domingo, 26 de janeiro de 2014

Sertão e Mar Músicas do Brasil - 1995 - Vidal França e Mazé



01 - O Mar - Vamos Chamar o vento
Dorival Caymmi
O sertão vai virar mar
Sérgio Ricardo - Glauber Rocha
Lá vem Virgulino
Catulo de Paula
Mulé Rendeira
Lampião (adaptação - Zé do Norte)
Sodade meu bem sodade
Zé do Norte
02 - Moxotó
Josil Cavalcante - José Gomes
03 - Forró em Limoreiro
Edgard de Souza
04 - Glória in excelsis (da Missa Agrária)
Carlos Lyra - Gianfrancesco Guarnieri
Carcará
João do Vale - José Cândido
Súplica cearence
Gordurinha
Canção nordestina
Geraldo Vandré
Bendito
Folclore
A lira
Folclore
05 - Esse mar vai dar na Bahia
Hilton Acyoli
06 - Jequitibá 
Vidal França - Eliezer Teixeira
Desenredo
Dori Caymmi - Paulo Cesar Pinheiro
Travessia
Milton Nascimento
07 - Luar do Sertão
Catulo da Paixão Cearense
Tristeza do Jeca
Angelino de Oliveira
08 - Dança das borboletas 
Vidal França - João Bá
09 - Marcha das abelhas
Vidal França - João Bá
10 - Asa Branca
Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira
Último pau de arara
Venâncio - Curumba
O barquinho
Roberto Menescal - Ronaldo Bôscoli
Arco vermelho
Vidal França - Celso Alencar
Brinde
Vidal França - Chico Teixeira
11 - Dia Santo
Luiz Carlos Bahia - Eliezer Teixeira
Músicos
Galba - Antônio Carrasqueira - Milton Félix - Dinho Nascimento - Vidal França - 

Participação Especial
Kátia Teixeira

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Vidal França, ou José Calixto de Souza, é cantor, compositor, arranjador e instrumentista. Filho do repentista Venâncio, da dupla Venâncio e Corumba, Vidal nasceu no sertão da Bahia em 1946 e migrou com a família para São Paulo em 1953. Sua experiência musical também se embasa na formação como maestro arranjador na Faculdade Superior de Música São Paulo.

Vidal iniciou sua carreira aos 14 anos, num grupo vocal. Já nessa época viajava por diversos países e participou de projetos teatrais com Gianfrancesco Guarnieri, interpretando com seu grupo, trilhas sonoras assinadas por Edu Lobo para espetáculos com atores como Fernanda Montenegro e Paulo César Peréio, entre outros. Em 1968 participou da trilha sonora do longa metragem "Jardim de Guerra", de Neville D’Almeida. Em 1969 gravou o compacto duplo com o Quarteto Teorema (Fernando Lona/Vidal França/Nazareno/Pena Branca). Em 1975, novo compacto, agora com o Grupo Arembepe (Dinho Nascimento/Chico Evangelista/Carlos Lima/Kiko Tupinambá). Em 1978 gravou com o grupo Venâncio e os Baianos de Aracajú o LP "Brasil com S". Só em 1980 Vidal começa a gravar sua produção solo, a partir do compacto simples, contendo duas composições em parceria com João Bá. Em 1985 gravou o LP "Fazenda", em 1991 o "Cidade Bruxa", em 1995 o CD "Sertão e mar" e em 2002 o "Não é só forró".

Vidal tem a marca daqueles que cantam as dores e amores do povo brasileiro, sua temática social em 1979, no Festival de Música da Tupi, por exemplo, foi notabilizada por "Facho de fogo". Na eliminatória o juri escolheu "Dona Culpa ficou solteira", de Jorge Ben, interpretada por Caetano Veloso e a Outra Banda da Terra. O público revoltado, levantou, virou as costas para Caetano e cantou "Facho de Fogo". No outro dia o Jornal Folha da Tarde estampava: A grande vencedora do festival foi a injustiçada Facho de Fogo. Daí surgiram convites para cantar no teatro e outros festivais. Quem quiser comparar as composições para checar saber se o público da época tinha razão basta ouvir Facho de Fogo aqui, e Dona Culpa ficou solteira aqui.

A edição desse disco "Sertão e Mar" que possuo conta com a curiosidade de um erro na produção, a saber: a lista de músicas tem 12 faixas (vide contracapa), enquanto há apenas 11 tracks na mídia. Aqui no Criatura de Sebo reordenamos a lista, corrigindo-a. Do vasto repertório desse disco, com arranjos vocais maravilhosos, dedicado a diversos compositores, destaco "Marcha das Abelhas".

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Marcha das abelhas

3 comentários:

Iluvatar - de Chiador-MG disse...

Muito bom esse disco do Vidal França. Procurei por LPs dele em outras prateleiras, mas não obtive sucesso. Se você tiver mais Vidal França, manda pra galera . Um abraço.
Iluvatar

Anônimo disse...

Seu blog é um oásis de cultura refinada em meio a um deserto de mediocridades! Obrigado!

Homem Traça disse...

Quanta lisonja para essas prateleiras empoeiradas desse velho Traça! Assim eu tiver mais Vidal, coloco por aqui.
Valeu gente!