quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Sui Generis - 1972 - Vida

Postagem original: 22/01/08

 
1 - Canción para mi muerte
Charlie García
2 - Necesito
Charlie García
3 - Dime quién me lo robó
Charlie García
4 - Estación
Charlie García
5 - Toma dos blues
Charlie García
6 - Natalio Ruiz, el hombrecito del sombrero gris
Charlie García
7 - Mariel y el Capitán
Charlie García
8 - Amigo vuelve a casa pronto
Charlie García
9 - Quizás porque
Charlie García
10 - Cuando comenzamos a nacer
Charlie García
11 - Posludio
Charlie García

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A história desse duo, que passou à história da música jovem da argentina dos anos 70, entre outras coisas, por sua imensa popularidade, começou em 1969. Originalmente era formada por: Charlie García (teclados e voz), Nito Mestre (guitarra, flauta traversa e voz), Rolando Fortich (baixo), Juan Belia (guitarra), Alberto Rodríguez (bateria) e Carlos Piégari (voz).

Charlie e Nito se conheceram no terceiro ano do colégio. Ambos participavam de grupos de rock de bairros. Charlie, junto a Rodríguez e Correa, no "To walk spanish". Nito cantava no "The century indignation". Como quinteto, sem a participação de Piégari, debutaram no Colégio Santa Rosa de Buenos Aires. Depois dessa apresentação o grupo sofreu muitas modificações, até se reduzir a um duo acústico. Em 1970, apresentaram-se no circuito de pequenas salas, como a Galeria Nexo.

Nesse mesmo ano realizaram uma apresentação na TV, apadrinhados por Eduardo Falú. Em pouco tempo, viajaram a Mar del Plata onde dividiram o palco com Litto Nebbia. A partir de maio de 71 participaram de uma série de apresentações na Sala ABC, considerados hoje como o ponto de partida de sua carreira de sucesso.


Mas foram recusados por vários gravadoras, sua representante Pierre Bayona tomou contato com Jorge Álvarez, produtor do selo Microfón. Deram uma prova para a gravadora interpretando quatro temas. Como resultado, firmaram um contrato que permitiu-lhes gravar seu primeiro álbum. O disco se chamou Vida, gravado em 1972. O tema "Amigo, vuelve a casa pronto" foi o primeiro gravado pelo grupo; participaram da gravação, como convidados, o violinista Jorge Pinchevsky, o baixista Alejandro Medina e o guitarrista Claudio Gabis.

O álbum "Vida" é marcado pela influência do folk norteamericano (em moda na época), a temática das letras das canções do grupo têm muita influência de Bob Dylan, Crosby-Stills-Nash-Young e transcenderam as fronteiras dos roqueiros, para se instalar como representantes de um grupo mais amplo da juventude.

Qualquer semelhança com Sá, Rodrix & Guarabyra ou com Almôndegas não é mera coincidência, foram tendências da época.

O Homem Traça diz: ROAM!



Dime quién me lo robó

Desatormentándonos - 1972 - Pescado Rabioso

 

1 - Blues De Cris
L. A. Spinetta
2 - El jardinero (Temprano Amaneció)
L. A. Spinetta
3 - Dulce 3 nocturno
Amaya - Frascino - Spinetta
4 - Algo flota en la laguna
Frascino - Spinetta
5 - Serpiente (Viaja por la sal)
L. A. Spinetta

Faixas Bônus (edição em CD de 2008)
6 - Me gusta ese tajo
Amaya - Frascino - Spinetta
7 - Despiértate Nena
J. C. Amaya - L.A. Spinetta
8 - Post-crucifixión
J. C. Amaya - C. Cutaia - L. A. Spinetta
 
Músicos
Spinetta - Frascino - Amaya - Carlos Cutaia

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Esse é o primeiro LP do grupo Pescado Rabioso, anúncio virtuoso dos três anos de existência sob a liderança prodigiosa de Spinetta.

O Homem Traça diz: ROAM!



Post-crucifixión

sábado, 23 de novembro de 2024

Clara Sverner e João Carlos Assis Brasil - 1984 - Joplin Satie

1 - Parade
Erik Satie 
2 - La belle excentrique
Erik Satie 
3 - The etertainer
Scott Joplin 
4 - The cascades
Scott Joplin 
5 - Gladiolus rag
Scott Joplin 
6 - Maple leaf rag
Scott Joplin 
7 - Easy winners
Scott Joplin 
8 - Scott Joplin's new rag
Scott Joplin 
9 - Stoptime rag
Scott Joplin 
 
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Reproduzimos o texto do encarte, de autoria do poeta Augusto de Campos, que, em nossa opinião, dá a exata pertinência desse LP, sobretudo no que diz respeito à ruptura das falsas barreiras entre a produção erudita e popular.
 
A ERA DE ERIK, A ERA DO RAG
 
Este disco reúne dois compositores da mesma época — Erik Satie (1866-1925), Scott Joplin (1868-1917) aparentemente separados por duas barreiras: a distância geográfica e a distância estética. Satie, "o mestre de Arcueil", bem ou mal, enquadrado na área da música erudita. Joplin, "o rei do ragtime", no âmbito da música de divertimento.

Eu disse: aparentemente. Porque Satie, como se sabe, é o riso subversivo instilado na música "séria". O sofisticado autor das Gymnopedies ou da Missa para os Pobres - "o "Esoterik Satle" - é também o inclassificável "Satierik" da Armadilha de Medusa (pré-teatro do absurdo), de Vexames (composição pré-dada feita de 840 repetições do mesmo motivo) e de Parade (que não se pode traduzir por "parada" - desfile militar — porque tem outro significado: espetáculo burlesco representado nas feiras para atrair o público). Parade - o escândalo musical de Paris de 1917, na versão para orquestra, com roteiro de Cocteau, cenários de Picasso, coreografia de Massine, e cuja partitura previa até sirenes, tiros de revólver e máquina de escrever. Nessa colagem circo-musical cubista, Satie intercalava alguns compassos de rag (dança protojazzística, com melodia sincopada sobre um baixo de acentuação regular, em compasso binário): o Ragtime do Navio, na verdade o primeiro rag europeu em concerto.
 
Acasos e contatos. Scott, pianista negro nascido no Texas, depois de tocar nos cabarés de St. Louis,  ascenderia com Mapple Lea Rag (1899), The Easy Winners (1901), The Cascade (1904), Stoptime Rag (1910) e outras composições à galeria dos maiores criadores do ragtime. O imprevisível Erik (Alfred Leslie) Satie, francês, filho de escocesa, depois de antecipar o impressionismo com as suas Sarabandes (1887), se engajaria por algum tempo, à volta de 1900, nos cabarés de Montmartre como pianista-acompanhante do "chansonnier" Vincent Hyspa (época em que criaria as valsas Je Te Veux e Tendrement, cinicomelancólicas homenagens à "belle époque").

A saúde das artes exige, de quando em vez, para o ar rarefeito das elucubrações e das pesquisas sem tréguas, o oxigênio generoso da intuição e da informalidade. Daí a dialética interpenetração dos avessos que a música experimenta, para além dos rótulos e dos compartimentos.
 
O jazz bi uma dessas lufadas de ar fresco na criação cultivada. Debussy já se mostrara sensível a ele, como se vê de Golliwog's Cake Walk (1908) e Minstrels (1910). Stravinski (depois de Satie) o adotou em peças como Ragtime para 11 instrumentos e História do Soldado, ambas de 1918. Na América, Charles Ives, desde a sua 1ª Sonata para Piano (1902-1909), incorporara o ragtime às suas composições experimentais. E outros, como Milhaud, na Création du Monde (1923) ou Antheil, na Jazz Symphony (1927), para citar apenas os compositores mais preocupados com a música de invenção, do impressionismo à politonidade e desta à "machine music".
 
Quanto a Satie, o dessacralizador por excelência da música erudita, não é de admirar que tenha demonstrado simpatia jazz. Em 1916, ele tocava ao piano os rags de Jelly Roll Morton. E dizia dos músicos negros: "São extraordinários - tocam em contracanto e terminam sempre em equilíbrio". No jazz ele encontraria a graça espontânea e as fraturas rítmicas que lhe serviriam de antídoto às diluições do impressionismo "fin de siêcle" de que ele mesmo fora um dos precursores. Daí a apropriação que fez do rag para o quebra-quebra de Parade. Um desígnio semelhante o levaria a recuperar o caf' con' e o can can na desconcertante criação de Belle Excentrique, em 1920. "Viva os amadores", dirá Satie. E, como que prevendo a impugnação dos puristas: "Todo mundo lhes dirá que eu não sou músico. É justo. Desde o início de minha carreira, eu me classifiquei, de pronto, entre os fonometrógrafos".
 
Por tudo isso, é mais do que pertinente esse encontro transcultural promovido por Clara Sverner e João Carlos Assis Brasil entre o piano a quatro mãos de Satie e o de Joplin.  Do rasgo do rag ao riso de Satie sopra um ar sempre novo. Um ar não condicionado, onde o humor e a criatividade se dão as mãos.
 
O Homem traça diz: ROAM!
 


The etertainer

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Berimbau e Percussão - 1975 - Papete

 

1 - A ova
Théo de Barros
2 - Ponto pro caboclo sete flechas 
Candomblé - Adap. Papete
3 - Igarapé 
Théo de Barros
4 - Bumba meu boi 
Bumba Meu Boi - Manoel Onça - Adap. Papete
5 - Cachimbo 
Papete
6 - É assim que eu sou 
Théo de Barros
7 - Berimba 
Théo de Barros
8 - Maracá 
Théo de Barros
 
Participações especiais 
Oswaldinho da Cuíca - Felpudo 
 
Músicos 
Papete - Théo de Barros - Ana Maria - Geraldo - Chico - Costa - Verinha - Aeluah - Maria de Lurdes - Ayres - Gabriel - Demetrio - William - Balto - Jorginho -
 
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Primeiro LP do Papete, aqui já estava registrada a marca do grande percussionista que abrilhantou a música brasileira em sua obra.

O Homem Traça diz: ROAM!



Bumba meu boi

Nós - 1981 - Luiz Melodia

Postagem original: 15/10/2008

01 - Ilha De Cuba
Papa Kid
02 - Segredo
Luiz Melodia
03 - Surra De Chicote
Luiz Melodia
04 - Hoje E Amanhã Não Saio De Casa
Luiz Melodia
05 - Negro Gato
Getúlio Cortez
06 - Passarinho viu
Luiz Melodia (participação especial: Jane Pinto)
07 - Mistério Da Raça
Luiz Melodia - Ricardo Augusto
08 - Dias De Esperança
Luiz Melodia09 - Feras Que Virão
Luiz Melodia

Músicos
Lincon Olivetti - Jamil - Robson - Robertinho Silva - Marcio Montarroyos - Bidinho - Oberdan - Zé Carlos - Serginho Trombone - Léo - Ariovaldo - Perinho Santana - Rubens Sabino - Carlos Camargo - Victor e Ricardo Silveira - Luiz Carlos - Zeca da Cuíca - Marco Antônio - Nivaldo Ornelas - Sérgio Boré - Arnaldo Brandão - Piauí - Ricardo Augusto - Djalma Correa - Mauro Senise - Robério - Carlos Camargo

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Esse é o quarto disco da carreira de Luiz Melodia, o qual começa a aparecer em 1972, quando Gal grava "Pérola Negra" levada a ela por Wally Salomon. Nascido em 1951, no Rio de Janeiro, é filho de Oswaldo Melodia, de quem o sobrenome artístico herdou.

Embora sua trajetória e criação se dê pelos morros do Rio, Melodia tem um carreira a parte do samba, as influências da Jovem Guarda e Tropicália lhe dão a marca de poeta urbano, cuja musicalidade é forjada pela experimentação de diversos ritmos, negros decerto, no entanto o samba só aparece bem mais tarde.

Nesse disco podemos ouvir sua releitura de "Negro Gato", uma homenagem ao flerte inicial com a Jovem Guarda, além de muito swing nas demais faixas. Destaco "Segredo", canção calcada no blues, que foi regravada futuramente em duo com Zélia Ducan, quando esta, em seu primeiro disco, ainda assinava Zélia Cristina.

O Homem Traça diz: ROAM




Segredo

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Dengo - 1980 - Zezé Motta

1 - Remendos
Joanna Benchimol - Sarah Benchimol
2 -  Feiticeira
Gilberto Gil
3 - O dengo que a nega tem
Dorival Caymmi
4 - Bola de meia-bola de gude
Fernando Brant - Milton Nascimento
5 - Cais escuro
Paulo César Feital - Zezé Motta
6 - Oxum
Johnny Alf
7 - Fez bobagem
Assis Valente
8 - Sete faces
Gonzaguinha
9 - Sem essa
Duda - Jards Macalé
10 - Poço fundo
Gilberto Gil

Músicos
Chiquinho - Perinho Albuquerque - Luizão - Enéas Costa - Jorginho - Cláudio Guimarães - Bira da Silva - Túlio Mourão - Juarez Araújo
 
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Terceiro LP solo de Zezé Motta, registra um repertório que ganha um brilho especial com a sua interpretação cheia de personalidade. O viço da multi artista, ex-operária, professora da Educação Básica por formação e militante do Movimento Negro Unificado, destaca-se na reinterpretação de canções como "Dengo que a nega tem", "Fez bobagem", "Bola de meia-bola de gude"  ou "Sem essa", ao lado das faixas encomendadas a grandes compositores para a sua voz plena de beleza.

O Homem Traça diz: ROAM!
 


Sete faces

domingo, 17 de novembro de 2024

Teca Calazans - 1982

 

1 - Coco verde 
Teca Calazans - Ricardo Vilas
2 - Acorda povo 
Teca Calazans - Luis Carlos Sá
3 - Esses discos voadores me preocupam demais 
Oliveira de Panelas
4 - Pois é falou 
Leonardo Ribeiro - Gonzaguinha
5 - Memória de mulher 
Leonardo Ribeiro - Ricardo Vilas - Mônica Rabelo
6 - Desejo de mouro 
Zé Ramalho
7 - Por do sol 
Helvius Vilela - Teca Calazans
8 - Viver 
Ricardo Vilas
9 - Nau catarineta [Auto Natalino de Cabedelo da Paraíba]
Tradicional - Adpt. Teca Calazans
10 - Princípios morais 
Teca Calazans - Ricardo Vilas

Músicos
Teca Calazans - Helvius Vilela - Leonardo Ribeiro - Wagner Tiso - Zé Ramalho - Renato Correa - Paulo Rafael - Luis Alves - Severo - Rubinho - Cícero - Tinda - Ricardo Silveira - Nivaldo Ornelas - Ricardo Pontes - Nilton Rodrigues - Zeca do Trombone - Robertinho Silva - Manasses - Falcão - Rui - Café - Danilo Caymmi - Paulo Guimarães - Marçal - Eliseu - Luna

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LP produzido no período em que retomara a morada no Brasil, após o fim da dupla Teca & Ricardo, segue a linha estética dos anteriores, destacando o tradicional e o contemporâneo da música popular brasileira. À época, Teca participou do histórico Projeto Seis e Meia da Sala Funarte, juntamente com a Cátia de França, uma parceria com performances brilhantes.

O Homem Traça diz: ROAM!



Esses discos voadores me preocupam demais

Como essa mulher - 1984 - Hermelino e a Football Music

Postagem original: 15/07/2013
 

01 - Pô, amar é importante!
Hermelino Neder
02 - Você duvida?
Hermelino Neder
03 - Nada a dizer... 
Hermelino Neder
04 - Blues
Hermelino Neder - João Abujanra
04 - Santos Music Club
Hermelino Neder
05 - Como essa mulher
Hermelino Neder
06 - Piano apenas
Hermelino Neder
07 - Noite sendo
Hermelino Neder - Claus Petersen - Dulce Maltez
08 - 222
Hermelino Neder
09 - Tem certas vezes
Hermelino Neder
10 - O Beto
Elaine Farhat - Regina Rheda - Sandra Rogers

Músicos
Hermelino Neder - Eduardo Ramos - Sueli Gondim - Luis Britto - Luis Eduardo Mineiro - Tino de Morais - Henrique Reinach - Silvia Ocougne - Mário Campos - Alex Amback (Sacha) - Paulo Eduardo Mello - Bozo Barreti - Fábio Oriente - Maurício Zidói - Mário Biafra - Ana Amélia - Vânia Bastos - Ana Iara Campos - Marcelo Petráglia - Marcelo Mig - Ruriá Duprat - Gilmar Jardim

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Hermelino Neder é um daqueles que na década de 1980, agitou Sampa com a tal Vanguarda Paulista. Nesse tempo formou o grupo Hermelino e a Football Music. A canções tem arranjos divinos, que emolduram diálogos, depoimentos e a poesia da metrópole daqueles anos. Hermelino ainda escreveu várias trilhas sonoras, dentre elas as dos filmes A dama do Cine Shanghai, Perfume de gardênia, A hora mágica e Onde andará Dulce Veiga? Há várias composições suas gravadas por Arrigo Barnabé, Suzana Salles e Cássia Eller. Aliás, Arrigo, vira e mexe, retoma o tema "amar é importante".

Esse disco é raro, chegou-me pelas mãos da minha amiga Estela. Nem na rede não achei o LP inteiro, está estreando em nossas prateleiras para o mundo. Destaco a voz maravilhosa de Vânia bastos, mas também o registro da canção "Noite sendo" na bela interpretação de Sueli Gondim.

O Homem Traça diz: ROAM!



Noite sendo

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Cantoria - 1985 - Adauto Santos

 

1 - Lenço e vento
Zé Pedro - Raimundo Prates
2 - Paulista quatrocentão
Clemente - Adolfo
3 - Beija-flor
Perboyre Sampaio - Adauto Santos
4 - Cantoria
Raimundo Prates - Adauto Santos - J. Corsini
5 - Vide vida marvada
Rolando Boldrin
6 - Ora viva São Gonçalo
Paulo Vanzolini
7 - Pião de rodeio
Adauto Santos - Índio Vago
8 - Velho macho
Nonô Basílio
9 - Santo Reis passou na sua casa
Miltinho Rodrigues - Lourival dos Santos
10 - Pingo d'água
Raul Torres - João Pacífico

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Adauto Santos (1940-1999) foi violonista, violeiro, compositor e cantor brasileiro, obteve destaque ao trazer a música caipira para o seu repertório, misturando com a MPB. Esse LP traz o espírito do título, Adauto canta diversos autores do cancioneiro caipira, inclusive com as incongruências das letras da época como na identificação com os assassinos e escravocratas bandeirantes em "Paulistano quatrocentrão" e na citação acrítica do comportamento do pai em "Velho macho". Segue o registro da competência de Adauto Santos com a sua viola.

O Homem Traça diz: ROAM!



Cantoria

domingo, 3 de novembro de 2024

Upside Down - 2011 - Maurício Maestro


1 - Ancient truth
Maurício Maestro
2 - Jungle bells
Maurício Maestro
3 - Horizonte
Maurício Maestro
4 - Tango brasileiro
Maurício Maestro
5 - Canto do Pajé 
H. Villa Lobos - C. Paula Barros
6 - Todos os santos
Maurício Maestro - Joyce
7 - Ciclo da vida
Maurício Maestro
8 - Ouvindo estrelas
Maurício Maestro
9 - Quantas vezes
Maurício Maestro
 
Bônus (da versão em CD)
10 - Água clara
Maurício Maestro
11 - Upside down
Maurício Maestro
 
Músicos
Maurício Maestro - Naná Vasconcelos - Kay Lyra - João Carlos Coutinho - Iura Ranevsky - Paulo Guimarães - Deborah Cheyne - André Cunha - Nayran Pessanha - Denise Pedrassoli - Mauro Rufino Martins - Leo Ortiz - Rúbia Siqueira - Pancho Roa - Martina Stroeher - Marco Catto - Mateus Ceccato - Marcus Ribeiro
 
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Gravado em 2010 na onda do sucesso de Visions of dawn, LP de 1976 e só lançado em 2010, Maurício Maestro nos brinda com canções de diversas fases de sua carreira, além de duas inéditas, "Água clara" e "Upside down".

Maurício Maestro se notabilizou como compositor, arranjador, instrumentista e, claro, pela longa carreira junto ao grupo Boca Livre
 
Curiosamente, a página da gravadora cita o contexto histórico em que surge a maioria das obras presentes nesse álbum, na obscuridade do regime cívico militar brasileiro dos anos 1970, e saúda serem trazidas à baila em um momento de prosperidade, em 2010, em meio ao segundo mandato do governo Lula. Esse dado é notável, pois em 2021 o Boca Livre anunciara a sua dissolução por divergências políticas, tendo em vista a adesão de Maurício Maestro ao Bolsonarismo, algo, no mínimo, incoerente tendo em vista a história do grupo e os ataques que esse governo ultraconservador implementara contra a cultura e a educação, para ficar em apenas duas áreas, entre 2018 e 2022. Em 2023, o Boca Livre ganhou o Grammy de Melhor Álbum de Pop Latino com "Pasieros", gravado em 2011, e superou a crise, retomando os trabalhos.

O Homem Traça diz: ROAM!
 


Água clara