson Peranzeta - Áurea Regina - Paschoal Perrota
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Seguido a exitosa produção do primeiro LP solo após o Boca Livre, Claudio Nucci lança o seu segundo LP após dois anos. Aqui encontramos canções muito bem arranjadas, com músicos de primeira linha. Destacamos o sucesso Amor aventureiro.
Fernando Pacheco - Lourenço Gotti - Ronaldo M.M. Mesquita - Fernando Motta - Eliseu de Oliveira Filho - Moacir Amaral Filho - Luiz Aranha
Participação
Recordando o Vale das Maçãs
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Fernando Pacheco foi um dos principais líderes do grupo santista Recordando o Vale das Maçãs. Guitarrista, vocalista e compositor, lançou o LP Himalaia em 1986. Foi professor no Grupo AMA e no Conservatório Musical Heitor Villa-Lobos, ficou reconhecido como o Robert Fripp brasileiro. Em 1985, lançou o álbum Instrumental com Fernando Pereira, o Duo Fernando's, parceiria que rendeu outros tantos trabalhos.
Aqui temos uma postagem extraída do LP, ainda que possua alguns estragos do tempo, vale o registro. Em 1999 o Himalaia foi relançado em CD, contendo modificações nos arranjos que compõem as faixas do lado "Hoje", além de uma faixa extra. O lado "Ontem" teve a participação dos músicos Recordando o Vale das Maçãs, já o "Hoje" é executado todo por Fernando Pacheco.
Béla Viktor János Bartók de Szuhafő (1881-1945), mais conhecido apenas como Bela Bartók foi um compositor húngaro, pianista e pesquisador da música popular da Europa Central e do Leste.
Considerado um dos maiores compositores do século XX. Foi um dos fundadores da etnomusicologia e do estudo da antropologia e etnografia da música. Juntamente com o compositor Zoltán Kodály, recolheu na Hungria e Romênia um grande número de canções populares.
Durante a Segunda Guerra Mundial, emigrou para os Estados Unidos. Em Nova Iorque, Bartók enfrentou pouco interesse pela sua obra e suas apresentações, as quais deram pouco retorno financeiro. Nesse período era ajudado financeiramente por amigos. Em 1944, mesmo internado em hospital por conta da leucemia que o consumiu, compôs ainda o 3° Concerto para Piano e um Concerto para Viola, este incompleto. Bartok morreu aos 64 anos.
Benedito Alves de Assumpção Filho, o Dito Assumpção
12-Esse terno que Bomba veste
Tiotone - Bomba
13-Mamãe eu não quero
Herculano de Moura Marçal
14-Se Luis Gama fosse vivo
Mário Pedroso
15-Olha colega Romário
Anecide Toledo
16-Por ti eu me rasgo todo
Avelino Ferreira
17-Não quis escutar conselho de mamãe
Anecide Toledo
18-Quando eu era criança
Herculano de Moura Marçal
19-Eu vi uma mulher chorando
Antônio Manoel, o Seu Plínio
20-Marido fica em casa mulher
Lázaro Fernandes
21-Mulher trabalha marido come
Oswaldo Ferreira Merches, o Dado
22-Meu sertão em festa
Anecide Toledo
23-Nega você não mora lá
Expedito Cassimiro, o Manga
24-Já faz 18 anos que mamãe faleceu
Anecide Toledo
25-Macaco velho não pega em cumbuca
João Silvano
26-Na sua festa eu não vou
Pl[inio - Herculano
27-Eu moro em Capivari
Anecide Toledo
28-Chego cansado do serviço
Djalma Laudelino da Silveira Correa
29-Meu bem fui morar no mato
Bomba
30-Eu quero pedir pra esse povo
Edmur
31-Não adianta ser honesto
Anecide Toledo
32-Trabalhar eu não eu não
Dado
33-Eu quero cantar essa moda
Aggeo Pires
34-Num domingo cedo
Paulo Rafael
35-Não sou fogão pra ficar dentro de casa
Edmur
36-Ô nego cê largue dessa nega
Herculano
37-Acabou a escravidão
Tradicional
38-Perguntaram pra mim
Anecide Toledo
39-Meu coração balanceou
Paulo Rafael
40-Eu já fui muito sambista
Anecide Toledo
41-Namoro com uma moça
João Benedito de Jesus Osório
42-Comprei um baralho novo
Seu Plínio
43-Representava pra mim
Bomba - Odair de Arruda, o Fião
44-Ninguém viu o que eu vi hoje
45-Ô moda ô moda
Bomba
46-Morenô ai morená
Anecide Toledo
47-O que adianta ser casado
Benedito Pedroso
48-Eu vi a pomba chorando
João Teodoro
49-Todo mundo mete a ronca
Anecide Toledo
50-Falavam tica pra mamãe
Anecide Toledo
51-Venham ver a moda que eu fiz
Dito Assumpção
52-Quem foi rei é majestade
Dito Assumpção
53-Tá na hora
Anecide Toledo
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"O batuque paulista é uma dança de festa que correu por fora e sobreviveu. a umbigada aqui se bate entre mulheres e homens, com mais ênfase até do que em cocos de umbigada no Nordeste. É diferente do samba de roda da Bahia e do tambor de crioula do Maranhão, onde as mulheres é que dão a umbigada ou a "punga" entre si.
Essa dança era comum em casamentos de comunidades negras, no Oeste Paulista, e se manteve pelas iniciativas locais, com pouco incentivo externo. Na música cantada a gente descobre as modas do batuque, um gênero rico que desdobrou, lado a lado com a música caipira, uma arte do bom humor, da sátira e das reivindicações de direitos.
Um mosaico de 23 anos de gravações e depoimentos assentou neste livro/CD/DVD, e aqui reunido pode proporcionar uma ferramenta cultural para as novas gerações.
famílias negras das cidades de Tietê, Piracicaba e Capivari - SP que não se conheciam contaram, nas reuniões e encontros deste projeto, com palavras dos mais velhos, e com achados dos pesquisadores, revelando personagens, imagens... foi uma série de encontros com as batuqueiras e batuqueiros, apresentando em plenárias os trechos selecionados dos seus depoimentos, para construir o texto, tirar dúvidas e chegar a consensos. O material está aqui, um balanço de passado e presente.
Servirá de estímulo para a continuidade e o valor da manifestação, no convívio com artes de dança e música bem próprias, para fortalecer os mais velhos e quem vem chegando. E firmar, como um apoio, a identidade e a beleza negra em contato livre com as populações abrangentes.
As vertentes paulistas do samba já estavam mapeadas em publicações e pesquisas, até um marco histórico famoso: aquelas festas de Bom Jesus de Pirapora - SP, onde sambistas da capital encontrava batuqueiros do interior. E agora o conhecimento sobre as artes afro-brasileiras do Sudeste chega mais longe: nas fontes formadoras do batuque de umbigada, com detalhes de sua vitalidade hoje.
Aproveite este instrumento importante - livro/CD/DVD - para o cumprimento das leis federais 10639/2003 e 22645/2008, que estabelecem a obrigatoriedade dos ensinos de história, arte e cultura afro-brasileira, indígena e africana, nas escolas de todo Brasil." (Texto transcrito da contra capa)
Em tempos de golpe e retiradas de direitos, como reforma do ensino médio (MP 746), que revoga do ensino médio a obrigatoriedade de componentes curriculares como história, filosofia, educação física e artes, a publicação da Associação Cachuera! é uma contribuição à resistência. O CD traz gravações curtas de modas das mais diversas origens. O conjunto Livro/CD/DVD são componentes de uma obra primorosa, indispensável para todos que admiram a cultura tradicional! Adquira o seu exemplar aqui!
01 - Aguacero de Mayo 02 - Tres Golpes 03 - Soledad 04 - Mañanitas de Diciembre 05 - El Tigre 06 - Mojana 07 - Puya Puyara 08 - Rosa 09 - La Verdolaga 10 - Son de Farotas 11 - El Piano de Dolores 12 - Tambolero 13 - La Maya 14 - Peyo Torres 15 - El Cascabel 16 - Le La Le La
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É, foi e continua sendo o maior expoente da música em todos os continentes, difunde as sonoridades mestiças da Colômbia com um fervor profundo. Por isso, Sonia Bazanta de Oyaga, ou apenas Totó, la Mamposina é uma representante admirável de seu país. Nascida em Talaigua, na ilha de Mompox, do rio Magdalena, criada num ambiente musical, iniciou sua carreira com a família em 1964 e hoje é mundialmente premiada e reconhecida.
Totó estudou música no conservatório da Universidade Nacional e anos depois ingressou em Sorbone, París, para estudar dança, história e antropologia. Há tempos pesquisa instrumentos, ritmos, danças, da cultura tradicional colombiana, é uma investigadora incansável de ritmos e de suas raizes, as quais defende das influências "modernizantes" das modas passageiras.
Este é o seu primeiro disco, gravado originalmente em 1983, aqui com a capa de 1989. Dele destaco a faixa "Tres golpes" pela força emanada do canto e dos tambores que a emolduram.
Nelson Coelho de Castro - Rachel Cunhca - Cezar Coelho de Castro
12 - Gosto
Paulo Killing
Músicos
Paulo Kalling - Paulinho Soares - Zezinho Athánazio - De Santana - Nelson Coelho de Castro - Plauto Cruz - Gelson Oliveira - Martin Coplas - André - Valdir Cavaco de Melo
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Nelson Coelho de Castro nasceu em Porto Alegre em 1954. Na infância, membro de uma família musical, estudou violão clássico e popular. Em meados dos anos 1970, cursou jornalismo na PUC do Rio Grande do Sul e participou dos festivais universitários. Seu repertório é eclético, passando pelo samba, pelo bolero e chegando ao rock, o que se enquadra na colcha de retalhos chamada MPB.
Com a ausência de gravadoras no Rio Grande do Sul, a maioria dos músicos gaúchos nessa época migravam para o eixo Rio-São Paulo. O acesso ao público se dava pelo rádio, pois os LPs não tinham preço acessível para a maioria da população. Em 1975, com o advento da estreia da Rádio Continental AM e pelo programa “Mr. Lee in Concert”, comandado por Julio Fürst, muitos jovens passaram a ter contato com a música produzida no Rio Grande do Sul. Com essa programação o repertório do Festival MusiPUC passou a ser divulgado, dando projeção também para Nelson Coelho de Castro.
Em 1978 Nelson participou do LP “Paralelo 30”, uma coletânea que dá um quadro da música riograndense da época. Em 1979 lança um compacto simples “Faz a Cabeça”, com duas canções: “Hei de Ver” e “Faz a
Cabeça”, esta um sucesso de público.
Com a falência da pequena gravadora ISAEC, que durou de 1978 a 1980, Nelson teve como indenização 40 horas de estúdio e depois partiu para a produção independente de "Juntos". Este é o primeiro disco independente do Rio Grande do Sul. Todas as demais etapas de produção foram custeadas por vendas antecipadas, no boca-a-boca, sem contar com os mecanismos internéticos de hoje como o Cartese, que propicia um financiamento coletivo.
Em "Juntos" podemos constatar a diversidade de estilos musicais abordados nas composições. Mas as canções têm unidade, há um clima de sufocamento marcado pelo momento político, os enfrentamentos da juventude e dos trabalhadores diante da Ditadura Civil Militar estão presentes. Sem querer comparar ou diminuir esse LP, pois o conjunto das composições e arranjos são brilhantes e inspiradores, essa traça que vos escreve considera que há diversos pontos de contato com o disco "Quero botar meu bloco na rua", de Sérgio Sampaio. Ouçam e tirem as suas conclusões!
Egberto Gismonti - Rao Kyao - Grupo Vissungo (Espírito Santo, Pedro do Cavaco, Samuka, Lula, Laércio Lino, Naval) - João Carlos Assis Brasil - Nana Caymmi
1 - Eita nóis Luli e Lucina 2 - Carrocel Tetê Espíndola 3 - Denguinho de manhã Luli e Lucina 4 - É tudo na ponta do pé Cesar Brunetti 5 - Festa no céu Luli e Lucina 06 - Suba na Baleia Luli e Lucina 07 - Pixaim Walter Freitas e João Gomes 08 - Que cara tem Luli - Lucina - Klebi Nori 09 - Na corda bamba Luli - Lucina - Klebi Nori 10 - Como nossos pais Belchior 11 - Garganta Tato Fisher
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Encontrei uma fita Basf junto de outras numa caixa aqui em casa e resolvi reativar meu tape, embora a qualidade da gravação não seja muito boa, afinal já se passaram mais de 20 anos, acho que vale a pena postar aos poucos algumas curiosidades de shows de MPB que tenho em fitas "velhinhas" como eu.
A Rádio USP era a minha janela musical como hoje é a Internet para muitos. A gravação que posto agora foi obtida a partir do Programa Terra Brasilis, produzido por Wagner de Paula que, à época (1987), transmitiu um show realizado na Sala Funart. Perdi algumas músicas que ficaram incompletas, como "Bandoleiro" por exemplo, pois sempre tinha aquela correria: achar uma fita cassete pra gravar em cima da hora, virá-la quando acabava o lado... isso mesmo, uma técnica rudimentar. Folclórico, não?! Mas não há de ser nada, um dia até o MP3 o será.
Vanguarda e raiz, um som tão brasileiro que até parece estrangeiro, um LP recheado de parcerias com os temperos mais diversos e harmoniosos. O repertório é composto por temas de amor, de unidade da brasilidade e, sobretudo, de um otimismo pela retomada da democracia após os anos 21 anos de ditadura civil-militar. Suba na baleia e deguste esse caldeirão!
Novembro é mês da consciência negra e trago para nosso espaço um pouco da produção musical do povo Haitiano. Trata-se da gravação de alguns toques tradicionais da cultura haitiana, basicamente utilizados nos rituais de voodoo. É interessante notar que existem grandes semelhanças com batuques brasileiros e, mesmo, com sonoridades apresentadas por grupos de percussão como o virtuoso Uakti.
No entanto, nem só de música vive a humanidade, por isso partilho algumas reflexões e proposta de ação com aqueles que sabem que consciência só tem validade quando reflete uma práxis.
O Haiti foi a primeira nação do o Continente Americano a se constituir, em 1804, nação independente e a se libertar da escravidão, tornando-se a primeira república negra do mundo. Mas desde então, mais de 200 anos depois, as grandes potências fazem o povo haitiano pagar. O Haiti tem 8 milhões de habitantes e é o país mais pobre do continente americano: 60% da população ativa está desempregada, 80% da população vive abaixo do nível da pobreza, a expectativa de vida está hoje abaixo de 50 anos.
Saibam que nesta situação na qual falta de tudo, na qual a população vive em condições de extrema dificuldade, Préval (Presidente títere "eleito", após golpe de estado realizado pelos EUA, ) continua a pagar as prestações da dívida externa do Haiti aos bancos internacionais: 1 milhão de dólares que lhes são entregues a cada semana, considerando-se que 80% desta “dívida” foi contratada sob os regimes dos ditadores Duvalier pai e filho, Papa Doc e Baby Doc! Um milhão de dólares por semana que permitiriam comprar e distribuir toneladas de arroz, de água, de remédios etc... Davi Josue - advogado haitiano que esteve no Brasil recentemente, divulgando as atrocidades cometidas pelas tropas da ONU e pedindo ao Governo Brasileiro a retirada - afirma: "Os soldados brasileiros fazem “raides” terríveis contra os habitantes de comunidades pobres e sem defesa no Haiti, deixando em sua esteira um rastro de sangue, lágrimas e mortes. A responsabilidade repousa em você, Presidente. Não é possível que seja isso o melhor que o povo brasileiro tem a oferecer. Como isso pode ocorrer enquanto é você o presidente do Brasil?". O Haiti não precisa de tropas, nem das empresas brasileiras que estão indo pra lá aproveitar do emprego da mão de obra barata para manter seus lucros. Essa ajuda humanitária é similar a de Bush no Iraque e Afeganistão.
1 - Voodoo Drums
2 - Nibo Rhythms
3 - Prayer To Shango
4 - Petro Rhythms
5 - Nago Rhythms
6 - Invocation To Papa Legba
7 - Dahomey Rhythms "The Paul'L" / Maize Rhythm / Diouba Rhythm "Cousin Zaca"
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Debate sobre situação no Haiti - 10º Concut - 05/08/2009
Ao contrário do que noticiam os meios de comunicação como as TV 's Globo e Record, sindicalistas haitianos afirmam que as tropas brasileiras são responsáveis (ou seja o Governo Brasileiro, logo o comandante Lula) pelas agressões e mortes do povo haitiano, ocorridos nos confrontos que acontecem contra manifestações pacíficas. Nestas manifestações, um instrumento da luta democrática, os haitianos defendem melhorias da qualidade de vida, combatem as terceirizações e desregulamentação de direitos ou lutam pelo aumento do salário mínimo. Não há conflito entre gangues e máfias, o que existe é o enfrentamento de uma minoria haitiana elitista associada aos interesses milionários que oprimem a maioria da população haitiana. Portanto, as tropas brasileiras estão a serviço dos interesses patronais e do imperialismo contra a maioria do povo haitiano. Uma ajuda humanitária se caracteriza por investimentos, máquinas, mão de obra especializada e não tanques, fuzis e botas pisoteando a soberania e a autodeterminação do povo haitiano.
Àqueles que duvidam, os companheiros Louis Fignolé Saint-Cyr e Raphael Dukens fazem um convite: "Quem não está convencido venha ao Haiti e veja, componha a Comissão de Investigação Internacional" (que irá ao Haiti de 16 a 20/09).
A seguir, um resumo da estada de Louis e Raphael pelo Brasil.
"Dirigentes sindicais haitianos divulgam Comissão de Investigação Internacional e pedem Retirada das Tropas.
A convite do 10º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Louis Fignolé Saint-Cyr, secretário geral da Central Autônoma dos Trabalhadores do Haiti (CATH), e de Raphael Dukens, secretário geral da Confederação dos Trabalhadores do Setor Público (CTSP), ambos organizadores da conferência internacional Defender o Haiti é defender a nós mesmos, realizada em Porto Príncipe (Haiti) em dezembro de 2008, estiveram no Brasil para divulgar a Conferência Internacional de Investigação (C.I.I.) que irá no Haiti (16 a 20/09) para que se possa verificar no próprio Haiti a situação decorrente da presença das tropas. (Ver entrevista dos sindicalistas no site ca CUT http://www.cut.org.br/content/view/15984/).
País ocupado por tropas da ONU sob comando brasileiro, desde 2004, o Haiti tem sido palco de inúmeras manifestações populares e sindicais, em geral reprimidas por essas tropas, inclusive com mortos e feridos, de modo que cresce o movimento em defesa da soberania exige a retirada das tropas da ONU.
No dia 4 de agosto os dirigentes haitianos gravaram entrevista para a TV Assembléia, em São Paulo, juntamente com o deputado José Candido (PT/SP) e com Markus Sokol (Diretório Nacional do PT).
No dia 5, estiveram presentes numa reunião pública com uma centena de delegados do CONCUT, em cuja mesa estavam (abaixo, foto da esquerda) : Claudinho (Secretário Combate ao Racismo PT/SP), Marcelo Buzetto (MST), Bárbara Corrales (Comitê Defender o Haiti é defender a nós mesmos), ), Louis Fignolé Saint-Cyr (CATH), Julio Turra (CUT), Raphael Dukens (CTSP), Milton Barbosa (MNU) e o deputado Jose Candido (PT/SP).Guilherme Gonçalves/CUT PR Sindsep-DF/Jane Franco.
No dia 6, já em Brasília, juntamente com Markus Sokol, (fota acima , a direita) foram recebidos pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Luiz Couto (PT-PB), pelo vicepresidente Pedro Wilson (PT-GO) e pelo deputado Fernando Ferro (PT-PE), que se comprometeram com a realização de uma audiência pública para discutir a atuação das forças da ONU no Haiti, em especial a participação de tropas brasileiras.
A Comissão de DH decidiu propor comitiva da Câmara Federal para integrar a Comissão Internacional de Investigação. Já em 7/08 participaram em Jundiaí (SP), de uma marcha do MST que reuniu mais de mil trabalhadores, onde foram calorosamente saudados. Em nome do Acordo Internacional dos Trabalhadores, fizeram um convite à participação do MST no C.I.I.. Os haitianos explicaram que reivindicam a retirada das tropas brasileiras, pois seria muito mais importante que o Brasil ajudasse o nosso país a construir escolas e hospitais do que atuar com tropas militares.
Participaram ainda de uma reunião com a Secretaria de Relações Internacionais da CUT, onde João Felício, pela CUT, se dispôs a integrar a C.I.I.. E também fizeram contato com o Partido dos Trabalhadores, na Secretaria de Relações Internacionais do PT, com Valter Pomar, que se dispôs a levar a proposta da C.I.I. à Comissão Executiva Nacional do PT. O site do PT noticiou a presença dos sindicalistas.
O Homem Traça diz: ROAM!
01 - La reine congo (Ritmo Congo) Folclore
02 - Ioun sel badio (Canción de cuna) Folclore
03 - M'innocent (Ritmo Yanvalou) Beauvour Jean Claude
04 - Vieux coin
(Lamento) Folclore
05 - Ma pral mare lalo (Calenda) Folclore
06 - Nostalgie haitienne (Merengue Calipso) Martha Jean Claude
07 - Nibo(Ritmo Banda) Loudevic Lamothe
08 - Erzulie nenem oh (Ritmo Vodou) Auguste Depradone
09 - Marassa eiou (Lamento) Folclore
10 - Erzulie malade
(Ritmo Yanvalou) Folclore
11 - Invocation a Haiti (Lamento Vodou) Folclore
12 - Kriminel o gran boua
(Ritmo Banda) Folclore
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Esta cantora haitiana comprometida com a música e história de seu povo, deu início a sua carreira em 1953. Está exilada em Cuba há muitos anos, onde gravou este trabalho. Trata-se de um LP com canções populares haitianas, de domínio público e autorais cantadas em crioulo, uma mistura de francês com vários dialetos africanos. Aproveitamos para dar nossa contribuição nas imagens da capa e no áudio. Nunca é demais ressaltar que muitas faixas são "primas" de nossas canções populares tradicionais, variando entre o jongo e carimbó.
Abaixo seguem notícias da campanha pela retirada das tropas da ONU do Haiti.
Haiti – Jornada de Apoio ao povo haitiano pela retirada das tropas da Minustah Uma Comissão Internacional de Investigação, com representantes de 5 paises, incluindo o Brasil, esteve no Haiti em setembro passado para averiguar a situação no país caribenho, que se encontra ocupado por tropas da ONU (Minustah) desde 2004, lideradas pelo Brasil. A Comissão Internacional é patrocinada por Eduardo Galeano (autor do livro “As veias abertas da América Latina”) que enviou mensagem na qual dizia “Pouca gente se recorda que o Haiti foi o primeiro país verdadeiramente livre nas Américas. Livre do poder colonial e da escravidão. Atualmente, Haiti, país pobre entre os pobres, digno entre os dignos, sofre as consequências da longa guerra de libertação, da monocultura do açúcar e dos devastadores do FMI e do Banco Mundial. O Haiti merece melhor destino.” Do Brasil, estiveram presentes Barbara Corrales (PT SP) e Julio Turra (CUT). Para apresentar os resultados desta Comissão foram realizadas diversas atividades.
São Paulo - Ato de Prestação de Contas da Comissão Internacional de Investigação realizado na Assembléia Legislativa de São Paulo, a convite do “Comitê Defender o Haiti é defender a nos mesmos” foi patrocinado por MST, MNU Movimento Negro Unificado, Deputado Estadual José Candido (PT/SP), Deputado Estadual Adriano Diogo (PT/SP), Juventude Revolução (IRJ), Markus Sokol (DN Partido dos Trabalhadores), Claudinho (Secretário Estadual de Combate ao Racismo PT/SP). Julio Turra apresentou os resultados da Comissão de Investigação. Em destaque, a participação de companheiros da Bolívia, Colômbia, Venezuela e Haiti, da delegação da Escola de Formação do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e de Joaquim Piñero, da SRI do MST. Jose Luis Patrola, militante da Brigada Dessalines, do MST, que está no Haiti desde o inicio de 2009, enviou carta de solidariedade a atividade na qual dizia “desembarcamos, no dia 29 de janeiro, sem balas, sem tanques e sem fuzis. Desembarcamos quatro companheiros sem as armas da guerra, sem as armas que muitos brasileiros já trouxeram em suas malas e as apontaram contra o povo… Desembarcamos, no dia 29 de janeiro, com nossas sementes, unidas com as sementes produzidas nestas terras... Nossa luta unida com a luta deles. Nossa bandeira hasteada com a bandeira deles. Nossa vitória unida com a vitória deles. Nosso continente unido..." O deputado José Candido colocou seu mandato e seu gabinete a disposição da campanha pela retirada das tropas do Haiti. O comitê decidiu que vai participar da Marcha da Consciência Negra (20/11) com a bandeira da retirada das tropas e por proposta de Milton Barbosa, do MNU, realizará atividade na Assembleia Legislativa dia 27/11.
Brasília - Markus Sokol, delegado a Conferência de Dezembro de 2008, apresenta o apoio ao povo haitiano e pede a retirarada das tropas da Minustah na abertura formal no debate do PED dos candidatos a Presidente Nacional do PT, atividade que contou com 400 presentes.
União Nacional dos Estudantes (UNE) – em reunião da direção nacional, foi aprovada, a partir de proposta de jovem militante da Juventude Revolução-IRJ, Moção pela Retirada das Tropas do Haiti. “A UNE definiu em seu 51º Congresso apoiar a Comissão de investigação sobre o Haiti, que esteve naquele país e contou com um delegação de 5 países – entre eles o Brasil – para investigar qual a real relação das tropas da ONU, com a população Haitiana. A comissão ouviu diversas organizações populares e sindicais, trabalhadores e estudantes e concluiu que as tropas da ONU, sob o comando de tropas brasileiras, afetaram a economia, a democracia e infringiram direitos humanos. Diante disso, a União Nacional dos Estudantes, que sempre lutou pela soberania dos povos, se soma a luta pela retirada das tropas da ONU do Haiti, exigindo do governo Lula, uma ação neste sentido.”
A Festa do Cururuquara tem o objetivo de comemorar e manter a história do povo e sua relação com a abolição da escravatura ocorrida, depois de muita luta durante o século XIX, em 13 de maio de 1888. Desde então a festa é anual. Os descendentes das pessoas escravizadas que ainda moram no Cururuquara, fazem questão de comemorar a data, mantendo as suas tradições com o sambas de bumbo, herdado de seus ancestrais. Há uma verdadeira queda de braços, pois as autoridades brancas de Santana do Parnaíba vira e mexe tentam atropelar a festa e escantear o povo do samba.
Cezar de Mercês - Ivo Carvalho - Sérgio Caffa - Edmundo Ramos - Luiz Guilherme - Dinho Nascimento
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Após integrar o grupo O Terço em dois períodos (1970 a 1974 - 1977 e 1978), Cezar de Mercês lançou esse LP recheado de ótimas composições, ora dançantes, ora bucólicas, Um repertório muito bem executado e com parcerias cultivadas desde suas passagens pelo O Terço. A canção que dá título ao disco, concorreu em 1979 no Festival de Música Popular da TV Tupi.