quinta-feira, 20 de maio de 2010

A - 1978 - Quinteto Armorial

Postagem original: 03/09/08



1 - Baque de Luanda
Antônio José Madureira
2 - Romance da Nau Catarineta
recriação de temas de Chegança - Antônio José Madureira
3 - Toque dos caboclinhos
Folclore
4 - Entremeio para rabeca e percussão
Antônio Carlos Nóbrega
I - Cortejo
II - Baiano
III - Boi
5 - Ária
Cantilenas de Bachianas Brasileiras n° 5 - VilLa Lobos
6 - Toque para marimbau e orquestra
Antônio José Madureira
I - Galope à beira mar
II - Bendito de Romeiros
III - Marcha Rural

Músicos
Antônio José Madureira - Fernando Farias - Fernando Torres - Antônio Carlos Nóbrega - Fernando Torres - Edilson Eulálio

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Antes de ir à falência, a gravadora Marcus Pereira disponibilizou vários discos do seu acervo em CD. Era início da era do CD, muita coisa boa foi reeditada, mas na seqüência a Marcus Pereira fechou as portas. Depois fiquei sabendo que a AOL tinha comprado o acervo, não sei se é verdade, mas pensei que nada mais seria reeditado, para nosso pesar. Recentemente a EMI está recolocando no mercado o primeiro e o último disco num único CD, bem legal essa iniciativa. Legal também é ver que os outros três discos estão postados em blog's de companheiros roedores. Pois bem, aqui vai o terceiro disco da carreira desse povo.

O Quinteto Armorial é uma boa mistura da cultura popular com a erudita, tendo existido por dez anos (1970 - 1980), em seus quatro discos podemos notar os pontos de contato entre a música medieval e a cutura acumulada pelos mestres dos folguedos nordestinos. Vejam como uma bachiana "chorada" fica bem ao lado de um caboclinho e da Nau Catarineta!

Destaco "Toque dos Caboclinhos", um desafio para os percussionistas das grandes orquestras.

O Homem Traça diz: ROAM!


Toque dos caboclinhos


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Eu menti pra você - Karina Buhr - 2010

1 - Eu Menti Pra Você
2 - Vira Pó
3 - Avião Aeroporto
4 - Nassiria e Najaf
5 - O Pé
6 - Ciranda do Incentivo
7 - Telekphonen
8 - Mira Ira
9 - Soldat
10 - Esperança Cansa
11 - Solo de Água Fervente
12 - Bem Vindas
13 - Plástico Bolha

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É muito difícil ser inovador nesse mundo tão cheio de informações internetemundializadas, gerações se fundem, nacionalidades se diluem, etc vira pasta. Vez ou outra somos tomados por emoções, que apesar de não serem novidades, nos mostram que há vida ainda. Karina Buhr mexeu comigo, primeiro estranhei, comparei e decidi: gostei. Assim sem novidade, ainda que seu disco esteja por toda parte, está aqui nessa prateleira também.

O som do grupo Comadre Fulozinha foi uma referência pra chegar à Karina. Minha amiga  Tatit me convidou pra ver um show dessa moça e ouvi assim o som do disco pela primeira vez. Eu menti pra você pode ser ouvido como pura provocação, talvez nada do que se diga aqui e acolá possa definir o disco num estilo, principalmente para quem está acostumado com gráficos do mercado fonográfico. Talvez Karina seja apenas uma pessoa má, que nos faz virar pó com seu som.

Karina está fora do cliché "morena sexy canta bossa moderna e releituras".  Embora seu canto seja simples nesse disco "inaugural",  é também o recheio de uma deliciosa suruba sonora (ora de leve, ora "de com força") de uma banda que experimenta a fusão  entre o jazz, o rock, o eletrônico, o pop e a música tradicional de Pernambuco. A construção dessa performance só é possível através do trabalho dos músicos que a acompanham: Bruno Buarque (bateria, base mpc), Mau (baixo), Guizado (trompete), Dustan Gallas (teclados e piano), Otávio Ortega (teclados e bases eletrônicas), Marcelo Jeneci (acordeon e piano) e as guitarras de Edgard Scandurra e Catatau, além da atriz alemã Juliane Elting e do percussionista cubano Pedro Bandera.

Veja mais aqui!

O Homem Traça diz: ROAM!

Confesiones de invierno - Sui Generis - 1973



1 - Cuando Ya Me Empiece a Quedar Solo
2 - Bienvenidos al Tren
3 - Un Hada, Un Cisne
4 - Confesiones de Invierno
5 - Rasguña Las Piedras
6 - Lunes Otra Vez
7 - Aprendizaje
8 - Mr. Jones, o Pequeña Semblanza de Una Familia Tipo Americana
9 - Tribulaciones, Lamento y Ocaso de Un Tonto Rey Imaginario, o No

Todas as canções são de autoria de Charlie Garcia

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A Virada Cultural realizada em São Paulo, apesar da lixarada e do mictório em que o centro da cidade é transformado, já se tornou um momento de ver atrações pouco usuais. Há pouco tempo para ver muita coisa e em muitos momentos é preciso optar pelo que é mais raro. Esse é o caso de Nito Mestre que se apresentará no palco do Bulevar São João às 9h do domingo (16/05). Não sei se seu repertório girará em torno da dupla setentista Sui Generis, mas é uma boa pedida ouvir os seus arranjos vocais ao vivo.

Segue um aperitivo com um tema caro a quem já caiu na estrada e parou pra descansar um pouco. A canção "Aprendizaje" tem correspondência direta com a "Segunda canção da estrada" de Sá e Guarabyra.

O Homem Traça diz: ROAM!

Aprendizaje

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sui Generis - 1972 - Vida

Postado  originalmente em 22/01/08

1 - Canción para mi muerte
2 - Necesito
3 - Dime quién me lo robó
4 - Estación
5 - Toma dos blues
6 - Natalio Ruiz, el hombrecito del sombrero gris
7 - Mariel y el Capitán
8 - Amigo vuelve a casa pronto
9 - Quizás porque
10 - Cuando comenzamos a nacer
11 - Posludio

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Tô de volta, positivo e operante, roendo tudo que me chega das prateleiras alheias!
E pra inalgurar o ano, ofereço às visitas algumas pérolas recolhidas nas férias em terras distantes, pero no mucho.

A história dessa banda, que passou à história da música jovem da argentina dos anos 70, entre outras coisas, por sua imensa popularidade, começou em 1969. Originalmente era formada por: Charlie GARCÍA (teclados e voz), Nito MESTRE (guitarra, flauta traversa e voz), Rolando FORTICH (baixo), Juan BELIA (guitarra), Alberto RODRÍGUEZ (bateria) e Carlos PIÉGARI (voz).

Charlie e Nito se conheceram no terceiro ano do colégio. Ambos participavam de grupos de rock de bairros. Charlie, junto a Rodríguez e Correa, no "To walk spanish". Nito cantava no "The century indignation". Como quinteto, sem a participação de Piégari, debutaram no Colégio Santa Rosa de Buenos Aires. Depois dessa apresentação o grupo sofreu muitas modificações, até se reduzir a um duo acústico. Em 1970, apresentaram-se no circuito de pequenas salas, como a Galeria Nexo.

Nesse mesmo ano realizaram uma apresentação na TV, apadrinhados por Eduardo Falú. Em pouco tempo, viajaram a Mar del Plata onde dividiram o palco com Litto Nebbia. A partir de maio de 71 participaram de uma série de apresentações na Sala ABC, considerados hoje como o ponto de partida de sua carreira de sucesso.


Mas foram recusados por vários gravadoras, sua representante Pierre Bayona tomou contato com Jorge Álvarez, produtor do selo Microfón. Deram uma prova para a gravadora interpretando quatro temas. Como resultado, firmaram um contrato que permitiu-lhes gravar seu primeiro álbum. O disco se chamou Vida, gravado em 1972. O tema "Amigo, vuelve a casa pronto" foi o primeiro gravado pelo grupo; participaram da gravação, como convidados, o violinista Jorge Pinchevsky, o baixsta Alejandro Medina e o guitarrista Claudio Gabis.

O álbum "Vida" é marcado pela influência do folk norteamericano (em moda na época), a temática das letras das canções do grupo têm muita influência de Bob Dylan, Crosby-Stills-Nash- Young e transcenderam as fronteiras dos roqueiros, para se instalar como representantes de um grupo mais amplo da juventude.

Qualquer semelhança com Sá, Rodrix&Guarabyra ou com Almôndegas não é mera coincidência, foram tendências da época.

O Homem Traça diz: ROAM!


Dime quién me lo robó (Diz-me quem me roubou)