quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Quarteto Negro - 1987




1 - Folôzinha
Marku Ribas - Reinaldo Amaral
2 - Sobre as ondas
Jorge Degas
3 - Merengue
Adler São Luiz
4 - Festas de Xica
Paulo Moura
5 - Zumbi - A felicidade guerreira
Gilberto Gil - Wally Salomão
6 - Axé
Djalma Corrêa - Jorge Degas - Paulo Moura
7 - Brucutú
Jorge Degas - Djalma Corrêa
8 - Geisa
Roberto Guima
9 - A Quelé Menina
Djalma Luz
10 - Corta Jaca
Chiquinha Gonzaga
11 - Semba
Jorge Degas - Zezé Motta
12 - Lavadeira Blues
Paulo Moura
13 - Taisho-Koto
Djalma Corrêa


Músicos

Zezé Motta - Paulo Moura - Djalma Corrêa - Jorge Degas

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Este disco é um projeto para integrar a voz de Zezé, o sax e a clarineta Paulo Moura, as percussões de Djalma Corrêa, e o baixo solista e o violão de Jorge Degas por ocasião dos eventos do centenário da abolição em 1988.

Aqui encontramos a música brasileira da melhor qualidade, turbinada pelas performances de artistas comprometidos com as nossas origens africanas. O Quarteto Negro foi capaz de sintetizar a música contemporânea brasileira, reunindo três extraordinários instrumentistas e os vocais excelentes de Zezé Motta.

Na versão original em LP são dez faixas, posteriormente, em CD, foram acrescidas outras três e modificaram a ordem das músicas.

Entre as faixas gravadas há a recriação de "Zumbi - A Felicidade Guerreira" - num registro em que o ritmo do alujá de Xangô foi estilizado pelo quarteto, com Djalma quebrando o elemento religioso e reorganizando o aproveitamento de atabaques e agogô rituais.

Um repertório rico, com várias influências - "Folozinha", por exemplo, é uma canção que mescla as formas das congadas de Minas, enquanto "Meregue" tem o ritmo caribenho e "Festas da Xica" é um painel de ritmos nordestinos e "Semba" é uma recriação quase pós-pop do semba (e não samba) angolano, que na Bahia virou o samba de recôncavo. Duas homenagens: "Geisa" e "Quelé Menina" homenagem a Clementina de Jesus misturando o candomblé angola da Bahia com o primitivo samba-carioca e o jongo. Finalmente o sempre erudito e Internacional Djalma Corrêa em "Taisho-Koto" faz um paralelo entre a escala nordestina e as sonoridades orientais (o taisho-koto é um instrumento japonês harmônico percussivo), na faixa mais livre e criativa de todas. (Texto adaptado daqui)

O Homem Traça diz: ROAM!

   

Zumbi - A felicidade guerreira