quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Ave Sangria - 1974



01. Dois Navegantes
Almir Oliveira
02. Lá Fora
Marco Polo
03. Três Margaridas
Marco Polo
04. O Pirata
Marco Polo
05. Momento na Praça
Almir Oliveira - Marco Polo
06. Cidade Grande
Marco Polo
07. Seu Waldir
Marco Polo
08. Hei! Man
Marco Polo
09. Por Que?
Marco Polo
10. Corpo em Chamas
Marco Polo
11. Geórgia, a Carniceira
Marco Polo
12. Sob o Sol de Satã
Ivson Wanderley

Músicos
Almir – Israel Semente Proibida – Ivson Wanderley – Paulo Raphael – Juliano – Marcio Vip Augusto – Zé Rodrix – Marco Polo

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Esse é o LP de estreia do Ave Sangria, à época formado por Marco Polo (vocais), Ivson Wanderley (guitarra solo e violão), Paulo Raphael (guitarra base, sintetizador, violão, vocal), Almir de Oliveira (baixo), Israel Semente (bateria) e Agrício Noya (percussão). Nesse registro ouvimos o apoio das teclas de Zé Rodrix (Cidade Grande - sintetizador) e Márcio Vip (Momento na praça - piano; Por que? - órgão; Dois Navegantes - sintetizador).

O grupo é um verdadeiro ícone do Rock Brasileiro setentista. Esse LP foi relançado em 1990 e, com impulso que a internet deu trazendo à baila materiais guardados em gavetas obscuras do tempo, não só foi reeditado em 2014, como impulsionou "novos" títulos do grupo em vinil e CD. 

"Eles usavam batom, beijavam-se na boca em pleno palco, faziam uma música suja, com letras falando de piratas, moças mortas no cio. E eram muito esquisitos; "frangos", segundo uns, e uma ameaça às moças donzelas da cidade, conforme outros. Estes "maus elementos" faziam parte do Ave Sangria, ex-Tamarineira Village, banda que escandalizou a Recife de 1974, da mesma forma que os Rolling Stones a Londres de dez anos antes. Com efeito, ela era conhecida como os Stones do Nordeste.

"Isto era tudo parte da lenda em torno do Ave Sangria" - explica, 25 anos depois, Rafles, o ministro da informação do grupo. "O baton era mertiolate, que a gente usava para chocar. Não sei de onde surgiu esta história de beijo na boca, a única coisa diferente na turma eram os cabelos e as roupas." Rafles por volta de 68, era o "pirado" de plantão do Recife. Entre suas maluquices está a de enviar, pelo correio, um reforçado baseado, em legítimo papel Colomy, para Paul McCartney. Meses depois, ele recebeu a resposta do Beatle: uma foto autografada como agradecimento.

Foi Rafles quem propôs o nome Tamarineira Village, quando o grupo tomou uma forma definitiva, com a entrada do cantor e letrista Marco Polo. Isto aconteceu depois da I Feira Experimental de Música de Fazenda Nova. Até então, sem nome definido, Almir Oliveira, Lula Martins, Disraeli, Bira, Aparício Meu Amor (sic), Rafles, Tadeu, e Ivson Wanderley eram apenas a banda de apoio de Laílson, hoje cartunista do DP.

Marco Polo, um ex-acadêmico de Direito, foi precoce integrante da geração 65 de poetas recifenses. Com 16 anos, atreveu-se a mostrar seus poemas a Ariano Suassuna e a Cesar Leal. Foi aprovado pelos dois e lançou seu primeiro livro em 66. Em 69, iniciou-se no jornalismo, como repórter do Diário da Noite. Logo ganhou mundo. Em 70, trabalhou por algum tempo no Jornal da Tarde, em São Paulo, mas logo virou hippie, trabalhando como artesão na desbundada praça General Osório, em Ipanema. O primeiro show como Tamarineira Village foi o Fora da Paisagem, depois do festival de Fazenda Nova. Vieram mais dois outros shows, Corpo em Chamas e Concerto Marginal. A partir daí a banda amealhou um público fiel."
(Wikipédia)

O Homem Traça diz: ROAM!

Hei! Man

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