Postagem original: 08/08/2008
1 - El derecho de vivir en paz
V. Jara
2 - Abre la ventana
V. Jara
3 - La partida
V. Jara
4 - El niño yuntero
M . Hernández - V. Jara
5 - Vamos por ancho camino
V. Jara - C. Garrido Lecca
6 - A la molina no voy mas
folclore do Perú
7 - A Cuba
V. Jara
8 - Casitas De Barrio Alto
M. Reynolds - adaptación de V. Jara
9 - El Alma Llena De Banderas
V. Jara
10 - Ni Chicha Ni Limona
V. Jara
11 - Plegaria A Un Labrador
V. Jara
12 - Brigada Ramona Parra
V. Jara
2 - Abre la ventana
V. Jara
3 - La partida
V. Jara
4 - El niño yuntero
M . Hernández - V. Jara
5 - Vamos por ancho camino
V. Jara - C. Garrido Lecca
6 - A la molina no voy mas
folclore do Perú
7 - A Cuba
V. Jara
8 - Casitas De Barrio Alto
M. Reynolds - adaptación de V. Jara
9 - El Alma Llena De Banderas
V. Jara
10 - Ni Chicha Ni Limona
V. Jara
11 - Plegaria A Un Labrador
V. Jara
12 - Brigada Ramona Parra
V. Jara - V. Rojas - C. Garrido Lecca
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"Um exemplo de vida, um homem em todo o sentido da palavra, nascido em Lonquén no ano de 1932 em uma família pobre, 5 irmãos. Desde pequeno teve que lutar para torcer o destino e a sorte da sua vida. Numa infância sofrida foi esculpindo sua personalidade forte e decidida, para lutar contra as injustiças de um sistema que não dá muita esperança pra quem nasce na miséria." Fonte
Foi assassinado por militares em setembro de1973, por conta do golpe contra o povo chileno. As canções de Vitor Jarra são inspirações para a resistência dos trabalhadores ainda hoje.
"Os detidos que não comiam nem bebiam há três dias vomitavam sobre os cadáveres dos seus camaradas estendidos por terra... A certa altura, Victor desceu para perto da porta por onde entravam os presos e de lá se dirigiu ao comandante. Este olhou-o e fez o gesto de quem toca guitarra. Victor sorriu tristemente, dizendo que sim com a cabeça. O militar sorriu por sua vez, contente com a sua descoberta. Chamou quatro soldados para imobilizarem Victor e ordenou que se colocasse uma mesa no centro da 'cena', para que todos assistissem ao espetáculo que se iria desenrolar à sua frente. Levaram Victor e mandaram-no pôr as mãos em cima da mesa. Nas mãos de um oficial, um machado surgiu (dias depois, este oficial declarava à imprensa: "Tenho duas belas crianças e um lar feliz"). De uma pancada seca, cortou os dedos da mão esquerda; depois, nova pancada e foi a vez dos dedos da mão direita. Ouviram-se os dedos a caírem sobre o tampo de madeira; vibravam ainda. O corpo de Victor tombou inesperadamente. Ouviu-se o urro colectivo de 6000 detidos. Esses 12 000 olhos viram o mesmo oficial lançar-se sobre o corpo do artista gritando: "Canta agora, para a puta da tua mãe!", e continuava a agredi-lo com pancadas.
Nenhum dos detidos se poderá esquecer da face desse oficial, de machado na mão, os cabelos em desordem... Victor recebia os pontapés enquanto o sangue jorrava das suas mãos e a cara se tornava roxa.«De repente, Victor tentou penosamente levantar-se e, como um sonâmbulo, dirigiu-se para a bancada, os seus passos pouco firmes, os joelhos trémulos e ouviu-se a sua voz gritar: "Vamos fazer a vontade ao comandante!" Momentos depois conseguiu endireitar-se e, levantando as suas mãos encharcadas de sangue, numa voz de angústia, começou a cantar o hino da Unidade Popular, que toda a gente tomou em coro.«Enquanto, pouco a pouco, 6000 vozes se levantavam, Victor, com as suas mãos mutiladas, marcava o compasso. Viu-se um estranho sorriso sobre o seu rosto...
Era demais para os militares; dispararam uma rajada e Victor dobrou-se para a frente, como que fazendo uma reverência perante os seus camaradas. Outras rajadas partiram das metralhadoras, mas estas dirigidas para aqueles que tinham cantado com Victor. Houve uma verdadeira ceifa de corpos, caindo crivados de balas. Os gritos dos feridos eram aterrorizadores. Mas Victor não os ouviu. Estava morto."
Destaco a canção "El derecho de vivir en paz", por sua atualidade estética e política.
O Homem Traça diz: ROAM!
Foi assassinado por militares em setembro de1973, por conta do golpe contra o povo chileno. As canções de Vitor Jarra são inspirações para a resistência dos trabalhadores ainda hoje.
RELATO DE UM DIA SANGRENTO NO ESTÁDIO DO CHILE, por Manuel Cabazas
"Os detidos que não comiam nem bebiam há três dias vomitavam sobre os cadáveres dos seus camaradas estendidos por terra... A certa altura, Victor desceu para perto da porta por onde entravam os presos e de lá se dirigiu ao comandante. Este olhou-o e fez o gesto de quem toca guitarra. Victor sorriu tristemente, dizendo que sim com a cabeça. O militar sorriu por sua vez, contente com a sua descoberta. Chamou quatro soldados para imobilizarem Victor e ordenou que se colocasse uma mesa no centro da 'cena', para que todos assistissem ao espetáculo que se iria desenrolar à sua frente. Levaram Victor e mandaram-no pôr as mãos em cima da mesa. Nas mãos de um oficial, um machado surgiu (dias depois, este oficial declarava à imprensa: "Tenho duas belas crianças e um lar feliz"). De uma pancada seca, cortou os dedos da mão esquerda; depois, nova pancada e foi a vez dos dedos da mão direita. Ouviram-se os dedos a caírem sobre o tampo de madeira; vibravam ainda. O corpo de Victor tombou inesperadamente. Ouviu-se o urro colectivo de 6000 detidos. Esses 12 000 olhos viram o mesmo oficial lançar-se sobre o corpo do artista gritando: "Canta agora, para a puta da tua mãe!", e continuava a agredi-lo com pancadas.
Nenhum dos detidos se poderá esquecer da face desse oficial, de machado na mão, os cabelos em desordem... Victor recebia os pontapés enquanto o sangue jorrava das suas mãos e a cara se tornava roxa.«De repente, Victor tentou penosamente levantar-se e, como um sonâmbulo, dirigiu-se para a bancada, os seus passos pouco firmes, os joelhos trémulos e ouviu-se a sua voz gritar: "Vamos fazer a vontade ao comandante!" Momentos depois conseguiu endireitar-se e, levantando as suas mãos encharcadas de sangue, numa voz de angústia, começou a cantar o hino da Unidade Popular, que toda a gente tomou em coro.«Enquanto, pouco a pouco, 6000 vozes se levantavam, Victor, com as suas mãos mutiladas, marcava o compasso. Viu-se um estranho sorriso sobre o seu rosto...
Era demais para os militares; dispararam uma rajada e Victor dobrou-se para a frente, como que fazendo uma reverência perante os seus camaradas. Outras rajadas partiram das metralhadoras, mas estas dirigidas para aqueles que tinham cantado com Victor. Houve uma verdadeira ceifa de corpos, caindo crivados de balas. Os gritos dos feridos eram aterrorizadores. Mas Victor não os ouviu. Estava morto."
Destaco a canção "El derecho de vivir en paz", por sua atualidade estética e política.
O Homem Traça diz: ROAM!
El derecho de vivir en paz
7 comentários:
Por favor o link está quebrado,poderia por gentileza,repostá-lo,muito obrigado.
Muito obrigado pela gentileza de repostar o álbum.
Opa! Devagar e sempre, estamos juntos nessas prateleiras!
Valeu, Rui!
Excelente postagem desse grande poeta vitima dos gorilas. Procuro a tempos o Quilapayun Nº 3, que sumiu da minha discografia, caso possua e postar fico muito grato. Obrigado pelas postagens...
O link não abre
Caro Pedro Poa, estamos providenciando. Gosto muito também.
Maurício, já está solucionado. Valeu por avisar.
Grande abraço!
Prog Rock Society, estamos juntos! Incluí na lista dos voos por outras prateleiras.
Grande abraço!
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