a) Crepúsculo civil
b) Aos mártires
c) Emergência
2 - Músico viajante - Revelações
3 - Um bolerésio (para Tenório Jr., no céu)
4 - Clara, cheia de luz
Mutação
6 - O Horizonte nos olhos de Manu
Pequeno poema libertário
Pequeno poema libertário
Não vale a pena
Persigo São Paulo
Sertão Paulista
"A proposta de reunir quatro forças distintas da percussão brasileira me soou muito atrativa desde o início. Convidado peta Baluarte Agência para a função de produtor e diretor musical do cd - em projeto idealizado por Caíto Marcondes - imaginei o que deveria ser feito para que a espontaneidade musical fosse privilegiada. Pensei num encontro rápido, mas intenso. Ao invés de muitos dias de estúdio, apenas uma sessão de montagem e duas de gravação. Um encontro junto aos artistas norteou definitivamente o projeto. Ali, em um hotel perto do Parque Ibirapuera de São Paulo - Marcos Suzano, Naná Vasconcelos, Caíto Marcondes e os integrantes do Coração Quiáltera levantaram inspirações comuns e diversas. Cada um refletindo uma maneira de reproduzir a natureza e a sonoridade brasileiras com cores próprias. A mágica música de Naná, o morro e o asfalto do Rio de Janeiro representados pelo ritmo inconfundível de Marcos Suzano, a parafernália genial de sons coletada e coletivizada pelo Coração Quiáltera e a mistura universal e paulistana de Caíto Marcondes se fundem. Mais do que se fundirem, se integram. Nas sessões, cada uma das composições se desenvolveu naturalmente. Uma ideia sugeria uma outra ideia, e uma resposta se fazia, uma complementação se expunha. Da diferença se fez a semelhança. Música criada coletivamente através da intuição de todos, gerando unidade. Intensa, forte e original. Como só um encontro desta importância poderia ser. Tão original quanto brasileiro. Urbanos brejeiro, eletrônico, acústico, tudo ao mesmo tempo agora já. Sementeira planta e colhe no precioso quintal da nossa diversidade: ritmos, vozes, sons e silêncios." (Rodolfo Stroeter - extraído do encarte do CD)
Nada mais sério
Você pode ir além
Se chorar beba a lágrima
Dal Farra - Claus Petersen - Marcelo Galbetti - Mário Manga - Wandi Doratiotto - Sylvio Mazzuca Júnior - Jaques Morelenbaum - Danilo Caymmi - Paulo Jobim - Edmundo Maciel - Hamilton Pereira Cruz - José Barreto Sobrinho - Marçal - Ricardo Pontes - Zé Carlos Bigorna - Don Bill - Jorge Davidson - Mayrton Bahia - Sérgio Affonso - Werner
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Esse é o quarto LP do Premê. Originalmente lançado em 1986, tem nova prensagem em 1987, incluindo a faixa "Rubens (Não me censure)".
A ditadura civil/militar acabou oficialmente em 1985, porém, certos instrumentos de controle, como o departamento de censura, ainda tiveram uma sobrevida. Possivelmente a produção do LP ainda se batera com o procedimento de submeter as letras ao controle estatal antes do lançamento. Daí a marca de censura das três faixas apontadas na contracapa (Rubéns, Império dos sentidos e Espinha). O selo de censura foi mais uma estratégia de denúncia e um jogo de marketing, pois o que vigorou mesmo foram as versões originais. A prensagem de 1987 faz justiça à nova letra para Rubens, além de ser uma curiosidade, é tão boa quanto a original. Ridiculamente, o tacão dos censores, nesse e em tantos outros casos, destinava-se à preservação de questões morais ultrapassadas.
A versão original de "Rubéns" foi gravada no primeiro álbum da Cássia Eller, uma interpretação magnífica.
O repertório desse álbum é tão irônico e divertido, mantendo a qualidade musical, quanto os demais da carreira do Premê.
O Homem Traça diz: ROAM!
Império dos sentidos
Saber nadar