Atendendo aos amigos, pedido do Ulysses Rocha e a gentileza de Iluvatar Orozimbo por ter cedido o material, aqui está mais uma pérola do Sérgio Ricardo. Como é da característica desse compositor, a crítica social é a temática central.
Esse CD tem duas versões com diferenciais no material gráfico. A primeira versão tinha informações confusas sobre a ordem das faixas, a foto de capa também foi trocada.
Tetê revisita várias canções de discos anteriores, ainda inéditas em CD, até então, e também traz novas canções e parcerias. O encarte traz informações cronológicas das canções, várias faixas são composições anteriores ao Lírio Selvagem e têm apenas a craviola maravilhosa da Tetê como acompanhamento .
Mus. Inc. ``Nada Será Como Antes`` (Milton Nascimento-Ronaldo Bastos)
2 - Ponto De Interrogação
3 - A Marcha Do Povo Doido
4 - Libertad Mariposa
5 - E Vamos A Luta
6 - Paixão
7 - Grito De Alerta
8 - Sangrando
9 - Amanhá Ou Depois - Achados E Perdidos - Pequena Memória Para Um Tempo Sem Memória (A Legião Dos Esquecidos)
10 - A Cidade Contra O Crime
11 - Bié Bié Brazil (Byé Byé Brazil)
12 - Mulher E Dai? (Apenas Mulher)
13 - De Volta Ao Começo
14 - Da Vida
15 - Da Major Liberdade (Do Meu Jeito)
Músicos:
Ary Piassarollo - Fredera (Frederico Mendonça de Oliveira) - João Cortez - Jota Moraes - Jota Moraes - Luiz Gonzaga Júnior - Pascoal Meirelles - Paulo Maranhão - Aizik Meilach Geller - Alceu de Almeida Reis - Alfredo Vidal - Arlindo Figueiredo Penteado - Ary Piassarollo - Atelisa de Salles - Carlos Eduardo Hack - Daniel Garcia - Edmundo Maciel - Francisco Perrota - Frederick Stephany - Giancarlo Pareschi - Hamilton Pereira Cruz - Heraldo Reis - João Daltro de Almeida - Jorge Faini - Jorge Kundert Ranevsky (Iura) - José Alves da Silva - José Barreto Sobrinho - José Dias de Lana - Luiz Carlos Campos Marques - Márcio Eymard Mallard - Márcio Montarroyos - Mozart Ituassu - Manuel Araújo - Nathercia Teixeira da Silva - Nelson de Macedo - Paschoal Perrota - Ricardo Pontes - Salvador Piersanti - Serginho Trombone (Sérgio de Souza) - Sílvio Barbosa - Virgilio Arraes - Walter Hack - Watson Clis - Zdenek Svab - Zeca do Trombone - Elizeu Felix -Gordinho (Antenor Marques Filho) - Heraldo Reis - Luna - Marçal (Nilton Delfino Marçal) - Mozart Ituassu - Wilson Benedetti - Alceu Maia - Beterlau - Carlinhos Antunes - Doutor - Elias Ferreira - Elizeu Felix - Geraldo Bongô - Ney Martins - Waldir - Wilson das Neves - Regininha - Zé Luiz Mazziotti - Luna Messina - Márcio Lott - Gilson Peranzzetta
Participação especial
Milton Nascimento - MPB4 - Marília Medalha
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Gonzaguinha faleceu em 29 de abril de 1991. Ou seja, 11 anos depois da gravação desse LP. Aqui encontramos uma fase de transição nas composições de Gonzaguinha, o que tocou no rádio tratava de relacionamentos entre casais, mas há faixas tão críticas como as dos discos anteriores. Era o início da transição "lenta, gradual e segura", rolou a dita "anistia" (que não permitiu que o Estado e os seus responsáveis por crimes contra a Humanidade - como a tortura e o assassinato por divergências políticas - fossem julgados e condenados). O disco mostra que a "dita ainda era dura". Em 1981, por exemplo, os militares contrários à redemocratização forjaram o atentado à bomba no Riocentro, quando acontecia um espetáculo em homenagem ao dia dos trabalhadores.
As viúvas da ditadura estão de volta ao poder, agora com um estado de exceção, com as instituições apodrecidas apoiando o golpe que se consumou em 2016 e que vem avançando, prendendo sem crime e provas o principal candidato à presidência da república, o Lula, o mesmo que esteve preso por 31 dias, em 1980, por organizar os trabalhadores por melhores condições de trabalho e aumento de salário.
Destaco a faixa "Amanhã ou depois (Achados e Perdidos)", atualíssima a letra, pois continuamos a luta e a pergunta permanece: quem recordará?
Jards Macalé - Ion Muniz - Wagner Tiso - Luis Alves - Robertinho Silva - Pedro dos Santos - Chacal - Luís Carlos - Carlinhos Pandeiro de ouro - Zeca da Cuíca - Dino 7 Cordas - Meira - Canhoto - Chiquito - Claudinho - Aloísio Milanês - Rubão Sabino - Tuti Moreno - Wally Sallomoon - Perinho Albuquerque - Ana Maria Miranda - Lygia "Macalé" Anet
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Esse é o segundo LP do Jards, tão experimentalista e genial como o primeiro. As faixas bônus fazem parte da última edição em CD, tomei o cuidado de inserir a capa e o encarte, que têm uma arte bem bacana.
Días y Flores é o primeiro álbum oficial de Silvio Rodríguez. O disco foi lançado no mesmo mano na Espanha, mas, devido à ditadura franquista, o nome do LP foi trocado para "Te Doy una Canción", as canções "Santiago de Chile" e "Días y Flores" foram censuradas e substituídas por "Madre" y "Te Doy una Canción". É um LP primoroso, foi lançado em vários países, com capas distintas.
"O Jongo no Sudeste é uma forma de expressão afro-brasileira que integra percussão de tambores, dança coletiva e práticas de magia. É praticado nos quintais das periferias urbanas e em algumas comunidades rurais do sudeste brasileiro. Foi inscrito no Livro das Formas de Expressão em 2005. Nessa região, é praticado nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Ao longo do processo de Registro, comunidades manifestaram o desejo de participar da discussão: jongo de Campos, tambor da Fazenda Machadinha em Quissamã e jongo de Porciúncula (RJ), jongo de São José dos Campos (SP), jongo de Carangola (MG) e de Presidente Kennedy (ES).
Os atuais jongueiros são, geralmente, descendentes de jongueiros. Vivem em bairros pobres das cidades, onde são trabalhadores - ativos ou aposentados - e estudantes. Ali se radicaram seus avós e bisavós no período pós-abolicionista, em zonas intermédias entre campo e cidade. Alguns deles, nascidos na primeira metade do século 20, fizeram um percurso migratório entre o local de origem, geralmente uma vila ou área rural, e a cidade onde moram agora.
Guardam lembranças vívidas das rodas que viam quando crianças, dos cantos que ouviam e das histórias que seus pais e avós contavam sobre o jongo. Acontece nas festas de santos católicos e divindades afro-brasileiras, nas festas juninas, nas festas do Divino, no dia 13 de maio (Dia da Abolição da Escravatura). É uma forma de louvação aos antepassados, consolidação de tradições e afirmação de identidades, com suas raízes nos saberes, ritos e crenças dos povos africanos, principalmente os de língua bantu. São sugestivos dessas origens o profundo respeito aos ancestrais, a valorização dos enigmas cantados e o elemento coreográfico da umbigada.
No Brasil, o jongo consolidou-se entre os escravos que trabalhavam nas lavouras de café e cana-de-açúcar, no sudeste brasileiro, principalmente no vale do Rio Paraíba. Trata-se de uma forma de comunicação desenvolvida no contexto da escravidão e que serviu também como estratégia de sobrevivência e de circulação de informações codificadas sobre fatos acontecidos entre os antigos escravos por meio de pontos que os capatazes e senhores não conseguiam compreender. O Jongo sempre esteve, assim, em uma dimensão marginal onde os negros falam de si, de sua comunidade, através da crônica e da linguagem cifrada. É também conhecido pelos nomes de tambu, batuque, tambor e caxambu, dependendo da comunidade que o pratica." (Fonte)
Anecide Toledo - Wesley Gabriel de Moura Queiroz - Roberto Matheus Leite Campos - Paola Stefanie da Silva Toledo - Wilson A. Alves (Tô)
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Nesse CD temos a maestria dos batuqueiros de Tietê, Piracicaba e Capivari, executando as suas modas, além de depoimentos reveladores sobre a história do Batuque de Umbigada, essa manifestação da Cultura Popular Tradicional típica de São Paulo. Infelizmente não há informações sobre as autorias das modas no encarte, coloquei as que eu já tinha por aqui, fico devendo.
17-Vovó, pra que tu Qué o Didá?/Vovó não Qué Casca de Coco no Terreiro
Totonho
18-O Sol lá Vem/O Poeta Come Amendoim
DP - Adap. A Barca
19-Mestre Carlos/Nanã Giê
Coco anotado por Mário de Andrade
20-Adeus, meu Lindo Amor
DP - Adap. A Barca
Músicos
André Magalhães - Ari Colares - Chico Saraiva - Juçara Marçal - Lincoln Antonio - Marcelo Pretto - Renata Amaral - Sandra Ximenez - Thomas Rohrer
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O Grupo A Barca nasceu em 1998, reunindo músicos amigos em torno da pesquisa da cultura popular tradicional. Desde então, dedica-se à pesquisa, à realização de registros e espetáculos. Aqui há muito do que produziram nesses anos todos: http://www.barca.com.br/
Em 2000 gravaram esse CD, inaugurando o seu percurso de recriações, mesclando arranjos muito bem harmonizados com as produções populares, pautados pelos mestres, inicialmente guiados pelos percursos de Mário de Andrade.
Alessandra Leão - Isaar França - Maria Helena Sampaio - Telma César - Renata Mattar - Karina Buhr
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A Comadre Fulozinha é uma banda Pernambucana, do Recife, criada em 1997. O nome se origina na lenda de Comadre Fulozinha, personagem infantil que protege a mata dos agressores e caçadores, infligindo-lhes açoites com os seus cabelos e enrolando-lhes a língua, agrada-se com oferendas de tabaco, mingau e mel.
Esse é o primeiro CD do grupo, feminino, e traz recriações com base na obra da cultura popular tradicional do Nordeste, em compositores como Tom Zé e Chico Science, além de composições das componentes do Comadre Florzinha. A percussão e as vozes embalam cocos, baiões e cirandas, com misturas diversas, em que os arranjos harmonizam as contribuições de instrumentos como bombo, zabumba, congas, djembê, ilú, saxofone, cavaquinho, violão e rabeca.
Desse grupo, posteriormente, surgem trabalhos autorais muito significativos de Alessandra Leão, Isaar França e Karina Buhr.
Amilson Godoy - Chico Medori - Cláudio Bertrami - Heraldo do Monte - Theo da Cuíca - Jorginho Cebion
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O Grupo Medusa iluminou a produção instrumental brasileira com apenas dois LP. Esse, que cá está, é o primeiro, o segundo foi o Ferrovias, lançado em 1983. O repertório se baseia na fusão entre o Jazz e a música brasileira, tendo as composições de Cláudio Bertrami e Chico Medori como carros chefe. Mais um presente da Bia Rocha, do Pauliceia Hostel.
Airto Moreira - Hubert Laws - Ron Carter - Flora Purin - Joel Farrell - Keith Jarrett - George Benson - Chick Corea - Nelson Ayres
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Airto Moreira é natural de Santa Catarina, nascido em 1941, em 1962 integrou o Sambalanço Trio, entre 1966 a 1969 integrou o Quarteto Novo e, no fim dos anos 1960, mudou-se para os Estados Unidos. Lá participou da gravação da faixa "Feio", do histórico álbum Bitches Brew de Miles Davis. É um importante compositor e musicista brasileiro, reconhecido internacionalmente pelos admiradores do Jazz e da Música Instrumental Brasileira (MIB).
Este LP é um presente da amiga Bia Rocha, do Pauliceia Hostel, chegou às nossas prateleiras em meio a um lote cheio de pérolas do Jazz. É o terceiro LP solo do Airto, tem um repertório instigante, gravado ao lado de feras da música instrumental e ampliado com a versão registrada em CD.
Egberto Gismonti - João Palma - Novelli - Robertinho Silva - Peter Dauelsberg - Paulo Moura -
Piry Reis - Dulce Nunes - Alceu de Almeida Reis - Ana Bezerra de Mello Devos - Atelisa de Salles -Edmundo Oliani - Giorgio Bariolla - Márcio Eymard Mallard - Peter Dauelsberg - Rafael Jannibelle - Mário Tavares
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Já ouvi o Egberto declarando que um dos seus maiores erros na carreira foi ter cantado em algumas obras. Exagero, o primor desse LP, contendo a participação de Dulce Nunes, o desmente com facilidade. O repertório é cercado por um clima misterioso, tenso na maior parte das faixas. "Janela de Ouro", gravada no LP Sonho 70, ganha letra de Egberto mesmo, além de um belo novo arranjo para emoldurar a sua poesia.
1 - Era uma vez José Agostin Guytisolo - Dércio Marques 2 - Fundo da mata Domínio Público 3 - Tapararv Folclore Andino 4 - Cantigas de brincar Folclore Peixe vivo Atirei o pau no gato Terezinha de Jesus Ema corredeira 5 - Pega pega Paulo Gomes 6 - Largatixa Dércio Marques 7 - O Vaqueiro e o Bicho Froxo Tema do cantador Doroty Marques Tema do namoro Doroty Marques Pastorinha Chico Maranhão Tema do bicho froxo Josias Sobrinho - Tácito Borralho Lamento do vaqueiro Doroty Marques Miquelina Domínio Público Tema do papa figo Doroty Marques Janaína João Bá - Doroty Marques Boi encantado Giordano Mochel Boi de janeiro Domínio Público
Músicos-Atores
Doroty Marques e Dércio Marques Beto Lima e Beto Andreta
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O simples ato de brincar, de cantar, jogar o jogo do faz de conta junto com as crianças, é o fio condutor desse disco. Música, poesia e teatro para aqueles que gostam de trazer sua criança consigo. Bananas para o adulto opressor!
Esse disco é para o Teo (meu afilhado cultural) e para os coleguinhas de todas as idades. Destaco "Pega pega", uma gostosa canção-brincadeira interpretada por Dércio Marques.
Esse é o primeiro LP da Doroty Marques. Traz o seu canto forte, com canções de compositores sintonizados com a vida dos trabalhadores, com a luta, as alegrias e dores características da classe produtora. Belíssimo, é um LP raro nas prateleiras, mas há tempos está nas redes, pois continua atual.
Mais que um feriado, é dia de luta, de discussão, de demonstração de força. O 1º de maio de 2018, no Brasil, é mais especial ainda. Há quase dois anos do Golpe institucional (jurídico, parlamentar, midiático), eis que o seu programa se mostra incontestável: veio para ceifar os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras com as contrarreformas trabalhista, da previdência, do Ensino Médio, veio para privatizar e privar ainda mais o povo da democracia tão parca. Agora, com o estado de exceção jurídico/militar, os golpistas avançam para tirar do povo o direito a votar em quem de fato escolheram para revogar as maldades encomendadas pelo mercado financeiro, em quem se compromete com a recuperação das riquezas do país entregues às multinacionais (pré-sal, Eletrobrás), em quem pretende convocar uma constituinte para varrer as instituições apodrecidas e avançar na realização das reformas populares. Lula foi preso sem provas, a maior representação que a classe trabalhadora brasileira já teve em sua história. Os golpistas esperam encarcerar os sonhos e findar com a organização da classe trabalhadora. Mas o povo resiste e no 1o de maio, ergue mais alto as suas bandeiras: Lula livre! Lula inocente! Lula presidente!
Aqui temos uma pequena homenagem à classe trabalhadora brasileira, reforçando a fé de que a classe que tudo produz, tudo a ela pertence, sobretudo um futuro livre de opressão.
Sérgio Godinho - Bill Lockie - Dick Payne - Ron Zinco - Sheila Charlesworth - Paulo Godinho - Daniel Louis - Pedro Osório - José Machado - Jorge Constante Pereira
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Sérgio de Barros Godinho nasceu na cidade de Porto, em 1945. Conhecido como Sérgio Godinho, é poeta, compositor, intérprete e ator português. Seus LPs e composições do início dos anos de 1970 são parte da trilha sonora do movimento de resistência do povo português contra o fascismo. As canções desse LP fizeram parte das manifestações da vitoriosa Revolução dos Cravos, em abril de 1974.
Com letras contundentes sobre a situação política da época, as canções de Godinho estão situadas entre a música portuguesa e o folk. Inspiradoras, sobrevivem ao tempo, sobretudo diante do recrudescimento da luta de classes aqui mesmo no Brasil.
Copinha - Eduardo Souto Neto - Hércules Pereira Nunes - Jayme Araújo - Jorginho da Flauta - Luizão Maia - Marizinha - Nelsinho - Robero Corrêa - Waldir - Ary Piassarollo - Hermes Contesini - Paulinho Braga - Adolpho Pissarenko - Alceu de Almeida Reis - Alfredo Vidal - Andréa Bueno Salinas - Arlindo Figueiredo Penteado - Atelisa de Salles - Carlos Eduardo Hack - Cesar Augusto Miranda - Danilo Caymmi - Frederick Stephany - Giancarlo Pareschi - Gilson Peranzzetta - Hélio Delmiro - Iberê Gomes Grosso - Jorge Faini - Jorge Kundert Ranevsky (Iura) - José Alves da Silva - José Dias de Lana - Márcio Eymard Mallard - Marku Ribas - Maurício S. Loures - Mauro Senise - Nathercia Teixeira da Silva - Picolé - Regina Corrêa - Salvador Piersanti - Walter Hack
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Djavan Caetano Viana, nasceu em Maceió, em 1949. Aos 23 anos, vai para o Rio de Janeiro e tenta se inserir no mercado musical. Canta em Boates, faz as primeiras gravações para trilhas de novelas da Globo, em 1976 grava o seu primeiro LP.
Aqui está o segundo disco, com parte das suas primeiras 60 canções compostas nesse período. Sua mistura rítmica, agregando a música popular brasileira a elementos do jazz são marcas dessa fase brilhante.
Índios Karitiana de Rondônia/José Pereira Karitiana
11 - Hirigo
Índios Tupari de Rondônia
12 - Wine Merewá
Índios Suruí de Rondônia
13 - Mekô Merewá
Índios Suruí de Rondônia
14 - Ju Parana
Índios Juruna do Mato Grosso do Norte
15 - Kworo Kango
Índios Kayapó do Pará
16 - Mito - Metumji Iarén
Índios Suyá do Mato Grosso do Norte
17 - 15 Variações De Hai Nai Hai
Índios Nambikwara do Guaporé/MT
Músicos
Artur Andrés Ribeiro - Décio de Souza Ramos Filho - Rodolfo Stroeter - Paulo Sérgio dos Santos - Bugge Wesseltoft - Caíto Marcondes - Paolo Vinaccia - Teco Cardoso
Participação Especial
Gilberto Gil - Grupo Uakti - Grupo Beijo
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Nesse CD, que também teve uma versão em livro, Marlui Miranda apresentou sons de 11 tribos, foi o primeiro mapeamento da música indígena brasileira. Resultado de 17 anos de pesquisa, girando por 50 nações indígenas da Amazônia, o livro e o CD "Ihu" (palavra que significa "todos os sons" na língua dos camaiurás), nas palavras de Marlui, "promove uma transferência cultural, pela primeira vez, a arte sonora do índio pode ser executada quase que literalmente por músicos urbanos ocidentais." Nem um indígena participou das sessões de gravação, embora se perfilem amostras gravadas durante a pesquisa. As músicas foram transcritas em partitura por Marlui segundo a notação clássica. "Ihu" teve uma tiragem inicial de 2.000 CDs.
Esse traça que vos escreve esteve nos shows da época, inclusive o CD foi adquirido naquela oportunidade. Infelizmente, é um daqueles empréstimos que nunca mais voltaram às nossas prateleiras.
Björk é uma cantora, compositora e produtora islandesa. Nascida em 1965, iniciou a carreira aos 11 anos de idade. Transita entre o pop, o rock, o jazz, música eletrônica, erudita e com a cultura popular tradicional. Sua carreira decolou com o grupo Sugarcubes entre 1986 e 1992.
Esse disco é a trilha sonora do musical Dançando no Escuro (2000), dirigido por Lars von Trier. Björk assinou a trilha e interpretou Selma, personagem protagônica, mãe e operária tchecoeslovaca, que busca salvação para o filho nos EUA enquanto está ficando cega. O filme recebeu a Palma de Ouro e Björk foi premiada como melhor atriz no Festival de Cannes daquele ano.
Musicais não são o forte desse Traça que vos escreve, mas este, de fato surpreendeu. Pois que nos deparamos com um drama, uma fratura exposta, que confronta visões de mundo de personagens com formações antagônicas: a operária, formada a partir de um pensamento socialista, portanto tendo um comportamento solidário e humanista, enfrenta-se com o egocentrismo, a futilidade e a brutalidade do pseudo sonho estadunidense. O filme vai muito além do drama individual, sobretudo se o tomamos como alegoria da Guerra da Bósnia (1992-1995), que dilacerou os Bálcãs, com auxílio do imperialismo, fomentando as disputas étnicas e religiosas da região, que visava lucrar com os espólios do confronto, agregado-os à União Européia. Nunca mais vi tanto marmanjo chorando no banheiro do cinema depois de uma sessão de cinema!
Badi Assad nasceu em São João da Boa Vista (SP), em 1966, três anos mais tarde, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Oriunda de uma família de musicistas, naturalmente se inseriu nesse meio muito cedo. Aos 15 anos já era premiada como violonista. Gravou o seu primeiro disco em 1989. Experimentalista, desenvolveu técnicas de percussão com a boca. Nos anos 1990 conquistou uma carreira internacional. No disco "Verde", Badi Assad perfila um repertório popular tradicional ao lado de releituras do Pop Rock e suas próprias composições.
Violeta del Carmen Parra Sandoval, Violeta Parra (1917-1967), nasceu em San Carlos, Chile. É um monumento da música Chilena, uma referência da Canção Nova para a América Latina. Seu canto simples e contundente se pauta pelas tradições chilenas e pela resistência do povo contra a exploração. Seus primeiros registros datam do início de 1948. Viveu na Argentina, em Paris e viajou por diversos países realizando apresentações e gravações. Foi uma pesquisadora contumaz da cultura tradicional chilena, sobretudo dos ritmos, das danças e canções de seu povo. Chegou a registrar mais de 3 mil canções. Mesmo após a sua morte, há uma vasta discografia com gravações inéditas e coletâneas em diversas partes do mundo. Este LP é uma edição cubana, que concentra parte significativa da sua obra.