quarta-feira, 23 de julho de 2025

Refazenda - 1975 - Gilberto Gil

 
1 - Ela
Gilberto Gil
2 - Tenho sede
Dominguinhos - Anastácia
3 - Refazenda
Gilberto Gil
4 - Pai e Mãe
Gilberto Gil
5 - Jeca Total
Gilberto Gil
6 - Essa é pra tocar no rádio
Gilberto Gil
7 - Ê, povo, ê
Gilberto Gil
8 - Retiros espirituais
Gilberto Gil
9 - O rouxinol
Gilberto Gil - Jorge Mautner
10 - Lamento sertanejo
Gilberto Gil - Dominguinhos
11 - Meditação
Gilberto Gil
 
Músicos
Gilberto Gil - Nilton Rodrigues - Chiquinho Azevedo - José Barreto Sobrinho - Hermes Contesini - Ariovaldo Contesini - Celso Woltzenlogel - Moacyr Albuquerque - Jorginho da Flauta - Formiga - Geraldo - Perinho Albuquerque - Phonogram - Dominguinhos - Canhoto - Altamiro Carrilho - Dino 7 Cordas - Luiz Paulo da Silva - Tutty Moreno - Rubão Sabino - Aloísio Milanês - Bogado - Edmundo Maciel - Duo Fryvan (Fredy Pietz e Ivan Sakavicius) 
 
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Sétimo LP solo da longeva carreira de Gil, é uma mudança na trajetória experimentalista presente nos discos pós-Tropicália, inaugurando a trilogia "Re" (somado ao "Refavela" e "Realce"). Adota um repertório mais simples, reelaborando a tradição com arranjos sofisticados. Em minha opinião, é um dos melhores álbuns de Gil, lançado no ano de nascimento de Preta Gil, uma "ilha de amor", como referenda a canção "Ela", que, infelizmente, partiu cedo.
 
O Homem Traça diz: ROAM!
 
   

Refazenda

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Over-Nite Sensation - 1973 - The Mothers of Invention (Frank Zappa)


1 - Camarillo Brillo
Frank Zappa
2 - I'm the slime
Frank Zappa
3 - Dirty Love
Frank Zappa
4 - Fifty-fifty
Frank Zappa
5 - Zomby Woof
Frank Zappa
6 - Dinah-Moe humm
Frank Zappa
7 - Montana
Frank Zappa

Músicos
Frank Zappa - Tom Fowler - Ralph Humphrey - Ian Underwood - George Duke - Ruth Underwood - Bruce Fowler - Sal Marquez - Jean-Luc Ponty - Ricky Lancelotti

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Over-Nite Sensation é o décimo segundo LP do The Mothers of Invention (creditado como The Mothers) e o décimo sétimo álbum no geral de Frank Zappa. As histórias de bastidores dão conta de que The Ikettes, com Tina Turner, teriam feito os backing vocals das faixas "I'm the slime", "Dirty Love", "Zomby Woof", "Dinah-Moe Humm" e "Montana". Mas como Ike Turner, empresário do grupo (e nefasto marido de Tina), não aprovou os resultados das gravações (e mesmo o conteúdo sexuado das narrativas inusitadas presentes nas letras), não apareceram nos créditos. A crítica da época se dividiu, porém, desde sempre, esse Traça que vos escreve considera o conjunto da obra de Zappa um poço profundo de diversão, inventividade, inspiração e competência.

O Homem Traça diz: ROAM!

   

Montana

sábado, 12 de julho de 2025

La biblia - 1971 - Vox Dei

 
Disco 1 
1 - Génesis
2 - Moisés
3 - Las guerras
4 - Profecías
5 - Libros Sapienciales
6 - Cristo y nacimiento
7 - Cristo - muerte y resurrección
8 - Apocalipsis
 
Bônus (Versão do CD de 2005)
9 - Génesis (Versión en vivo del LP La Nave Infernal)
 
Disco 2 (Bonus do CD de 2005)
1 - Génesis (cantado)
2 - Moisés (segunda parte sin voz)
3 - Las Guerras (primeira parte sin voz)
4 - Libros sapienciales (segunda parte sin voz)
5 - Profecías (cantado)
6 - Cristo, nascimiento (orquestra de cuerdas y coro)
7 - Cristo, nacimiento (orquestra de cuerdas)
8 - Cristo, nacimiento (orquestra de cuerdas)
9 - Cristo, nacimiento (orquestra de cuerdas)
10 - Cristo, muerte y resurrección Prédica (fragmento de la primera parte)
11 - Cristo, muerte y resurrección Prédica (cantado solo la primera parte)
12 - Mandamientos
13 - Base
 
Músicos
Willie Quiroga - Rubén Basoalto - Ricardo Soulé - Juan Carlos Godoy (Vox Dei)
Roberto Lar (orquestração)
 
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O início das aparições do Vox Dei remonta 1968, quando tocavam músicas do The Rolling Stones, The Beatles, The Kinks e The Byrds. Foram convencidos por Spineta (Almendra) a passarem a cantar em espanhol. Em 1970, gravaram o primeiro álbum, "Caliente". O LP duplo, "La Biblia", é a segunda empreitada, o primeiro álbum conceitual do rock argentino, mesclando hard rock, blues rock e rock progressivo, com elementos psicodélicos e folk.
 
O Homem Traça diz: ROAM
 
   

Las guerras

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Gaiola - 1985 - Tetê Espíndola

 
 
1 - Deixei meu matão (vinheta: Tao - Uakti)
Geraldo Espíndola
2  - Na Chapada (vinheta: Orgia das frutas - Tetê Espíndola)
Carlos Rennó - Tetê Espíndola
3 - Gata vadia (vinheta: Encontro das harpas - Mazola)
Celito Espíndola
4 - Balanço (vinheta - Chuva de meteoros - Mazola - Tetê Espíndola)
Arnaldo Black - Tetê Espíndola
5 - Visão da Terra (vinheta: Relâmpago)
Tetê Espíndola
6 - Gaiola
Tetê Espíndola
7 - Lava (vinheta: Calimbas na noite)
Geraldo Espíndola
8 - Mais uma (vinheta: Solo Oriental - Egberto Gismonti) 
Arnaldo Black - Carlos Rennó
9 - Nós (vinheta: Zup - Uakti)
Carlos Rennó - Tetê Espíndola
10 - Cururu (vinheta: Criação - Hermeto Pascoal - Tetê Espíndola)
Carlos Rennó - Tetê Espíndola
11 - Girando
Tetê Espíndola
 
Participações especiais
Uakti (Décio Souza Ramos - Marco Antônio Guimarães - Paulo Sérgio Santos - Artur Andrés Ribeiro) - Ney Matogrosso - Hermeto Pascoal - Egberto GismontiDuofel (Luiz Bueno - Fernando Melo) 
 
Músicos
Tetê Espíndola - Júlio Cesar Teixeira - Lincoln Olivetti - Pisca - Robertinho Silveira - Nico Assumpção - Jurim Moreira - Téo Lima - Carlos Bala - Caíto Marcondes - Marco Mazzola - Jota Moraes - Sérgio Dias - Bidinho Spínola - Don Harris - Márcio Montarroyos - Edmundo Maciel - Jorge de Magalhães Berto - Roberto Marques - Aurino Ferreira de Oliveira - Leo Gandelman - Mauro Senise - Paul Lieberman - Zé Carlos Bigorna - Arlindo Figueiredo Penteado - Frederick Stephany - Hindemburgo Vitoriano Borges Pereira - Nelson de Macedo - Aizik Meilach Geller - Alfredo Vidal - Bernardo Bessler - Carlos Eduardo Hack - Francisco Perrota - Giancarlo Pareschi - Jorge Faini - José Alves da Silva - Luiz Carlos Campos Marques - Michel Bessler - Paschoal Perrota - Walter Hack - Alceu de Almeida Reis - Jorge Kundert Ranevsky - Luiz Fernando Zamith - Márcio Eymard Mallard - Wanda Eichbauer - Grupo Vissungo
 
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Lançado no ano do Festival dos Festivais, que revelou Tetê nacionalmente com a fatídica "Escrito nas estrelas", a produção desse LP tenta "modernizar" o repertório da cantora, até então alternativa, vendendo-a com os recursos pop em voga. Embora o time de músicos seja da melhor qualidade e as canções reproduzam a essência da artista, os arranjos (sobretudo por integrar a bateria eletrônica, uma degeneração musical da época) são lastimáveis. Porém, as canções em si, as transições com as vinhetas e as orquestrações salvam a audição para quem espera encontrar o vigor criativo dos LPs anteriores. A despeito das impressões desse reles Traça, faixas como "Deixei meu matão", "Na Chapada" e "Gata vadia" alcançaram certo sucesso na veiculação radiofônica da época.
 
O Homem Traça diz: ROAM!
 
   

Na Chapada

terça-feira, 8 de julho de 2025

Rio Abaixo Viola Brasileira - 1995 - Paulo Freire

 
1 - Mosquitão
Paulo Freire
2 - Seca
Paulo Freire)
3 - Dona Júdica
Paulo Freire
4 - Menino Peão
Paulo Freire
5 - Dança do Maneiro Pau
Tavinho Moura
6 - Inhuma da Taboca
Manoel Neto de Oliveira - Paulo Freire
7 - Chianti
Paulo Freire
8 - Brincando no Enfuzado
Paulo Freire - Swami Jr.
9 - Fumacinha da Manga
Paulo Freire
10 - Flor do Pequi
Tavinho Moura
11 - Lundus do Urucuia
Tradicional do Urucuia – MG
12 - Rio Abaixo
Paulo Freire - Manoel de Oliveira
13 - Seguidilla
Bizet
14 - Suíte da Lagartixa - Com fome
Paulo Freire
15 - Suíte da Lagartixa - Dando o Bote
Paulo Freire
16 - Suíte da Lagartixa - Comendo
Manoel Neto de Oliveira
17 - Seu Teó
Paulo Freire
18 - Inhuma do Brejo 
Tavinho Moura
19 - Receita de Pacto
Paulo Freire
 
Participação especial 
Wandi Doratiotto
 
Músicos
Paulo Freire - Adriano Busko - Swami Junior - Mário Manga
 
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Nascido em 1957, paulistano, Freire estudou violão clássico com Henrique Pinto. Influenciado pela obra "Grande Sertão Veredas", embrenhou-se pelo norte de Minas Gerais a partir de 1977. Nessa empreitada, aprendeu viola com mestres como Manelim e Zé Costa. Nos anos 1980 participou do Teatro Vento Forte (que, apesar do legado histórico de mais de 40 anos, teve a sua sede demolida pelo prefeito bolsonarista Ricardo Nunes, em 2025). Nesse período, também compôs trilhas para séries de TV como “Malu Mulher” e “Obrigado, doutor” e “Grandes Sertões: Veredas”.
 
Paulo Freire é compositor, instrumentista e escritor. Temos aqui o seu primeiro álbum, com o qual foi premiado como de Revelação Instrumental, no Prêmio SHARP.
 
O Homem Traça diz: ROAM!
 
   

Mosquitão

domingo, 6 de julho de 2025

Conversas com Toshiro - 2015 - Rodrigo Campos

 
1 - Takeshi e Asayo
Rodrigo Campos
2 - Wong Kar-Wai
Rodrigo Campos 
3 - Katsumi
Rodrigo Campos
4 - Dois sozinhos
Rodrigo Campos - Nuno Ramos 
5 - Funatsu
Rodrigo Campos
6 - Abraço de Ozu
Rodrigo Campos
7 - Chihiro
Rodrigo Campos
8 - Toshiro reverso
Rodrigo Campos
9 - Mar do Japão
Rodrigo Campos
10 - Toshiro vingança
Rodrigo Campos
11 - Paisagem na neblina
Rodrigo Campos
12 - Velho amarelo
Rodrigo Campos
13 - Dono da bateria
Romulo Fróes - Nuno Ramos
 
Músicos
Rodrigo Campos - Juçara Marçal - Ná Ozzetti - Marcelo Cabral - Curumin - Thiago França - Dustan Gallas - Carlos dos Santos - Aramis Rocha - Robson Rocha - Daniel Pires - Deni Rocha - Daniel Danzi - Filipe Castro - Junior Galante - Marcelo Boim - Paulo Malheiros - Josué dos Santos - Jaziel Gomes - Paulo Jordão - Guilherme Sotero - Marcos Schefell
 
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Rodrigo Augusto de Campos (artisticamente assina como Rodrigo Campos), é paulista de Conchas, nascido em 1977, criado em São Mateus (bairro da periferia de São Paulo) é um cantor, compositor, violonista, cavaquinista e percussionista brasileiro.

Vencedor, em 2013, do 24º Prêmio da Música Brasileira na categoria Revelação, por seu álbum "Bahia Fantástica", dois anos depois, apresenta-nos sua intersecção entre a música brasileira e referências do cinema japonês, apoiado em nomes como Wong Kar-Wai, Toshiro Mifune, Hayao Miyazaki e Takeshi Kitano. Sobre a estrutura cifrada das canções, Campos alega que “são conversas comigo mesmo. Parto de uma mitologia para criar reflexões das minhas próprias questões e inquietações”. O fato é que o mistério emana da doçura e da crueldade, desfilando em temas como o sexo, morte, o medo e a violência, embalados em arranjos provocativos, que nos chamam a perseguir (mental e fisicamente) as imagens sonoras sugeridas. 

O Homem Traça diz: ROAM!
 
   

Abraço de Ozu

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Ao Capitão Furtado Marvada Viola - 1986 - Roberto Corrêa - João Lyra - Adelmo Arcoverde

 

1 - Luar do sertão 
João Pernambuco - Catulo da Paixão Cearense
2- Parecença 
Roberto Corrêa
3 - Tristeza do Jeca 
Angelino de Oliveira
Fim do mundo 
Capitão Furtado
Valsinha caipira 
Roberto Corrêa
Saudade de Matão 
A. Silva, R. Torres - Jorge Galati
O homem e a espingarda 
Zé Mulato - Churrasco
Destinos iguais
Capitão Furtado - Laureano
Sertão do Laranjinha
Capitão Furtado - Tonico & Tinoco
Saudade de Matão
A. Silva - R. Torres - Jorge Galati
4 - Disparada 
Geraldo Vandré - Théo de Barros
5 - Asa Branca 
Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira
6 - Folia da esmilinguida 
Roberto Corrêa
7 - No quintal do matuto
João Lyra
8 - Chalana
Mário Zan - Arlindo Pinto
9 - Lambança Qu’imba-lança
Roberto Corrêa
10 - Três histórias
João Lyra - Ivanildo Maciel
 
Participação especial
Sivuca - Rolando Boldrin - Zé Mulato & Cassiano - Maurício Carrilho
 
Músicos
Roberto Corrêa - João Lira - Adelmo Arcoverde
 
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Esse é mais um dos LPs trazidos à baila do acervo da Funarte, homenageando o legado de Ariovaldo Pires, vulgo Capitão Furtado, um grande incentivador da cultura caipira. Para além disso, destaco a centralidade prodigiosa da viola de Roberto Corrêa.
 
Reproduzo trecho de um texto do rico encarte do álbum, assinado por Ferrete:
 
"A partir dos muitos discos que gravou nessa década e por força dos programas de rádio que nessa ocasião, desde o Rio de Janeiro, levou a todo o País, Ariovaldo Pires — que já se transformara, para essa missão. no pitoresco Capitão Furtado — não encontrou qualquer dificuldade em seu próprio Estado, o de São Paulo. Dava seu incentivo como homem de rádio e de discos, mas, sobretudo, como poeta popular e "contador de causos", à música de caipiras e aos violeiros, dando origem a um movimento crescente que, até recentemente, poria em confronto ante o grande público consumidor os valores da música urbana e rural no Brasil. Através de seu Arraiá da Curva Torta todos os domingos à tarde, na Rádio Difusora de São Paulo, o Capitão Furtado movimentava toda sorte de duplas e instrumentistas caipiras de nova safra, tendo surgido nesse período, que começa em 1940, nomes como Tonico e Tinoco (revelação dele, Capitão Furtado), Hebe Camargo (que com sua irmã Estela formava a dupla Rosalinda e Florisbela), Mário Zan e Orlando Silveira, só para mencionar alguns nomes importantes ainda em evidência no mundo artístico nacional."

O Homem Traça diz: ROAM!
 
   

Folia da esmilinguida