Tetê Espíndola - Júlio Cesar Teixeira - Lincoln Olivetti - Pisca - Robertinho Silveira - Nico Assumpção - Jurim Moreira - Téo Lima - Carlos Bala - Caíto Marcondes - Marco Mazzola - Jota Moraes - Sérgio Dias - Bidinho Spínola - Don Harris - Márcio Montarroyos - Edmundo Maciel - Jorge de Magalhães Berto - Roberto Marques - Aurino Ferreira de Oliveira - Leo Gandelman - Mauro Senise - Paul Lieberman - Zé Carlos Bigorna - Arlindo Figueiredo Penteado - Frederick Stephany - Hindemburgo Vitoriano Borges Pereira - Nelson de Macedo - Aizik Meilach Geller - Alfredo Vidal - Bernardo Bessler - Carlos Eduardo Hack - Francisco Perrota - Giancarlo Pareschi - Jorge Faini - José Alves da Silva - Luiz Carlos Campos Marques - Michel Bessler - Paschoal Perrota - Walter Hack - Alceu de Almeida Reis - Jorge Kundert Ranevsky - Luiz Fernando Zamith - Márcio Eymard Mallard - Wanda Eichbauer - Grupo Vissungo
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Lançado no ano do Festival dos Festivais, que revelou Tetê nacionalmente com a fatídica "Escrito nas estrelas", a produção desse LP tenta "modernizar" o repertório da cantora, até então alternativa, vendendo-a com os recursos pop em voga. Embora o time de músicos seja da melhor qualidade e as canções reproduzam a essência da artista, os arranjos (sobretudo por integrar a bateria eletrônica, uma degeneração musical da época) são lastimáveis. Porém, as canções em si, as transições com as vinhetas e as orquestrações salvam a audição para quem espera encontrar o vigor criativo dos LPs anteriores. A despeito das impressões desse reles Traça, faixas como "Deixei meu matão", "Na Chapada" e "Gata vadia" alcançaram certo sucesso na veiculação radiofônica da época.
6 - Inhuma da Taboca Manoel Neto de Oliveira - Paulo Freire 7 - Chianti Paulo Freire 8 - Brincando no Enfuzado Paulo Freire - Swami Jr. 9 - Fumacinha da Manga
Paulo Freire 10 - Flor do Pequi
Tavinho Moura
11 - Lundus do Urucuia Tradicional do Urucuia – MG 12 - Rio Abaixo Paulo Freire - Manoel de Oliveira 13 - Seguidilla Bizet 14 - Suíte da Lagartixa - Com fome
Paulo Freire
15 - Suíte da Lagartixa - Dando o Bote Paulo Freire 16 - Suíte da Lagartixa - Comendo
Manoel Neto de Oliveira 17 - Seu Teó Paulo Freire 18 - Inhuma do Brejo
Tavinho Moura
19 - Receita de Pacto
Paulo Freire
Participação especial
Wandi Doratiotto
Músicos
Paulo Freire - Adriano Busko - Swami Junior - Mário Manga
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Nascido em 1957, paulistano, Freire estudou violão clássico com Henrique Pinto. Influenciado pela obra "Grande Sertão Veredas", embrenhou-se pelo norte de Minas Gerais a partir de 1977. Nessa empreitada, aprendeu viola com mestres como Manelim e Zé Costa. Nos anos 1980 participou do Teatro Vento Forte (que, apesar do legado histórico de mais de 40 anos, teve a sua sede demolida pelo prefeito bolsonarista Ricardo Nunes, em 2025). Nesse período, também compôs trilhas para séries de TV como “Malu Mulher” e “Obrigado, doutor” e “Grandes
Sertões: Veredas”.
Paulo Freire é compositor, instrumentista e escritor. Temos aqui o seu primeiro álbum, com o qual foi premiado como de Revelação Instrumental, no Prêmio SHARP.
Rodrigo Campos - Juçara Marçal - Ná Ozzetti - Marcelo Cabral - Curumin - Thiago França - Dustan Gallas - Carlos dos Santos - Aramis Rocha - Robson Rocha - Daniel Pires - Deni Rocha - Daniel Danzi - Filipe Castro - Junior Galante - Marcelo Boim - Paulo Malheiros - Josué dos Santos - Jaziel Gomes - Paulo Jordão - Guilherme Sotero - Marcos Schefell
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Rodrigo Augusto de Campos (artisticamente assina como Rodrigo Campos), é paulista de Conchas, nascido em 1977, criado em São Mateus (bairro da periferia de São Paulo) é um cantor, compositor, violonista, cavaquinista e percussionista brasileiro.
Vencedor, em 2013, do 24º Prêmio da Música Brasileira na categoria Revelação, por seu álbum "Bahia Fantástica", dois anos depois, apresenta-nos sua intersecção entre a música brasileira e referências do cinema japonês, apoiado em nomes como Wong Kar-Wai, Toshiro Mifune, Hayao Miyazaki e Takeshi Kitano. Sobre a estrutura cifrada das canções, Campos alega que “são conversas comigo mesmo. Parto de uma mitologia para criar reflexões das minhas próprias questões e inquietações”. O fato é que o mistério emana da doçura e da crueldade, desfilando em temas como o sexo, a morte, o medo e a violência, embalados em arranjos provocativos, que nos chamam a perseguir (mental e fisicamente) as imagens sonoras sugeridas.
Esse é mais um dos LPs trazidos à baila do acervo da Funarte, homenageando o legado de Ariovaldo Pires, vulgo Capitão Furtado, um grande incentivador da cultura caipira. Para além disso, destaco a centralidade prodigiosa da viola de Roberto Corrêa.
Reproduzo trecho de um texto do rico encarte do álbum, assinado por Ferrete:
"A partir dos muitos discos que gravou nessa década e por força dos programas de rádio que nessa ocasião, desde o Rio de Janeiro, levou a todo o País, Ariovaldo Pires — que já se transformara, para essa missão. no pitoresco Capitão Furtado — não encontrou qualquer dificuldade em seu próprio Estado, o de São Paulo. Dava seu incentivo como homem de rádio e de discos, mas, sobretudo, como poeta popular e "contador de causos", à música de caipiras e aos violeiros, dando origem a um movimento crescente que, até recentemente, poria em confronto ante o grande público consumidor os valores da música urbana e rural no Brasil. Através de seu Arraiá da Curva Torta todos os domingos à tarde, na Rádio Difusora de São Paulo, o Capitão Furtado movimentava toda sorte de duplas e instrumentistas caipiras de nova safra, tendo surgido nesse período, que começa em 1940, nomes como Tonico e Tinoco (revelação dele, Capitão Furtado), Hebe Camargo (que com sua irmã Estela formava a dupla Rosalinda e Florisbela), Mário Zan e Orlando Silveira, só para mencionar alguns nomes importantes ainda em evidência no mundo artístico nacional."
Fred Herbaud - Jean-Jacques Herbaud 3 - Variações sobre tema nenhum
Fred Herbaud
4 - Cellula mater
Fred Herbaud 5 - Crisálida
Sidney Jaires 6 - Mosaico
Fred Herbaud 7 - Quimera
Fred Herbaud 8 - Bebop blues
Fred Herbaud 9 - Illuminância
Fred Herbaud
Músicos
Fred Herbaud - Sidney Jaires - Jean-Jacques Herbaud - Albert Pimenta - Vladimir Ricardo
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Grupo formado 1994, em Recife, durou até 1998. Esse registro não deixa dúvidas sobre a influência da produção, de meados dos anos 1970, da banda inglesa de rock progressivo, King Crimson. A maioria das faixas são instrumentais e também incorporam elementos do piano jazz e o jazz rock. Esse álbum aparece em meio a uma retomada do rock progressivo (ainda que de forma alternativa) na cena brasileira do início dos anos 1990.
1 - Face a face Cacaso - Sueli Costa 2 - Primeiro de maio Chico Buarque - Milton Nascimento 3 - Reis e Rainhas do Maracatu Milton Nascimento - Nelson Angelo , Novelli 4 - O que será? Chico Buarque 5 - Céu de Brasília Fernando Brant , Toninho Horta 6 - Paixão e fé Fernando Brant - Tavinho Moura 7 - Jura secreta Abel Silva - Sueli Costa 8 - Valsa rancho Francis Hime - Chico Buarque 9 - Canoa, canoa Fernando Brant - Nelson Angelo 10 - Começaria tudo outra vez Luiz Gonzaga Júnior
Quarto LP da carreira de Simone, é um clássico da MPB, título sustentado pelo repertório e pelos músicos que a acompanham nessa empreitada. Primeiro momento de amplo reconhecimento de crítica e público, traz o som do Clube da Esquina, que atravessa as faixas com a competência de seus áureos tempos, reforçado pela voz e interpretação firme dessa cantora em plena ascensão.
Carlos Malta - Andréa Ernest Dias - Marcos Suzano - Durval Pereira - Oscar Bolão
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Carioca, nascido em 1960, Carlos Malta é músico, compositor e multi-instrumentista brasileiro. que toca diferentes tipos de flauta e saxofone, é também, arranjador e professor de música. Tocou com grandes nomes da música brasileira, como Johnny Alf, Antonio Carlos & Jocafi, Maria Creuza, Hermeto Pascoal, Wagner Tiso, Guinga, Lenine, Sérgio Ricardo, Leila Pinheiro, Marcus Suzano, Os Paralamas do Sucesso, Caetano Veloso,Gilberto Gil, Nico Assumpção e Egberto Gismonti, além de expoentes da música internacional como Pat Metheny, Gil Evans, Marcus Miller e Charlie Haden, .
Esse é o segundo álbum de sua carreira, trazendo a sonoridade da tradição dos pífanos para arranjos modernos da música instrumental. Tal inovação lhe rendeu uma indicação ao Grammy Latino de 2000.
1 - Agalopado Alceu Valença 2 - Maria dos Santos Alceu Valença - Don Tronxo 3 - Anjo de Fogo Alceu Valença 4 - Veneno Alceu Valença - Rodolfo Aureliano 5 - Espelho Cristalino Alceu Valença - Folclore de Alagoas 6 - Eu sou você Alceu Valença 7 - A dança das borbeletas Zé Ramalho - Alceu Valença 8 - Sete léguas Alceu Valença
Participação Especial
Emmanuel Cavalcanti
Músicos
Alceu Valença - Paulo Rafael - Beto Saroldi - David - Agrício Noya - Ivinho - Dicinho - Israel - Louro - Beto Saroldi - Hermann Torres - Elba Ramalho - Tânia Alves - Marlui Miranda - Tinharinha - Odaires - Sérgio Mello
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Terceiro álbum solo de Alceu Valença, dá continuidade à mistura entre rock e as influências da música nordestina em um patamar agalopado, as guitarras do saudoso Paulo Rafael têm centralidade nos êxitos dessa fusão inusitada, até então.
Luiz Carlos Sá 2 - Ama teu vizinho como a ti mesmo
Zé Rodrix - Luiz Carlos Sá 3 - Juriti Butterfly
Luiz Carlos Sá - Guarabyra 4 - Me faça um favor
Luiz Carlos Sá - Guarabyra 5 - Boa noite
Luiz Carlos Sá - Zé Rodrix 6 - Hoje ainda é dia de rock
Zé Rodrix 7 - Primeira canção da estrada
Luiz Carlos Sá - Zé Rodrix 8 - Cumpadre meu
Guarabyra 9 - Crianças perdidas
Zé Rodrix 10 - Azular
Luiz Carlos Sá 11 - Ouvi Contar
Luiz Carlos Sá - Zé Rodrix - Guarabyra 12 - Coda: Cigarro de Palha
Guarabyra
Músicos
Luiz Carlos Sá - Zé Rodrix - Guarabyra - Orkestra Odeon - Lindolpho Gaya - Amarílio Heleninho - Nelson Ângelo - Fernando Leporace - Zé Nery - Paulinho - Zé Luiz - Gilberto - Zannata - Pedrinho Poeta - Luiz Carlos Abolição -
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Primeiro LP do trio, marca o que se convencionou chamar de rock rural, inspirado no folk, na música sertaneja tradicional e no rock. Rodrix vinha com a experiência do Som Imaginário (saiu em 1971), Guarabyra trazia a bagagem conquistada com o Grupo Manifesto, Sá já estreara como compositor, foi gravado por nomes como Pery Ribeiro, Lulie o MPB 4, na segunda metade dos anos 1960, também tinha gravado alguns compactos (quase desistiu da carreira musical por conta do AI-5, em 1968). Aqui temos alguns clássicos desse trio, como "Ama teu vizinho como a ti mesmo"e "Primeira canção da estrada", canções estradeiras, escapistas contra os dias duros, rumo ao campo idealizado, músicas de cabeceira cá em casa.
1 - Porto Dori Caymmi 2 - Sorri (Smile) G. Parsons - João de Barro (versão) - Charles Chaplin 3 - Anabela Paulo César Pinheiro - Mário Gil 4 - Senhora Tentação Silas de Oliveira 5 - Onde está você? Oscar Castro Neves - Luvercy Fiorini 6 - Passarinheiro Jean Garfunkel - Pratinha 7 - Cantiga Do Sapo Jackson do Pandeiro - Buco do Pandeiro 8 - Pagã Chico César 9 - Bambayuque Zeca Baleiro 10 - Assum Preto/Retirantes Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira/Dorival Caymmi 11 - 7 x 7 Aldir Blanc - Guinga 12 - Estrela da Terra Paulo César Pinheiro - Dori Caymmi
Músicos
Renato Braz - Sizão Machado - Nailor Proveta - Bré Rosário - Mário Gil - Toninho Ferragutti - Mônica Salmaso - João Cuca - Joãozinho do Cavaco - Laércio de Freitas - Amauri Silva - Ivan Meyer - Ronen Altman
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Nascido em São Paulo, em 1968, Renato Braz iniciou a carreira cantando e tocando bateria em bares da cena paulistana. Cantor, percussionista, violonista e compositor, estreia com esse álbum, indicado ao Prêmio Sharp, na categoria Revelação. O pesquisador e crítico, Omar Jubran, no programa Olhar Brasileiro, da Rádio USP, em 2021, afirma:
“Pelo timbre harmonioso da voz de Renato Braz temos traduções magníficas de canções de qualidade de nossa música. Além disso, o pragmatismo das formas das canções contrasta, em singeleza e ousadia, na maneira peculiar com a qual atua como intérprete. Tudo isso somado, faz do paulistano Renato Braz um dos grandes nomes dentro da música contemporânea do nosso país.”
Josias Sobrinho é poeta, cantor, violonista e compositor maranhense, nascido em 1953. Fez parte do Laborarte com artistas locais, desde 1972. Em 1978, Papete gravou quatro canções de sua autoria. Engenho de Flores, gravado em São Paulo, é o seu primeiro registro solo, produção que destaca as canções inspiradas nas toadas de Boi Bumbá, no samba e no forró. Como uma carreira que se estende por mais de cinco décadas, tem gravações de suas músicas nas vozes Alcione, Diana Pequeno, Pena Branca e Xavantinho e Leci Brandão.
1 - Ponta de lança africano (Umbabarauma) Jorge Ben 2 - Hermes Trismegisto escreveu Jorge Ben 3 - O filósofo Jorge Ben 4 - Meus filhos, meu tesouro Jorge Ben 5 - O plebeu Jorge Ben 6 - Taj Mahal Jorge Ben 7 - Xica da Silva Jorge Ben 8 - A história de Jorge Jorge Ben 9 - Camisa 10 da Gávea Jorge Ben 10 - Cavaleiro do Cavalo Imaculado Jorge Ben 11 - Zumbi (África-Brasil) Jorge Ben
Músicos
Jorge Ben - Regina Corrêa - Hermes Contesini - Gustavo - Djalma Corrêa - Ariovaldo Contesini - Joãozinho - Wilson das Neves - Waldyr - Wilson Canegal - Doutor - Cláudia - Dadi Carvalho - Marizinha - José Roberto Bertrami - Pedrinho - Evinha - Luna - Márcio Montarroyos - Oberdan Magalhães - Zé Carlos Bigorna - Mazzola - Esdra Ferreira - Darcy Cruz
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Décimo quarto LP da carreira de Jorge Ben, marca definitivamente a troca do violão pela guitarra, fundindo elementos do música afro-brasileira, como o samba, e as sonoridades estadunidenses, como o funk e o soul, resultando em um som mais pop e dançante ainda, até então. Aqui temos sucessos marcantes e letras que destacam personagens determinantes para a constituição da negritude brasileira.
1 - Boi Tungão - Ê tingue-lê Chico Antônio - Paulírio Sebastião da Silva/Chico Antônio 2 - Serrador, bota o pau na serra Chico Antônio - Paulírio Sebastião da Silva 3 - Onde vais, Helena? Chico Antônio - Paulírio Sebastião da Silva 4 - Usina (Tango-No-Mango) Chico Antônio - Paulírio Sebastião da Silva 5 - Ê Luquinha da Lagoa Chico Antônio - Paulírio Sebastião da Silva 6 - Vou No Mar Chico Antônio - Paulírio Sebastião da Silva 7 - Curió da Beira-Mar Chico Antônio - Paulírio Sebastião da Silva 8 - Pinto Pelado Chico Antônio - Paulírio Sebastião da Silva 9 - Boi Tungão Chico Antônio - Paulírio Sebastião da Silva
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Chico Antônio é patrimônio da cultura popular tradicional, coqueiro de valor das feiras de Vila Nova. (Vila Nova é a antiga vila de Coitezeiras, atual Pedro Velho, no Rio Grande do Norte), figurou nas páginas de Turista Aprendiz, registro de Mário de Andrade em suas incursões pelos rincões do Brasil. Aqui temos o registro original do mestre de Usina, regravado muito mais tarde pelo grupo Mestre Ambrósio.
Com a palavra, Mário de Andrade:
"Estou divinizado por uma das comoções mais formidáveis da minha vida. Chico Antônio apesar de orgulhoso: "Ai, Chico Antônio/Quando canta/Istremece/Esse lugá." Não sabe que vale uma dúzia de Carusos. (...)
"Que artista. A voz dele é quente e duma simpatia incomparável. A respiração é tão longa que mesmo depois da embolada inda Chico Antônio sustenta a nota final enquanto o coro entra no refrão. O que faz com o ritmo não se diz! Enquanto os três ganzás, único acompanhamento instrumental que aprecia, se movem interminavelmente no compasso unário, na "pancada do ganzá", Chico Antônio vai fraseando com uma força inventiva incomparável, tais sutilezas certas feitas que a notação erudita nem pense em grafar, se estrepa. E quando tomado pela exaltação musical, o que canta em pleno sonho, não se sabe mais se é música, se é esporte, se é heroísmo. (...)"
3 - Cavalgando a máquina flexível 4 - Eugênia, a ingênua
5 - Não conte nada pra sua irmã 6 - Triturador de dejetos 7 - No palco atrás dos olhos 8 - Doce carne (Suíte Flesh) a. Doce, rósea e morna
b. Por um futuro mal passado
c. O gado segue manso para o...
d. ...Abate
e. Peixe-boi eletrônico
Músicos
André Chayb - Janari Coelho - André Gurgel
Participações: Oldair Vieira - Reynaldo Frota
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Surgido em 2006, o grupo Protofonia absorve e reelabora influências da música progressiva, do rock, do jazz e da vanguarda, perseguindo o significado do termo que o nomeia: abertura. Trata-se de um trabalho instrumental bem elaborado, gravado entre 2008 e 2009 (temporariamente engavetado).
O trio de Brasília reivindica a música livre, tem forte influência do Grupo Um. Quer saber mais, leia aqui!
Único álbum do grupo, gravado em setembro de 1974, ficou notabilizado por ser o primeiro registro em estúdio de Guilherme Arantes, que seguiria em carreira solo, enquanto Cláudio Lucci se aventura com São Quixote. As faixas do LP bebem da fonte do rock progressivo.
1 - Pátria Mãe Nelson Coelho de Castro 2 - Dais um pavor Nelson Coelho de Castro 3 - Neguinha Nelson Coelho de Castro 4 - Sertório Nelson Coelho de Castro 5 - Desanda paixão Nelson Coelho de Castro 6 - Força d'água Nelson Coelho de Castro 7 - Não seguro (Estive caus) Nelson Coelho de Castro 8 - Lua pra mim Nelson Coelho de Castro 9 - Prá minha prima Nelson Coelho de Castro 10 - Navega Nelson Coelho de Castro
Músicos
Edilson Ávila - Nelson Coelho De Castro - Everton Pires - Luiz Antônio Catafesto De Souza – Nestor – Edilson Ávila – Gelson Oliveira – Aline - Celinha - Letícia - Telmo - Gelson Oliveira – Ala Do Roxo - Suzana Maris - De Santana – Chico Ferretti – Márcio Tubino
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Quinto LP de Nelson Coelho de Castro, traz reflexões sobre a juventude, premida pelo autoritarismo da época, e canções voltadas aos conflitos das relações afetivas. É o primeiro que ouvi desse músico, a partir de "Pátria mãe", pelas ondas da Rádio USP, causando-me estranheza inicial pelo canto terno e angustiante. Sedimentou caminho para uma escuta atenta dessa poética crítica e pouco divulgada Brasil adentro.
1 - Corumbá Almir Sater - Guilherme Rondon 2 - Minas Gerais Almir Sater 3 - Vinheta do Capeta Almir Sater - Carlão de Souza 4 - Luzeiro Almir Sater 5 - Benzinho Almir Sater 6 - O Rio de Piracicaba Lourival dos Santos - Tião Carreiro - Piraci
7 - Na Piratininga: De Jeep Tavinho Moura 8 - Doma Almir Sater - Zé Gomes 9 - Viola de Buriti Almir Sater 10 - E de Minas pra riba Almir Sater - Zé Gomes - André Gomes
Músicos
Almir Sater - Guilherme Rondon - Alzira E - Carlão de Souza - Papete - Tavinho Moura - Zé Gomes - André Gomes
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Primeiro LP completamente instrumental de Sater, é fruto da pesquisa empreendida pela "Comitiva Esperança", que tinha o objetivo de visitar e colher os frutos da cultura pantaneira. Temos aqui a regravação de Luzeiro (originalmente registrado junto com Papete, em 1981), a recriação de um clássico de Tião Carreiro, bem como a introdução de berimbau, bateria eletrônica e cítara nos arranjos, instrumentos nado usuais na tradição sertaneja.
1 - Fábula ferida Jatobá 2 - Trabalhadores do metrô R. M. Santos - Walter Marques 3 - O menino e os carneiros Geraldo Azevedo - C. Fernandes 4 - Gírias do Norte / De quinze para trás / O sapo no saco Jacinto Silva - Almeida / Xangai - Pinto Pelado / Jararaca - Ratinho 5 - Ele disse Edgard Ferreira 6 - Mutirão da vida Hélio Contreiras 7 - Violêro Elomar 8 - O Pidido/clario Elomar 9 - Alvoroço Capinam - Xangai 10 - Kukukaya Cátia de França 11 - Cumeno cum cuentro Alex - Madureira 12 - Natureza
Ivanildo Vilanova - Xangai
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Eugênio Avelino é baiano de Itapebi. Nascido em 1948, a sorveteria do pai lhe emprestaria o nome artístico. Com uma amizade com o compositor Elomar desde a meninice, conhecera-o aos 9 anos de idade, estreou em LP em 1976, trazendo muita influencia da tradição do sertão. Essa postagem traz o seu terceiro álbum com o estilo que marcará toda a sua carreira.
Jards Macalé - Cristóvão Bastos - Antonella Lima Pareschi - João Lyra - Ricardo Amado - Marie Christine Springuel - Bernardo Bessler - Gordinho - Jorge Helder - As Gatas - Jorge Kundert Ranevsky (Iura) - Frederick Stephany - Jurim Moreira - Jesuína Noronha Passaroto - Michel Bessler - Alceu de Almeida Reis - Paschoal Perrota - Walter Hack - José Alves da Silva - Ovídio Brito - Simone Julian - Vittor Santos - Sérgio Galvão - Ricardo Pontes - Dino 7 Corda
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Desde o LP "Contrastes", Jards não gravava um álbum majoritariamente com inéditas. Curiosamente, "Vapor Barato" aparece aqui inteira, pela primeira vez na voz do autor, acompanhado pelo violão de Lanny Gordin, superando a vinheta do disco de 1972. Chamam atenção os arranjos assinados em parceria com Cristóvão Bastos, descartando o indevido estigma de "maldito", com orquestrações belíssimas e com a "cereja do bolo musical" presente em "Mais um abraço no nosso amigo Radamés".
1 - Eita nóis Luli e Lucina 2 - Carrossel Tetê Espíndola 3 - Denguinho de manhã Luli e Lucina 4 - É tudo na ponta do pé Cesar Brunetti 5 - Festa no céu Luli e Lucina 06 - Suba na Baleia Luli e Lucina 07 - Pixaim Walter Freitas e João Gomes 08 - Que cara tem Luli - Lucina - Klebi Nori 09 - Na corda bamba Luli - Lucina - Klebi Nori 10 - Como nossos pais Belchior 11 - Garganta Tato Fisher
12 - Samba do bé
Luli
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Encontrei uma fita Basf junto de outras numa caixa aqui em casa e resolvi reativar meu tape, embora a qualidade da gravação não seja muito boa, afinal já se passaram algumas décadas, acho que vale a pena postar aos poucos algumas curiosidades de shows de MPB que tenho em fitas, "velhinhas" como eu.
A Rádio USP era a minha janela musical como hoje é a Internet para muitos. A gravação que posto agora foi obtida a partir do Programa Terra Brasilis, produzido por Wagner de Paula que, à época (1987), transmitiu um show realizado na Sala Funarte. Perdi algumas músicas que ficaram incompletas, como "Bandoleiro" por exemplo, pois sempre tinha aquela correria: achar uma fita cassete pra gravar em cima da hora, virá-la quando acabava o lado... isso mesmo, uma técnica rudimentar. Folclórico, não?! Mas não há de ser nada, um dia até o MP3 o será.
1 - Cadê meu carnaval Geraldo Azevedo 2 - Pot-Pourri "Correnteza" - Caravana Geraldo Azevedo - Alceu Valença - Talismã Geraldo Azevedo - Alceu Valença - Barcarola do São Francisco Geraldo Azevedo - Carlos Fernando 3 - Domingo de pedra e cal Geraldo Azevedo - Carlos Fernando 4 - Em Copacabana Geraldo Azevedo - Carlos Fernando 5 - Cravo vermelho Carlos Fernando 6 - Fulô do dia Carlos Fernando 7 - Juritis e borboletas Geraldo Azevedo - Carlos Fernando 8 - Coração do agreste (Sobre texto de Pissica) Carlos Fernando - Geraldo Azevedo
Participações especiais
Alceu Valença - Ivinho - Robertinho do Recife - Elba Ramalho - Terezinha de Jesus
Músicos
Geraldo Azevedo - Dory Caymmi - Radamés Gnatalli - Alceu Valença - Schangay (Xangay) - Elba Ramalho - Soninha Burnier - Cybele - Terezinha de Jesus - Fabíola - Robertinho do Recife - Ivinho - Luiz Alves - Luizão - Zé da Flauta - Ronaldo Medeiros - Nivaldo Ornellas - Robertinho Silva - Chico Batera - Paulinho Braga - Israel Semente Proibida - Sergio Mello - Nenê da Cuíca - Gordo - Carlos Fernando - Pissica
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Antes deste, que é o seu primeiro LP solo, Geraldo Azevedo já havia participado da primeira Rádio de Petrolina, a Emissora Rural “A Voz do São Francisco”, trabalhado na produção do teatro Popular do Nordeste, vencido o Festival de Música Popular do Nordeste com a canção "Aquela Rosa", trabalhado com músicos como Eliana Pittman, Marcos Vinicius de Andrade, Antônio Adolfo, Novelli, Victor Manga e Geraldo Vandré. Ainda gravou, em 1972, com Alceu Valença, o LP popularmente conhecido por "Quadrifônico".
Cabe ressaltar que, por conta do seu engajamento contra a censura, foi preso pela ditadura militar em 1969 e em 1974, momentos em que foi duramente torturado, sendo que na segunda vez, amargou também a presença da esposa grávida forçada a ouvir os seus gritos enquanto era martirizado. É interessante notar que mesmo diante de tantas dificuldades, é nessa época que Geraldinho passa a ter a sua música em trilhas de TV, pautado pela beleza e resistência de seu povo, um horizonte construído "a golpes de pedra e cal".
1 - Tem boi na linha Aldir Blanc - Paulo Emílio - Djavan 2 - Sim ou não Djavan 3 - Lambada de serpente Djavan 4 - A Rosa Chico Buarque 5 - Dor e prata Djavan 6 - Meu bem querer Djavan 7 - Aquele um Aldir Blanc - Djavan 8 - Alumbramento Chico Buarque - Djavan 9 - Triste Baía da Guanabara Cacaso - Novelli 10 - Sururu de capote Djavan
Participação especial
Chico Buarque
Músicos
Chico Batera - Luiz Avellar - Giancarlo Pareschi - Jorge Kundert Ranevsky (Iura) - Jayme Araújo - Maurício S. Loures - Nathercia Teixeira da Silva - Djavan - Ricardo Pontes - Salvador Piersanti - Andréa Bueno Salinas - Leo Gandelman - Victor Assis Brasil - Paulo Cesar - Cesar Augusto Miranda - Sizão Machado - Ary Piassarollo - Serginho Trombone - Adolpho Pissarenko - José Alves da Silva - Walter Hack - Carlos Eduardo Hack - José Dias de Lana - Bidinho Spínola - Paulinho Trompete - Mauro Senise - Alfredo Vidal - Frederick Stephany - Arlindo Figueiredo Penteado - Copinha - Jorginho da Flauta - Jorge Faini - Luiz Avellar - Eduardo Souto Neto - Gilson Peranzzetta - Paulinho Braga - Luizão Maia - Novelli - Oscar Castro Neves - Wagner Tiso - Jota Moraes
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Terceiro LP de Djavan, traz parte de seus sucessos históricos, parcerias memoráveis e um time de músicos invejável.
Cantos indígenas (harmonizações de Aloysio de Alencar Pinto)
4 - Tagnani-tangrê (canto religioso dos índios Nhambiquaras) 5 - Canções dos índios botocudos:
Céu grande,
Macaco barbado na árvore,
Minha mulher é boa de verdade
Três pontos de Santo (hamornizações de Jayme Ovalle)
6 - Chariô 7 - Aruanda 8 - Estrela do mar
Três cantos afro-brasileiros (hamornizações de Aloysio de Alencar Pinto)
9 - O Fuli-lorerê ê (Canto de Oxalá) 10 - Yemanjá (Toada à Mãe-d’Água) 11 - Abá Iogum (Louvação a Ogum)
12 - Se meus suspiros pudessem (Modinha do séc. XVIII) harmonização de Baptista Siqueira 13 - Hei de amar-te até morrer (Melodia do séc. XX) harmonização de Baptista Siqueira 14 - Casinha pequenina (Modinha do séc. XX) harmonização de Ernani Braga 15 - Morena, morena (Modinha recolhida no Paraná) harmonização de Luciano Gallet 16 - Viola quebrada (Toada de caipira) Mario de Andrade, com harmonização de Villa-Lobos 17 - Sodade (Cantiga de roda de Minas Gerais) harmonização de Aloysio de Alencar Pinto 18 - Tayêras (Chula de mulatas do Norte) harmonização de Luciano Gallet 19 - Prenda minha (Folclore gaúcho) harmonização de Ubiratan 20 - Capim di pranta (Folclore gaúcho - Canto de trabalho de negros escravos) harmonização de Ernani Braga
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Com harmonizações de Waldemar Henrique, de Jayme Ovalle, de Aloysio de Alencar Pinto, de Luciano Gallet e de Villa-Lobos, esse LP traz para o canto lírico temas da tradição do povo brasileiro. Maura Moreira, nascida em 1933, em Belo Horizonte, teve a sua primeira formação no Conservatório Mineiro de Música, aperfeiçoou-se em Viena, na Musikakademie, e fez carreira na Alemanha a partir dos anos 1960. Já no fim dos anos 1940 era considerada uma das grandes sopranos de Belo Horizonte. Maura Moreira foi uma cantora lírica destacada, negra, tendo a sua formação em pleno Estado Novo, marcado também pela busca de uma identidade nacional, cumpriu o prodígio de evidenciar a cultura popular tradicional brasileira a partir do meio erudito. Pra saber mais, segue o link.
Embora a escrita a cerca da origem do repertório presente no LP esteja em dissonância com os padrões adotados na atualidade, preferimos reproduzir a lista das faixas conforme a edição original.
1 - Acredite ou não Bráulio Tavares - Lenine 2 - O último pôr do sol Lula Queiroga - Lenine 3 - Miragem do porto Bráulio Tavares - Lenine 4 - Olho de peixe Lenine 5 - Escrúpulo Lula Queiroga - Lenine 6 - O que é bonito? Bráulio Tavares - Lenine 7 - Caribenha nação Bráulio Tavares - Lenine 7 - Tuaregue e nagô Bráulio Tavares - Lenine 8 - Lá e Lô Lenine 9 - Leão do Norte Paulo César Pinheiro - Lenine 10 - A gandaia das ondas Lenine 10 - Pedra e areia Dudu Falcão - Lenine
11 - Mais além
Lula Queiroga - Bráulio Tavares - Lenine - Ivan Santos
Músicos
Lenine - Marcos Suzano - Carlos Malta - Fernando Moura - Eduardo Siddha - Paulo Muylaert
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Segundo álbum da carreira de Lenini, "Olho de Peixe", produzido em parceria com Marcus Suzano, dez anos depois do primeiro LP, tornou-o conhecido nacionalmente. É, deveras, o seu mais importante disco, com canções regravadas por diversos outros intérpretes ao longo dos anos.
Quinto LP da carreira de Caetano, segundo após o retorno do exílio, aprofunda o experimentalismo de "Transa" e inaugura a trilogia que se constituiria com "Joia" e "Qualquer coisa". Trata-se de um repertório calcado na poética concretista, trazendo desde colagens com Dona Edith do Prato e seus sambas de roda, passando pelo rock apoiado na guitarra de Lanny Gordin, bem como, orquestrações arranjadas por Rogério Duprat. Gravado em 1972 e lançado em 1973, é um LP controverso, teve muita devolução e foi retirado de catálogo até 1987.