domingo, 24 de fevereiro de 2008

Bonito que canta - 2002 - Petrona Martinez


01 - La vida vale la pena (chalupa)
Petrona Martinez
02 - El Hueso (puya)
Petrona Martinez
03 -Tierra Santa (bullerengue)
Petrona Martinez
04 - Arremachalo (chalupa campesina)
Petrona Martinez
05 - Rama de tamarindo (son de negro)
Petrona Martinez et Marceliano Orozco, à la mémoire de Luis Enrique Martinez
06 - Un niño que llora en los montes de Maria (bullerengue sentao)
Petrona Martinez
07 - Sendero Indio (afroindigena)
Rafael Ramos - Javier Ramirez
08 - Mi mama abreme la puerta (bullerengue sentao)
Petrona Martinez
09 - El Parrandon (chalupa)
Petrona Martinez
10 - Conchita (fandango)
Petrona Martinez
11 - La Currumba (chalupa)
Petrona Martinez
12 - A recogé-correra la bolita (canto de arrullo)
Petrona Martinez

Músicos
Petrona Martinez - Canto
Alvaro Llerena Martinez - alegre, guacharaca, totumas, coro, canto em "Rama de tamarindo"
Edwin Munoz - tambora
Guillermo Valencia - llamador
Javier Ramirez - gaita, cana, guache, coro
Luis Castro - maracas, totumas, coro
Joselina Llerena Martinez - totumas, coro, canto em "Arremachalo"

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Petrona Martinez é originária de San Cayetano, próxima da cidade histórica de Cartagena de las Índias, na costa colombiana do pacífico. É herdeira de uma tradição de pelos menos quatro gerações de músicos que cantam o “bullerengue”, ritmo afro acompanhado de danças, cantado pelas mulheres grávidas solteiras ou concubinas que eram impedidas de participar das festas e celebrações religiosas de São João e São Pedro. “Bullerengue” é o único canto exclusivamente feminino na Colômbia.

Petrona nasceu em 1939, canta desde menina em festas populares, começou sua carreira no mercado fonográfico no final dos anos 80, já fez show's pela Europa, EUA e já esteve no Brasil. Seu estilo musical, calcado nas tradições herdadas da África e misturadas à cultura colombiana é semelhante aos batuques brasileiros como o tambor de crioula do Maranhão e o batuque de umbigada de São Paulo.


O Homem Traça diz: ROAM!


La vida vale la pena

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Dona Bandalha - Beijo no asfalto


Já vi esse povo ao vivo e posso dizer que a cada espetáculo é uma surpresa, do som ao movimento de palco - com suas criações performáticas/teatrais - a cada novo número o público anseia por desvendar o que virá, posto que suas letras irônicas e arranjos ousados estão completamente fora do que se vê ultimamente nos palcos de São Paulo. Teatro e Música (e da boa!) são as plataformas de lançamento desse grupo, o qual ainda não tendo CD - registro que embora seja importante, não é o suficiente para traduzi-lo - passeia pelos espaços subterrâneos e festivais do interior do estado chocando, aglutinando e incentivando o público a tomar posição nessa bandalha.

"Coloque num caldeirão porções fartas de música, teatro e humor. Escolha com carinho cada um desses ingredientes. Misture música com estilos variados com o Rock ocupando lugar de destaque, convivendo com Reggae, Funk, ritmos brasileiros, uma pitada de Jazz a gosto.Experimente muito! Reserve. Em outra panela coloque teatro, refogue porções de criação coletiva com pesquisa de ritmo e movimento aliados a uma vontade de fazer sem frescura. Experimente muito! Misture tudo, deixe cozinhar em fogo alto enquanto tempera com humor bastante pimenta, conhaque (na falta pode ser uma cachacinha mesmo) e ervas finas. Sirva sem moderação. Rendimento: uma porção de gente. O grupo está com o espetáculo “Brinquedo de montar Brinquedo”. Cada espetáculo é uma jogada, surgem novos personagens de diferentes tempos, escondem-se outros.Passado e futuro são vividos. Embora diversos, cada momento do “brinquedo” é surpreendente." Receita de Dona Bandalha

FORMAÇÃO
Alan Livan - Direção Geral, ator e vocal
Alessandra Araújo - Figurinos, adereços e maquiagem
Camila Andrade - Iluminação
Fernando Barros - Direção musical, vocal e baixo
Guilherme Moraes - Bateria
Ivan Cruz - Guitarra
João Paulo - ator e teclado
Thais Hércules - atriz
Dramaturgia: o grupo

Contato: Alan 6243 5539 e 83887264 alanlivanarte@yahoo.com.br


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Mário Reis



01 - Vamos deixar de intimidade
(Ary Barroso - g.1960)
02 - A tua vida é um segredo
(Lamartine babo - g.1960)
03 - Rasguei a minha fantasia
(Lamartine Babo - g. 1960)
04 - Linda Mimi
(João de Barro - g. 1960)
05 - Isso eu não faço, não
(Tom Jobim - 1960)
06 - Nem é bom falar
(Ismael Silva, F. Alves, N. Bastos - g. 1971)
07 - Gosto que me enrosco
(Sinhô - g. 1971)
08 - Se você jurar
(Ismael Silva, F. Alves, N. Bastos - g. 1930)
09 - Dorinha, meu amor
(José Francisco de Freitas - g. 1928)
10 - Fita amarela
(Noel Rosa - g.1932)
11 - A razão dá-se a quem tem
(Ismael Silva, F. Alves, Noel - g. 1932)
12 - Marchinha do amor
(Lamartine Babo - g. 1931)
13 - Formosa
(Nássara, J. Rui - g. 1932)
14 - Mulato bamba
(Noel - g. 1932)
15 - Esquina da vida
(Noel, Francisco Mattoso - g. 1933)
16 - Mentir
(Noel - g. 1932)
17 - Vai haver barulho no chatô
(Noel , Walfrido da Silva - g. 1933)
18 - Prazer em conhece-lo
(Noel, Custódio Mesquita - g. 1932)
19 - Filosofia
(Noel, André filho - g. 1933)
20 - Vejo amanhecer
(Noel Francisco Alves - g. 1933)
21 - Meu barracão
(Noel - g. 1933)
22 - Capricho de rapaz solteiro
(Noel - g. 1933)

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"Ídolo da música popular brasileira na década de 30, carioca do Rio Comprido, e considerado o cantor mais original da época por seu estilo suave, que trinta anos depois influenciou a bossa nova. Em sua época, imperavam os cantores de vozeirão empostado e ribombante, de tom operístico, que tinham necessariamente que cantar muito alto para suprir as deficiências dos microfones, ainda rudimentares. Foi um dos primeiros cantores a se beneficiar dos avanços que os equipamentos de som conheceram no final dos anos 30.

Intérprete favorito do compositor Sinhô, Reis formou uma dupla lendária com Francisco Alves. Seu sucesso foi total, numa época em que era moda em música popular os duetos e trios. Em quatro anos, de 1930 a 1934, gravaram 24 canções. Em 1936, participou do filme Alo, Alo Carnaval, cantando Teatro da Vida e Cadê Mimi. No mesmo ano, com apenas 29 anos e no auge do sucesso, Reis abandonou a carreira artística, passando a cultivar um padrão de vida requintado, em sincronia com as festas e comemorações da mais variada natureza onde participava a alta sociedade carioca. Em 1939, ainda participaria do filme Joujoux e Balangandãs, ao lado de Dorival Caymmi. Grande acionista da fábrica de tecidos Bangu, Reis gabava-se de não precisar trabalhar e tornou-se frequentador assíduo do fechado Country Club do Rio de Janeiro, onde era o centro das atenções com sua conversa agradável e inteligente.

Voltou aos palcos numa nostálgica e curta temporada em 1973 e chegou a gravar um LP no ano anterior. A maioria de seus discos foram gravados em 78 rotações, entre os anos 20 e 30, e apenas três LPs. Seu maior sucesso foi Jou-joux et Balangandãs, destacando-se também outras interessantes melodias: Sabiá, Se Você Jurar, Fita Amarela, Filosofia, Linda Morena, A Tua Vida é um Segredo, Agora é Cinza e Ride Palhaço. Grande intérprete de Noel Rosa, ele gravou Mulato Bamba, um samba que teve como musa inspiradora o travesti Madame Satã. Apesar de galã e capaz de paixões arrebatadoras, Mario nunca se casou e, nos últimos 22 anos de sua existência, morava sozinho num apartamento do Copacabana Palace. Faleceu aos 74 anos, em 5 de outubro de 1981."
Fonte

Aqui temos uma pequena mostra com momentos distintos desse grande intérprete. Pessoalmente creio que sua maneira quase falada e um tanto quanto risonha de cantar, influenciou outros cantores na MPB, além da bossa nova, como Juca Chaves e Luiz Tatit, ex-Grupo Rumo.
Destaco "Razão dá-se a quem tem", em dueto com Francisco Alves, exemplo de dois estilos opostos e complementares. Para saber mais: aqui!

O Homem Traça diz: ROAM!


Razão dá-se a quem tem