sábado, 25 de fevereiro de 2012

Obras Brasileiras Inéditas para Percussão Grupo - 1997 - PIAP

Postagem original: 28/01/2008
 


1 - On the other hand
Fio Menezes
2 - Tempestade óssea
Mario Ficarelli
3 - Impressões de um ensaio geral
Edmundo VIllani Côrtes
4 - Seres Imaginários
Edmundo Seincman
5 - Arapongas
José Augusto Mannis
6 - Maranduba
Almeida Prado

Direção: John Boudler e Eduardo Gianesella

Essa geração do PIAP: Adriano Pinto, Daniel Lemos, Edinei Lima, Gláucia Vidal, Gustavo Ramanzini, Luís Carlos de Oliveira, Marcelo Costa, Mário Giotto, Piero Damiani, Rafael Y Castro, Rodrigo Foti, Vinícios Barros e Cláudio Tegg (piano)

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"O Grupo de percussão do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Grupo PIAP - foi criado por John Boudler em 1978, como meio de aperfeiçoamento acadêmico-artístico de seus alunos e veículo para divulgação de repertório para percussão no Brasil. Integrado pelos alunos do Curso de Bacharelado em Percussão da Universidade., o Grupo PIAP também conta com eventuais convidados, proporcionando uma oportunidade de desenvolvimento camerístico. Hoje, muitos ex-integrantes estudam e trabalham em diversos países, como Estados Unidos, Holanda, Bélgica, Suiça, Alemanha, África do Sul e México, além de vários estados Brasileiros. Ao longo de seus dezenove anos de atividade o grupo tem colhido grandes sucessos, firmando-se no cenário artístico através de concertos e gravações em disco, rádio e televisão. Entre suas atividades, alguns destaques: 1° lugar no II Prêmio Eldorado de Música, 1986; turnê pelos Estados Unidos, apresentando onze concertos, incluindo participação na Convenção Internacional de Percussão (PAS), 1987; Prêmio Lei Sarney, como revelação na categoria grupo instrumental, 1988; prêmios Mambembe e APCA de Melhor trilha sonora pela paticipação na peça Péricles, Príncipe de Tiro de Willim Shakespeare, 1995; participação na peça Rei Lear de William Shakespeare, 1996; apresentações nos principais Festivais de Música do Brasil - BAhia, Minas Geraes, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo." Extraído do encarte.

Vi o PIAP pela primeira vez na montagem de
Péricles, Príncipe de Tiro no SESI de São Paulo, sob a direção de Ulysses Cruz. À época, eu nem imaginava que iria encontrar essa rapaziada dois anos depois no mesmo espaço. Como tantos outros no Instituto de Artes, o povo do PIAP é uma galera que estuda o tempo todo, com uma bolsa rala, mas que não se intimida pra mostrar que a Universidade Pública produz muito. Os rapazes do PIAP, digo assim por que geralmente são maioria, posto que as moças na percussão são raras devido ao cerceamento machista que vem desde o berço, geralmente são os mais gente boa no campus. Interagem com as outras linguagens e são paus pra toda obra, em todos os bons sentidos. Muitos deles não vejo há anos. O Adriano, por exemplo, figura responsável por meu PC estar numa bela mesa ganhada de um professor, enfiada à pancadas em sua Rural velha, creio que esteja em Portugal.

O som do disco é bastante instigante, para paladares que gostam de experimentar, de construir novos horizontes e imagens através da música, para pessoas que gostam de música de boa qualidade, seja ela erudita ou popular. Então, pra esquentar os tamboríns, aqui está o PIAP.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Impressões de um ensaio geral

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Cachuera de Música - V.A. - 2005



CD 1

Percussão
01 - Vai que dá
De: Carlos Negreiros - Por: Baticun
02 - La chute des anges
De: Federico Ibarra - Por: PIAP
03 - Paradas de Bateria
De e Por: Bateria Show da Rosas de Ouro

Canto Coral
04 - Bem baixinho
De: Luiz Tatit - Por: Vésper Coral
05 - Le cris de paris
De: Clément Janequin - Por: CoralUSP
06 - Congo e Moçambique (cortejo de rua)
De e Por: Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis
07 - Folia de Reis
De e Por: Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis
08 - Folia de Reis
De e Por: Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Justinópolis

Canção
09 - Basta de clamares inocência
De: Cartola - Por: Thalma e Laércio de Freitas 
10 - Lembro e tenho saudade 
De e Por: Batuque de umbigada de Tietê Piracicaba Capivari 
11 - Três canções de beiramar
De: Marlos Nobre - Por: Thoroh de Souza e Joaquim Paulo do Espírito Santo

CD 2

Forma Suíte
01 - Andorinha
De e Por: Fandango do Mestre Romão
02 - Bailado
De e Por: Fandango do Mestre Romão
03 - Marinheiro
De e Por: Fandango do Mestre Romão
04 - Pavane
De: Pierre Attaingnant - Por: Paraphernalia
05 - Gaillarde
De: Pierre Attaingnant - Por: Paraphernalia
06 - Tourdion
De: Pierre Attaingnant - Por: Paraphernalia
07 - Basse danse
De: Pierre Attaingnant - Por: Paraphernalia
08 - Forrós
De e Por: Pé duro dos oito baixos e seus meninos
09 - Baião
De e Por: Pé duro dos oito baixos e seus meninos
10 - Xotes
De e Por: Pé duro dos oito baixos e seus meninos
11 - Caminhos de roça
De e Por: Pé duro dos oito baixos e seus meninos

Cordas
12 - Quartetro no. 2 - III mov. Alegre
De: Camargo Guarnieri - Por: Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo
13 - Canoa
Cirandeiros de Paraty
14 - Remelexo
De: Jacob do Bandolin - Por: Isaias e seus Chorões

Sopros
15 - Dois Corações
De: Pedro Salgado - Por: Corporação Musical Imaculada Conceição
16 - Bendito de São João
De: Manoel Inácio - Por: Banda Cabaçal da Boa Vista
17 - Passo da pitombeira
De: Manoel Inácio - Por: Banda Cabaçal da Boa Vista
18 - Acuã
De: Manoel Inácio - Por: Banda Cabaçal da Boa Vista
19 - Quinteto em forma de choro
De: Heitor Villa Lobos - Por: Quinteto Villa Lobos 

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Em 2005 o pessoal da Associação Cachuera reuniu em seu espaço diversas representações da música popular, tradicional e erudita. Em igualdade de condições para se apresentarem os grupos se revezaram diante de um público curioso para absorver a festa, o espetáculo, o concerto. Os dois CD's que resultam desse projeto patrocinado pela Petrobrás são de distribuição gratuita, a qual está chegando aos poucos nas escolas públicas. Essa postagem é para aqueles que gostam de experimentar a diversidade.

Mais informação: aqui!

O Homem Traça diz: ROAM 1 e ROAM 2!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Bom dia - Tarancón - 1980
Primeira postagem: 08/02/2008 





 01 - Cantiga de Manoel Leandro 
Folclore do Piauí recolhida por Ely Camargo
02 - Señora chichera 
Folclore Boliviano
03 - Rosario Pastrana 
José Nuñez - Juan Falú
04 - Instrumental Bom dia 
05 - Brincadeiras do sol 
Emílio - Míriam - Turcão
06 - Alma de caracol 
Jica - Turcão
07 - Bom dia 
Nana Caymmi - Gilberto Gil
08 - Passará 
Jaime Alem
09 - Instrumental Bom dia 
10 - Juanito laguna remota um barrilete 
Cosentino - Quintana

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O Grupo Tarancón foi criado com o objetivo de pesquisar e divulgar a diversidade de ritmos e canções latino-americanas. O grupo é composto de artistas de vários países da América Latina. Fundada na década de 1970, participou de alguns festivais e fez enorme sucesso no circuito universitário brasileiro. Sua música é influenciada por ritmos brasileiros, andinos, caribenhos e africanos. O nome do grupo, Tarancón, era também o nome de uma mina de carvão na Astúrias, Espanha que desabou ocasionando a morte de onze trabalhadores (história contada na canção En la mina el tarancón gravada no primeiro disco em 1976). 

Unindo instrumentos originários dos Andes como a quena (flauta de cana ou osso, a zampoña ou sicus (similar a flauta de pan), a tarka (flauta ortoédrica de madeira de uma só peça com seis furos também conhecido como anata no norte da Argentina), o bombo leguero (bumbo de couro de ovelha ou guanaco, o charango (instrumento cordófono de 10 cordas ou mais feito com carapaça de tatu chamado "Quirquincho" ou de madeira, ao violão e baixo elétrico, o grupo fez uma inteligente síntese entre os sons do folclore e do cancioneiro latino-americano, passando pela música brasileira. 

Em seus espetáculos, o Tarancón tinha como marca o acompanhamento, a performance de um pintor, irmão do Emílio de Angeles Nieto, que pintava as suas obras em telas de grandes dimenões, no mesmo estilo retratado nas capas de seus LP's. Era também comum ver intervenções de dança acompanhadas pelo instrumental do grupo durante as apresentações. 

A formação original tinha Miriam Miráh, Emílio de Angeles Nieto, Marli Pedrassa, Alice Lumi, Halter Maia, Jica Nascimento e Turcão ou também conhecido por Sérgio. Os primeiros ensaios do Tarancón aconteceram no ano de 1972. Da formação original permaneceram apenas Emílio (voz e sopros) e Jica (voz e percussão) e entraram Silvio Luna (voz e cordas), Pedro Castanharo (percussão) e Jorge Luis Miranda (baixo e cordas). 

O repertório recheado de canções folclóricas e de protesto fez o grupo ser cultuado por estudantes nas faculdades, centros acadêmicos e universidades. Executavam canções de autores como os chilenos Violeta Parra e Victor Jara, os cubanos Pablo Milanés e Silvio Rodrigues, o argentino Atahualpa Yupanqui e os brasileiros Milton Nascimento e Geraldo Vandré. O Tarancón dividiu espetáculos com Mercedes Sosa, Milton Nascimento, Chico Buarque, Almir Sater, MPB 4, Angel Parra, Marlui Miranda e outros. Um dos momentos de destaque em sua carreira foi a participação do Festival dos Festivais da Rede Globo em 1985 com a canção "Mira Ira" - de Lula Barbosa e Vanderlei de Castro e defendida em conjunto com Lula Barbosa, Miriam Miráh e Placa Luminosa - que venceu os prêmios de melhor arranjo e segundo lugar geral. Representaram a América Latina no Festival de Asilah no Marrocos em 1987. Bom dia é o quarto LP do grupo e traz com maestria e harmonia canções populares da América Andina e do Brasil.  

O Homem Traça diz: ROAM!



Bom dia

Ao vivo - 1981 - Tarancón

Primeira postagem: 18/08/2008



01 - Promessas do sol
Milton Nascimento - Fernando Brant
02 - Pobre del cantor
Pablo Milanés
03 - El cantar tiene sentido
Folclore Venezuelano - Ritmo: polo margariteño
04 - Pitanga
Marlui Miranda - José carlos Capinan
05 - Cara de índio
Djavan
06 - Verde Maravilha
Ruy Mauriti
07 - El Hombre es un creador
victor Jarra
08 - Cancion y huanyo
Mauro Nuñez
09 - Boquita de cereza
Oscar del Vale - Ritmo: Taquirari

Músicos
Turcão - Miriam - Emílio - Jica

Participação especial
Marly - Silvano - Pichú - Tudublu

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Pra matar a saudade dos espetáculos com a principal formação do Tarancón.

O Homem Traça diz: ROAM!

 

Verde Maravilha

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Nelson Ângelo e Joyce - 1972

Postagem original: 17/12/2007


1 - Um gosto de fruta  
Nelson Ângelo - Joyce
2 - Hotel universo 
Nelson Ângelo - Ronaldo Bastos
3 - Sete Cachorros
Joyce - Nelson Ângelo
4 - Linda
Joyce - Nelson Ângelo
5 - Comunhão
Joyce - Nelson Ângelo
6 - Ponte nova
Joyce - Nelson Ângelo
7 - The man from the avenue
Joyce - Nelson Ângelo
8 - Tiro cruzado
Márcio Borges - Nelson Ângelo
9 - Pessoas
Joyce - Nelson Ângelo
10 - Meus vinte anos
Joyce - Ronaldo Bastos
11 - Mantra
Joyce - Nelson Ângelo
12 - Vivo ou morto
José Carlos Pádua - Danilo Caymmi
13 - Tudo começa de novo
Joyce - Nelson Ângelo

Músicos
Beto Guedes, Danilo Caymmi, Hélcio Milito, Joyce, Lô Borges, Malu, Nelson Ângelo, Novelli, Robertinho, Rubinho, Tenório Jr., Toninho Horta, Wagner Tiso.

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Ok, nos 35 anos transcorridos  do lançamento do disco Clube da Esquina, comemorou-se com o lançamento de uma caixa reunindo os números um e dois (2007). Mas e os outros? Quero ver a efervescência, a farra que era cada disco dessa turma nessa época. A "caixa" não se encerra nesse relançamento, falta coisa ali. Portanto aqui vai uma humilde dica pra completar a caixa, com um disco não comemorado, mas fundamental pra entender o período.

Esse disco aqui, que traz o povo do Clube, foi gravado quando Joyce e Nelson Ângelo eram casados. O casal já vinha fazendo experimentações com uma espécie de rock progressivo num grupo chamado "A Tribo". Aqui o espírito é o mesmo, experimentar, mas a música brasileira.

Diz Márcio Borges, em seu livro "Os sonhos não envelhecem", que a letra de "Tiro cruzado" foi composta em menos de dez minutos. Curioso detalhe para uma canção que recebeu inúmeras versões, sendo gravada pelo mundo a fora!

O Homem Traça diz: ROAM! 

 

Tiro cruzado

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Bumba, meu queixada
Teatro União e Olho Vivo - 1979

Postagem original: 24/02/2008
01 - Viva meu boi
José M. Giroldo - César Vieira

02 - Pout-pourri do bumba

José M. Giroldo - César Vieira
03 - Frevo do Caboclo do Arco

José M. Giroldo - César Vieira

04 - Testamento do boi

José M. Giroldo - César Vieira

05 - Bumba, meu queixada

José M. Giroldo - César Vieira
06 - Hino do Teatro União e Olho Vivo

José M. Giroldo - César Vieira

07 - Parque Arco-Íris
José M. Giroldo - César Vieira

08 - Ói, Mané

José M. Giroldo - César Vieira

09 - Império de Belomonte

V. Bortoluci Jr. - César Vieira

10 - Çai çai açaiê

C. Castilho - César Vieira

11 - Em busca de uma nova flor (Gaivotas)

M. Porcel - I. Garcia (Vs.: Gilberto Karam)

Participação especial
Adauto Santos - Viola
Marcus Vinícius - Caixa de ferro
Coro de Meninos do Ginásio Equipe
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O disco postado é um registro das experiências do Grupo União e Olho Vivo, que completará no próximo dia 27 de fevereiro quarenta e dois anos de existência e é um dos mais antigos e ativos na execução de uma arte identificada com os trabalhadores. Suas encenações, no Brasil e mundo a fora, têm sempre como estrutura a arte popular brasileira: o carnaval, o bumba-meu-boi, o circo, o futebol, a literatura de cordel.
Nascido a partir do movimento estudantil no final dos anos sessenta com estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP), tendo montado "O Evangelho Segundo Zebedeu", musical de César Vieira dirigido por Silnei Siqueira, em 1970 funde-se com o Grupo Casarão para a montagem em 1973 de "Rei Momo", espetáculo concebido para ser um desfile de escola de samba. É nessa época que se assume o nome União e Olho Vivo.

Suas criações são coletivas e, desde sempre, trazem a preocupação com questões políticas e sociais, amparando-se na história das lutas do povo trabalhador no Brasil contra seus opressores. Independente em suas produções, o Teatro União e Olho Vivo tem como princípio a incursão nas periferias da grande São Paulo, levando seus espetáculos à massa de trabalhadores que estão impedidos de consumir esse bem cultural, o grupo transcende a produção teatral convencional, que se restringe ao circuito das salas comerciais.

A maior parte do repertório desse LP, editado pela Discos Marcus Pereira, reproduz a trilha sonora do espetáculo "Bumba, meu queixada", levado aos palcos, praças, campos de futebol de várzea, ou seja, ao público em 1978. O texto foi organizado por César Vieira, baseada no folguedo boi-bumbá. A trama parte do histórico movimento grevista realizado em 1958 na Fábrica de Cimento de Perus, bairro de São Paulo, para tratar dos instrumentos de defesa dos direitos cunhados pelos trabalhadores, como a organização sindical e a própria greve.
Para saber mais: aqui!

O Homem Traça diz: ROAM!

 
 

Bumba, meu queixada